quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DA CIÊNCIA DE BUNGE - I capa e contracapa

LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon

CONTRACAPA

"A Editora Perspectiva já possui no seu catálogo, na coleção Debates, dois livros de Mario Bunge, Teoria e Realidade, em que o autor defende a necessidade de uma filosofia da ciência tão sutil e imaginativa como a própria ciência, e Física e Filosofia em que discute as questões mais delicadas e controvertidas da física contemporânea.
No presente volume,
Dicionário de Filosofia, da coleção Big Bang, esse renomado físico teórico, filósofo da ciência e, atualmente, professor de lógica e metafísica da McGill University em Montreal, Canadá, reúne um conjunto de verbetes que, embora esteja longe de esgotar, nem seja esta a sua pretensão, o universo das preocupações dos filósofos, registra uma escolha específica e às vezes inusitada de temas e conceitos. Trata-se de um repertório singular, do qual emerge, como projeção possível, uma tentativa de 'reconstrução' da filosofia, que tem como bandeira o melhor e mais avançado conhecimento factual e, como armas, as ferramentas forjadas pela lógica e pelas matemáticas.
Num apelo naturalista à substância e à forma, as entradas referem-se, dentre outros tópicos, por exemplo, a problemas ontológicos acerca da natureza do espaço e do tempo como aspectos reais do mundo. Na mesma ordem de preocupações, e sempre sob o ângulo de seu materialismo científico, o epistemólogo Mario Bunge. ao considerar as descobertas da neurociência cognitiva, da neurologia e da neurolinguística, não poupa sua crítica ao caráter metafísico, idealista, religioso ou mágico de qualquer 'saber', pensamento e ideário filosófico que não veja os processos mentais como cerebrais e a linguagem como subproduto ou no máximo como parceiro da cognição. Essas concepções, no entanto, não o desvinculam de interesses éticos sempre validados pelo paradigma social da existência humana e pela valorização do papel da vida, da amizade, da lealdade etc, nas relações entre os homens. Tais são alguns dos aspectos e traços que definem e marcam as noções que lhe são correlatas e que foram incluídas pelo dicionarista no seu rol.

Tendo, pois, a sua disposição todo um acervo de conceituações definidoras, análises críticas e discussões a partir de posições claramente assumidas, este Dicionário de Filosofia será de grande proveito para o leitor interessado na ciência da natureza, na epistemologia, na lógica e na filosofia, permitindo-lhe um acesso claro e, ao mesmo tempo profundo ao universo de conhecimento aí focalizado através de uma leitura a um só tempo agradável e instigante."
(por Gita K. Guinsburg)

O DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DA CIÊNCIA DE BUNGE - II orelhas

LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon

ORELHAS

Por LEÔNIDAS HEGENBERG, O Estado de São Paulo, 1978:
"Mario Bunge é um dos escritores mais profícuos da atualidade. Além de atuar como editor, organizando antologias e preparando livros, em que são reunidas contribuições para simpósios, escreve com grande assiduidade e pronuncia, frequentemente, palestras de largo alcance.
"[...] Bunge defende uma posição que se vem tornando comum, a saber, a de que o progresso científico não se mede pela simples acumulação de dados, porém pela quantidade de novas teorias que são formuladas. A ciência, no entender do autor, não é experiência, mas teoria acoplada à experimentação planejada – isto é, conduzida e interpretada à luz de teorias gerais.
"[...] Isto posto, levantam-se [...] várias questões de interesse: que são as teorias, como agem, como se formulam? Que são os modelos? Quais são as relações que vigem entre os modelos, as teorias e a realidade?
"[...] [Como resposta,] os ensaios de Bunge reunidos em
Teoria e Realidade [e cabe acrescentar Física e Filosofia, ambos publicados pela editora Perspectiva] nos dão uma síntese dessa concepção de ciência – familiarizando o leitor com uma das correntes atuantes no setor da interpretação filosófica da atividade científica"

MARIO BUNGE em entrevista concedida a Silvia Quevedo para a Folha de São Paulo, 1991:
SILVIA
: "O filósofo com saber universal é uma espécie em extinção?
BUNGE: "É um dinossauro – sou o último dinossauro vivo, mas acho isso um erro, porque o filósofo deve se interessar por tudo.
SILVIA: "[...] Como está atualmente a Filosofia da Ciência no mundo?
BUNGE: "Muito mal, pobre. Tem sido invadida por gente que não acredita na possibilidade de achar a verdade. São autores influenciados por filosofias obscurantistas. Para eles não importam os teste, nem se as teorias são realmente validadas. São construtivistas. Para eles, não há fatos, só construções sociais. Eles dizem que a realidade se constrói e confundem as coisas com os símbolos das coisas. Essa é uma velha idéia filosófica, que vem da Antiguidade."

O DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DA CIÊNCIA DO MARIO BUNGE - III autor

LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon

AUTOR: MARIO BUNGE"...nasceu em Buenos Aires. Realizou estudos no Brasil, na Universidade de São Paulo [USP], sob a orientação de David Bohm. Em 1952 obteve o grau de PhD em Ciências Físico-Matemáticas. Foi professor de Fìsica Teórica até 1966 na Universidade de Buenos Aires, onde lecionou também Filosofia, de 1957 até 1963. Atualmente é Professor de Lógica e Metafísica na McGill University de Montreal desde 1966.
Foi professor-visitante de Física e Filosofia em numerosas e prestigiosas instituições científicas e acadêmicas internacionais, tendo recebido, por sua contribuição intelectual diferentes graus e honrarias. É membro de Institutos Internacionais de Filosofia e Ciências, como a Associação Americana para o Progresso da Ciência e a Sociedade Real do Canadá.
Publicou cerca de 400 artigos e comunicações em Física Teórica, Matemática Aplicada, Fundamentos da Física, da Sociologia, da Psicologia, Filosofia da Ciência e da Tecnologia, de Ética, Teoria do Valor, entre outros temas, além de 80 livros que incluem também algumas traduções."

* IMAGEM encontrada no site do jornal espanhol El País, ilustrando uma interessante entrevista concedida por este filósofo e físico sistêmico intitulada "Las frases de Heidegger son las proprias de un esquizofrénico" (04/04/2008)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ESTE BLOG, OS LIVROS E A RELAÇÃO DE SENTIDO

A motivação/interesse em ler/consultar um livro advém, é claro, da relação de sentido que o leitor/consumidor consegue estabelecer diretamente com o texto, e/ou indiretamente através do seu contexto.
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No primeiro parágrafo da introdução ao livro PENSAMENTO SISTÊMICO – O NOVO PARADIGMA DA CIÊNCIA, a autora nos diz belamente:

"Quando me vem às mãos um livro novo, cujo tema me desperta o interesse, algumas coisas costumam acontecer: depois de ver, pelo sumário, como o autor se propôs a abordar o tema, passo diretamente à seção de referências bibliográficas. Fico sempre curiosa: com que outros autores ele tem dialogado? E costumo procurar também mais algumas informações sobre o autor, nas orelhas, na capa, na apresentação, no prefácio. Acho que isso me ajuda a elaborar pelo menos uma contextualização inicial do texto, o que considero essencial para minha leitura.
Assim como sinto necessidade de ter uma contextualização para o que leio, também tenho me preocupado em contextualizar para o ouvinte/leitor o meu trabalho."

(Maria José Esteves de Vasconcellos, 2002/2003:11)

Se à necessidade de contextualização dos livros por parte dos leitores deve corresponder igual preocupação em apresentar esta contextualização por parte dos seus autores e autoras, nesta preocupação também estão incluídos os editores, livreiros, bibliotecários, professores, divulgadores etc.
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E, no que diz respeito ao tema 'pensamento sistêmico, semiótico e complexo', esta é a preocupação deste blog: motivar o interesse pela leitura/consulta de livros importantes para a sua explicitação/reflexão através da apresentação de seus contextos, tais como capa, contracapa, orelhas, sobre os autores, sumário (com as legendas de figuras, quadros, lâminas etc.), glossário (conceitos, reflexões do blog), índice remissivo, referências bibliográficas, prefácio, excertos, links para as editoras, para o google books etc.
Boa consulta!
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domingo, 12 de julho de 2009

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - I capa e contracapa

LIVRO: "A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - AS BASES BIOLÓGICAS DA COMPREENSÃO HUMANA" (1984)
DE: Humberto Maturana e Francisco Varela
ED: Palas Athena (Brasil, SP: 2004, 283 págs., 4a. edição)

Título original: El Árbol del Conocimiento
Tradução do espanhol: Humberto Mariotti e Lia Diskin
Capa: Maurício Zabotto
Coordenação editorial: Emílio Moufarrige
Revisão de provas: Lucia Brandão Saft Moufarrige
Diagramação: Maria do Carmo de Oliveira
Ilustração: Carolina Vial, Eduardo Osorio, Francisco Olivares e Marcelo Maturana Montañez

CONTRACAPA
"A Árvore do Conhecimento constitui um marco no que se refere à reflexão sobre como conhecemos o mundo [quer fale-se do senso comum ou do conhecimento científico]. Suas ideias têm um caráter revolucionário e abrem uma perspectiva ampla e múltipla, que inclui em especial a biologia, a sociologia, a antropologia, a epistemologia [filosofia da ciência] e a ética [filosofia da moral].
Do modo como foi trabalhado pelos dois autores, esse entrelaçamento de disciplinas produziu resultados surpreendentes, que são apresentados por meio de uma linguagem clara e precisa. Tais características permitem que o texto seja facilmente compreensível por um público diversificado, que vai desde o leitor médio interessado nessas áreas até estudantes e acadêmicos.
Com justiça, este livro de Maturana e Varela vem sendo citado em várias das relações que destacam as obras mais importantes do século 20."

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - II orelhas

LIVRO: "A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - AS BASES BIOLÓGICAS DA COMPREENSÃO HUMANA" (1984)
DE: Humberto Maturana e Francisco Varela
ED: Palas Athena (Brasil, SP: 2004, 283 págs., 4a. edição)
Título original: El Árbol del Conocimiento
Tradução do espanhol: Humberto Mariotti e Lia Diskin
Capa: Maurício Zabotto
Coordenação editorial: Emílio Moufarrige
Revisão de provas: Lucia Brandão Saft Moufarrige
Diagramação: Maria do Carmo de Oliveira
Ilustração: Carolina Vial, Eduardo Osorio, Francisco Olivares e Marcelo Maturana Montañez
*
ORELHAS
"O ponto de partida de A Árvore do Conhecimento é surpreendentemente simples: a vida é um processo de conhecimento; assim, se o objetivo é compreendê-la, é necessário entender como os seres vivos conhecem o mundo [ambiente]. Eis o que Humberto Maturana e Francisco Varela chamam de 'biologia da cognição'.
Esta é a sua tese central: vivemos no mundo e por isso fazemos parte dele; vivemos com os outros
seres vivos, e portanto compartilhamos com eles o processo vital. Construímos o mundo em que vivemos ao longo de nossas vidas. Por sua vez, ele também nos constrói no decorrer dessa viagem comum. Assim, se vivemos e nos comportamos de um modo que torna insatisfatória a nossa qualidade de vida, a responsabilidade [também] cabe a nós.
As ideias de Maturana e Varela contêm nuanças que lhes proporcionam uma leveza e uma perspicácia que constituem a essência de sua originalidade. Para eles, o
mundo não é anterior à nossa experiência. Nossa trajetória de vida nos faz construir nosso conhecimento do mundo - mas este também constrói seu próprio conhecimento a nosso respeito. Mesmo que de imediato não percebamos, somos sempre influenciados e modificados pelo que experienciamos.
Para mentes condicionadas como as nossas não é nada fácil aceitar esse ponto de vista, porque ele nos obriga a sair do conforto e da passividade de receber informações vindas de um
mundo já pronto e acabado - tal como um produto recém-saído de uma linha de montagem industrial e oferecido ao consumo. Pelo contrário, a ideia de que o mundo [também] é construído por nós, num processo incessante e interativo, é um convite à participação ativa nessa construção. Mais ainda, é um convite à assunção das responsabilidades que ela implica.
Maturana e Varela mostram que a ideia de que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação com ele, não é apenas teórica: apóia-se em evidências concretas. Várias delas estão expostas - com freqüente utilização de exemplos e relatos de experimentos - nas páginas deste livro.
As teorias dos dois autores constituem uma concepção original e desafiadora, cujas consequências éticas agora começam a ser percebidas com crescente nitidez. A Árvore do Conhecimento tornou-se um clássico, ou melhor, recebeu o justo reconhecimento de seu classicismo inato. Tudo isso compõe hoje uma ampla bibliografia, espalhada por áreas tão diversas como a biologia [e microbiologia], a administração de empresas, a filosofia, as ciências sociais, a educação, as neurociências e a imunologia."

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - III Humberto Maturana

LIVRO: "A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - AS BASES BIOLÓGICAS DA COMPREENSÃO HUMANA" (1984)
DE: Humberto Maturana e Francisco Varela
ED: Palas Athena (Brasil, SP: 2004, 283 págs., 4a. edição)
Título original: El Árbol del Conocimiento
Tradução do espanhol: Humberto Mariotti e Lia DiskinCapa: Maurício Zabotto
Coordenação editorial: Emílio Moufarrige
Revisão de provas: Lucia Brandão Saft Moufarrige
Diagramação: Maria do Carmo de Oliveira
Ilustração: Carolina Vial, Eduardo Osorio, Francisco Olivares e Marcelo Maturana Montañez

AUTORES: HUMBERTO MATURANA
"Ph.D. em Biologia (Harvard, 1958). Nasceu no Chile. Estudou Medicina (Universidade do Chile) e depois Biologia na Inglaterra e EUA. Como biólogo, seu interesse se orienta para a compreensão do ser vivo e do funcionamento do sistema nervoso, e também para a extensão dessa compreensão ao âmbito social humano. É professor na Universidade do Chile."*
VER TAMBÉM... Instituto Matríztico e Instituto de Terapia Cognitiva.

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - IV Francisco Varela

LIVRO: "A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - AS BASES BIOLÓGICAS DA COMPREENSÃO HUMANA" (1984)
DE: Humberto Maturana e Francisco Varela
ED: Palas Athena (Brasil, SP: 2004, 283 págs., 4a. edição)

Título original: El Árbol del Conocimiento
Tradução do espanhol: Humberto Mariotti e Lia Diskin
Capa: Maurício Zabotto
Coordenação editorial: Emílio Moufarrige
Revisão de provas: Lucia Brandão Saft Moufarrige
Diagramação: Maria do Carmo de Oliveira
Ilustração: Carolina Vial, Eduardo Osorio, Francisco Olivares e Marcelo Maturana Montañez

AUTORES: FRANCISCO VARELA (1946-2001)
"Ph.D. em Biologia (Harvard, 1970). Nasceu no Chile. Depois de ter trabalhado nos EUA, mudou-se para a França, onde passou a ser diretor de pesquisas no CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas) no Laboratório de Neurociências Cognitivas do Hospital Universitário da Salpêtrière, em Paris, além de professor da Escola Politécnica, também em Paris.
"

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - V sumário, figuras, quadros e glossário

LIVRO: "A ÁRVORE DO CONHECIMENTO - AS BASES BIOLÓGICAS DA COMPREENSÃO HUMANA" (1984)
DE: Humberto Maturana e Francisco Varela
ED: Palas Athena (Brasil, SP: 2004, 283 págs., 4a. edição)
Título original: El Árbol del Conocimiento
Tradução do espanhol: Humberto Mariotti e Lia Diskin
Capa: Maurício Zabotto
Coordenação editorial: Emílio Moufarrige
Revisão de provas: Lucia Brandão Saft Moufarrige
Diagramação: Maria do Carmo de Oliveira
Ilustração: Carolina Vial, Eduardo Osorio, Francisco Olivares e Marcelo Maturana Montañez


SUMÁRIO, FIGURAS, QUADROS e GLOSSÁRIO

Prefácio, de Humberto Mariotti

Outro olhar, outra visão
Um pouco de história
Desdobramentos
O agora e o futuro

Humberto Mariotti

CAPÍTULO I - CONHECER O CONHECER
A grande tentação
Fig. 1. Cristo coroado de espinhos, de Hieronimus Bosch, Museu do Prado, Madri.
As surpresas do olho
Fig. 2. Experiência do ponto cego.
Fig. 3. Os dois círculos desta página foram impressos com a mesma tinta. No entanto, o [círculo] de baixo parece rosado, por causa de seu entorno verde. Moral da história: a cor não é uma propriedade das coisas; ela é inseparável de como estamos estruturados para vê-la.
Fig. 4. Sombras coloridas.
O grande escândalo
Fig. 5. Mãos que desenham, de M.C. Escher.
Quadro: Os aforismos-chave do livro
Explicação
Quadro: Conhecer

CAPÍTULO II - A ORGANIZAÇÃO DO SER VIVO
Fig. 6. Reprodução da fotografia de uma galáxia.
Breve história da Terra
Fig. 7. Distâncias na Via Láctea e localização do nosso Sol em seu âmbito.
Fig. 8. Esquema da sequência de transformações de uma estrela desde a sua formação.
Fig. 9. Comparação em escala de modelos moleculares da água (na parte superior); um aminoácido (lesina) no meio; e uma proteína (a enzima ribonuclease) na parte inferior.

O aparecimento dos seres vivos
Quadro: Distinções, Unidades
Fig. 10. Acima: fotografias de fósseis do que se presume que tenham sido bactérias encontradas em depósitos de mais de três bilhões de anos. Abaixo: fotografias de bactérias vivas atuais, cuja forma é comparável à dos fósseis reproduzidos à esquerda.
Fig. 11. O experimento de Miller como metáfora dos eventos da atmosfera primitiva.
Quadro: A origem das moléculas orgânicas
Quadro: Organização e estrutura

Autonomia e autopoiese
Quadro: As células e suas membranas
Fig. 12. Fotografia tirada ao microscópio eletrônico, mostrando um corte de uma célula de sanguessuga, na qual aparecem membranas e componentes intracelulares (em aumento aproximado de 20.000 vezes).
Fig. 13. Diagrama dos principais perfis da célula de sanguessuga mostrada na Fig. 12: membrana nuclear, mitocôndrias, retículo endoplasmático, ribossomos e a membrana celular. Notar o esboço hipotético da projeção tridimensional do que poderia estar sob a superfície do espécime.

CAPÍTULO III - HISTÓRIA: REPRODUÇÃO E HEREDITARIEDADE
Fig. 14. Uma das primeiras divisões de um embrião de rato.
Reprodução: como ela acontece?
Quadro: Fenômenos históricos
Quadro: Organização e história
Modos de gerar unidades
Fig. 15. Um caso de réplica.
Fig. 16. Um caso de cópia com substituição de modelo.
Fig. 17. Um caso de reprodução por fratura.

A reprodução celular
Fig. 18. Mitose ou reprodução por fratura em uma célula animal. O diagrama mostra as diferentes etapas de descompartimentalização, que tornam possível a fratura reprodutiva.
Quadro: Hereditariedade

Herediariedade reprodutiva
Quadro: A idéia de informação genética

CAPÍTULO IV - A VIDA DOS METACELULARES
Fig. 19. Água, óleo de Giuseppe Arcimboldo.
Acoplamento estrutural
Fig. 20. Ciclo da vida dos Physarum, com formação de plasmódio por fusão celular.
Fig. 21. Ciclo da vida do Dycoselium (fungo de limo), com corpo frutífero formado por agrupamento das células que surgem da reprodução de uma célula-esporo fundadora.
Ciclos da vida
Tempo de transformações
Fig. 22. Exemplos das relações entre o tamanho alcançado e o tempo necessário para alcançá-lo, nas diferentes etapas dos ciclos de vida de quatro organismos [(a) mixomiceto, (b) rã, (3) sequóia e (4)baleia azul].
Fig. 23. Tempo de transformação em uni e metacelulares.
Quadro: Metacelularidade e sistema nervoso
A organização dos metacelulares
Quadro: Simbiose e metacelularidade

CAPÍTULO V - A DERIVA NATURAL DOS SERES VIVOS
Fig. 24. Charles Darwin.
Determinismo e acoplamento estrutural
Fig. 25. A corneta, como toda unidade, tem seus quatro domínios: a) de mudanças de estado; b) de mudanças destrutivas; c) de perturbações; d) de interações destrutivas.
Ontogenia e seleção
Quadro: Curva perigosa: a seleção natural
Filogenia e evolução
Fig. 26. As grandes linhas da evolução orgânica, desde as origens procariontes até nossos dias, com toda a variedade de unicelulares, plantas, animais e fungos, que surgem das ramificações e entrelaçamentos por simbiose de muitas linhagens originárias.
Fig. 27. Expansão e extinção em linhagens de um grupo de trilobites, animais que existiram entre 500 e 300 milhões de anos passados.

Deriva natural
Fig. 28. A deriva natural dos seres vivos, vista pela metáfora das gotas d'água.
Fig. 29. Deriva natural dos seres vivos como distâncias de complexidade em relação à sua origem comum.
Quadro: Mais ou menos adaptado
Fig. 30. Diferentes maneiras de nadar.
Quadro: Evolução: deriva natural


CAPÍTULO VI - DOMÍNIOS COMPORTAMENTAIS
Fig. 31. Orangotango tomando um rato de um gato.
Previsibilidade e sistema nervoso
De sapos e meninas-lobo
Fig. 32. Erro de pontaria ou expressão de uma correlação interna inalterada?
Fig. 33. a) Modo lupino de correr da menina bengali, algum tempo depois de ser encontrada. Comparar com o lobo da fotografia b. c) Comendo como aprendeu. d) Nunca a sentiram completamente humana.

Sobre o fio da navalha
Fig. 34. César, segundo a metáfora representacionista.
Fig. 35. A Odisséia epistemológica: navegando entre o redemoinho Caribdes do solipsismo e o monstro Cila do representacionismo.

Quadro: Comportamento
Comportamento e sistema nervoso

CAPÍTULO VII - SISTEMA NERVOSO E CONHECIMENTO
Fig. 36. Neurônios. Desenho de Santiago Ramón y Cajal.
História natural [biológica, evolutiva] do movimento
Fig. 37. Sagitaria sagitufolia em suas formas aquática e terrestre.
Fig. 38. Ingestão.
Fig. 39. Relações de tamanho e velocidade na Natureza.

Coordenação sensório-motora unicelular
Fig. 40. Correlação sensório-motora na natação de um protozoário.
Fig. 41. Propulsão flagelar da bactéria.
Fig. 42. Um pequeno celenterado: a hidra.

Correlação sensório-motora multicelular
Fig. 43. Esquema da diversidade celular nos tecidos da hidra, com destaque para os neurônios.
Estrutura neuronal
Fig. 44. O neurônio e sua extensão.
A rede interneuronal
Quadro: Sinapse
Fig. 45. Reconstrução tridimensional de todos os contatos sinápticos recebidos pelo corpo celular de um neurônio motor da medula espinhal.
Fig. 46. Diversidade neuronal (da esquerda para a direita): [1] célula bipolar da retina, [2] corpo celular de um neurônio motor da medula espinhal, [3] célula mitral do bulbo olfatório, célula piramidal do córtex cerebral de um mamífero.
Fig. 47. Desenho do sistema nervoso de uma minhoca (Tubulanus annulata), mostrando o agrupamento de neurônios em uma corda ventral, com uma porção cefálica avolumada.
Fig. 48. Correlação sensório-motora no movimento do braço.

Clausura operacional do sistema nervoso
Quadro: Conexões da via visual
Fig. 49. Tamanho relativo da porção cefálica do sistema nervoso em vários animais.
Quadro: História natural [biológica, evolutiva] do sistema nervoso
Plasticidade
Quadro: O cérebro e o computador
Comportamentos inatos e comportamentos aprendidos
Conhecimento e sistema nervoso
Quadro: Conhecimento

CAPÍTULO VIII - OS FENÔMENOS SOCIAIS
Fig. 50. Desenho de Juste de Juste.
Acoplamentos de terceira ordem
Fig. 51. Jaçanã.
Fig. 52. Momentos do comportamento de côrte do peixe espinhoso.

Insetos sociais
Fig. 53. Diferentes morfologias nas castas das formigas mirmicíneas (Pheidole kingi instabilis). Indivíduos da casta operária: de (a) a (f). A rainha aparece em (g) e o macho em (h).
Fig. 54. Mecanismo de acoplamento entre os insetos sociais: trofolaxe.

Vertebrados sociais
Fig. 55. A fuga como fenômeno social entre os cervos.
Fig. 56. A caça como fenômeno social entre os lobos.
Fig. 57. Um grupo de babuínos se desloca.
Fig. 58. Esquema comparativo da distribuição de indivíduos babuínos e chimpanzés. 1. Estrutura correspondente aos babuínos habitantes da savana. 2.
Estrutura correspondente aos chimpanzés. 3. ------- Fronteira de um grupo fechado. 4. - - - - Fronteira de um grupo aberto.
Fenômenos sociais e comunicação
O cultural
Quadro: Espectograma
Fig. 59. Dueto vocal entre duas aves africanas.
Quadro: Fenômenos sociais, Comunicação
Quadro: A metáfora do tubo para a comunicação
Quadro: Altruísmo e egoísmo
Quadro: Organismos e sociedades

Fig. 60. Macaco do Japão lava suas batatas
Quadro: Conduta cultural

CAPÍTULO IX - DOMÍNIOS LINGUÍSTICOS E CONSCIÊNCIA HUMANA
Fig. 61. Hieróglifos egípcios.
Descrições semânticas
Quadro: Domínio linguístico
Quadro: A linguagem
História natural [biológica, evolutiva] da linguagem humana
Fig. 62. O Ameslan não é uma linguagem fonética e sim 'ideográfica'. Aqui, o gorila Koko aprende o gesto correspondente a 'máquina'.
Fig. 63. Interação linguística interespecífica.
Fig. 64. Capacidade de generalização, segundo diferentes histórias de aprendizagem linguística.
Fig. 65. Nossa linhagem [humana].
Fig. 66. Comparação da capacidade craniana dos hominídeos.
Fig. 67. No período neolítico, as populações humanas eram coletoras-caçadoras (mapa acima). Essas origens estão ocultas nos estilos de vida atuais (mapa inferior).
Janelas experimentais para o mental
Fig. 68. O calcanhar de Aquiles para a habilidade linguística oral humana (colorido).
Fig. 69. Ataque epilético de uma inca, segundo gravura da época.
Fig. 70. Desconexão inter-hemisférica no tratamento da epilepsia: o corpo caloso seccionado aperece colorido.
Fig. 71. Geometria da projeção da retina no córtex. Perturbações localizadas no lado esquerdo afetarão exclusivamente o córtex do lado direito.
Fig. 72. Situação experimental para o estudo comportamental de pessoas com secção do corpo caloso. Coloca-se o indivíduo de modo que não possa ver suas mãos nem o objeto a ser manipulado. A seguir, são mostradas imagens à direita ou à esquerda de seu campo visual, que ele deve identificar com as mãos ou com a fala.
O mental e a consciência

CAPÍTULO X - A ÁRVORE DO CONHECIMENTO
O conhecer e o conhecedor
Fig. 73. A galeria de quadros, de M.C. Escher.
O conhecimento do conhecimento obriga
Quadro: Ética

domingo, 28 de junho de 2009

MENTE E NATUREZA - I capa e contracapa

LIVRO: "MENTE E NATUREZA, A UNIDADE NECESSÁRIA" (1979)
DE: Gregory Bateson
ED: Francisco Alves (Brasil, Rio de Janeiro: 1986, 235 págs.)
Tradução do inglês: Claudia Gerpe

CONTRACAPA

"GREGORY BATESON está envolvido acima de tudo com síntese, unidades fundamentais e com os padrões que sustentam a aparente diversidade das coisas vivas... O que aparece mais vivamente neste importante livro é a coragem e a arte da exploração intelectual."
The New York Times Book Review

"UMA MEDITAÇÃO PROFUNDAMENTE SÉRIA sobre a maneira científica de nos vermos e nos compreendermos, realizada por um dos mais importantes mestres da teoria biológica e antropológica."
Ronald David Laing

"BRILHANTE... COMPETITIVO E PROVOCADOR, Mente e Natureza personifica a coragem e a arte de um pensamento claro e honesto, emitidos por uma mente criadora e refinada."

MENTE E NATUREZA - II orelhas

LIVRO: "MENTE E NATUREZA, A UNIDADE NECESSÁRIA" (1979)
DE: Gregory Bateson
ED: Francisco Alves (Brasil, Rio de Janeiro: 1986, 235 págs.)
Título original: Mind and Nature, A Necessary Unity
Tradução do inglês: Claudia Gerpe

ORELHAS
Conhecido como um dos "papas" do movimento de terapia familiar, Gregory Bateson (Inglaterra, 1904-1980) mudou radicalmente o curso da biologia, antropologia, psiquiatria e cibernética no século XX. Mente e Natureza mostra de que maneira esse eminente biólogo e geneticista elaborou uma das teorias mais "estimulantes e revolucionárias" (Los Angeles Times Book Review) do mundo das ciências em todos os tempos.
Segundo Gregory Bateson, para recuperar o nosso lugar no mundo natural, antes que seja tarde demais, devemos abandonar nossa visão simplista e quantitativa da ciência para aprendermos a "pensar como a Natureza". Ex-professor convidado de antropologia em Harvard, pesquisador associado ao Langley Porter Neuropsychiatric Institute em São Francisco, etnólogo junto ao Palo Alto Veterans Administration Hospital, ele também trabalhou com golfinhos no Oceanographic Institute do Havaí e reuniu um currículo invejável onde a diversidade de experiências lhe possibilitou influenciar como nenhum outro a toda uma geração de cientistas sociais, entre os quais se inclui o psiquiatra inglês Ronald David Laing.
Para Rollo May (psicólogo existencialista), Mente e Natureza é um livro de espantosa sabedoria e profundo discernimento que poderá ter um efeito duradouro no nosso mundo, agora e no futuro. Nele, o autor de obras como Balinese Character: A Photographic Analysis, Naven e Steps to an Ecology of Mind afirma que o sistema mental que governa o modo como pensamos e aprendemos é o mesmo tipo de sistema que governa a evolução e a ecologia de toda a vida na Terra.
Construindo um retrato de como o mundo é ligado em seus aspectos mentais, Gregory Bateson aqui aborda como se harmonizam as idéias, a informação; os passos de consistência lógica ou pragmática; como está a lógica; o procedimento clássico para formar cadeias de idéias; como se relaciona o mundo da lógica e muitos outros assuntos da maior pertinência e atualidade no campo das idéias e das ciências.

MENTE E NATUREZA - III sumário e glossário

LIVRO: "MENTE E NATUREZA, A UNIDADE NECESSÁRIA" (1979)
DE: Gregory Bateson
ED: Francisco Alves (Brasil, Rio de Janeiro: 1986, 235 págs.)
Título original: Mind and Nature, A Necessary Unity
Tradução do inglês: Claudia Gerpe

SUMÁRIO e GLOSSÁRIO

I. INTRODUÇÃO
II.
EVERY SCHOOLBOY KNOWS
1.
A ciência nunca prova nada
2. O mapa não é o território, e o nome não é a coisa designada
3. Não existe experiência objetiva
4. Os processos de formação de imagens são inconscientes
5. A divisão do Universo observado em partes e conjuntos é conveniente e pode ser necessária, mas nenhuma necessidade determina como ela deverá ser feita
6. Sequências divergentes não são previsíveis (explo: dízima periódica complexa)
7. Sequências convergentes são previsíveis (explo: dízima periódica simples)
8. Nada virá do nada
9. Número é diferente de quantidade
10. A quantidade não determina o padrão
11. Não existem 'valores' monótonos em biologia
12. Algumas vezes o pequeno é belo
13. A lógica é um modelo medíocre de causa e efeito
14. A causalidade não trabalha às avessas
15. A linguagem normalmente enfatiza somenete um lado de qualquer interação
16. A 'estabilidade' e a 'mudança' (evolução) descrevem partes de nossas descrições
III. VERSÕES MÚLTIPLAS DO MUNDO
1. O caso da diferença
2. O caso da visão binocular
3. O caso do planeta Plutão
4. O caso da adição de sinapse
5. O caso do punhal alucinatório
6. O caso das linguagens sinônimas
7. O caso dos dois sexos
8. O caso das batidas e do fenômeno moiré
9. O caso da 'descrição' da 'tautologia' e da 'explicação'
IV. CRITÉRIOS DE SISTEMAS MENTAIS
Critério 1.
Uma mente é um agregado (ou nucleação?) de partes ou componentes que interagem (ver tb: sistemas, definição de Bunge e Uyemov)
Critério 2. A interação entre partes da mente é acionada por diferença
Critério 3. O processo mental requer energia colateral
Critério 4. O processo mental requer cadeias de determinação circulares (ou 'espirais'?) (ou mais complexas)
Critério 5. No processo mental, os efeitos da diferença devem ser encarados como transformações (isto é, versões codificadas) da diferença que os precederam (história)
Critério 6. A descrição e a classificação desses processos de transformação (processos de evolução) revelam uma hierarquia de tipos lógicos inerentes aos fenômenos
V. VERSÕES MÚLTIPLAS DO RELACIONAMENTO
1.
Conheça a si próprio
2. Totemismo
3. Abdução
VI. OS GRANDES MÉTODOS ESTOCÁSTICOS
1. Os erros lamarckianos
2. Uso e desuso
3. Assimilação genética
4. O controle genético da alteração somática
5. "Nada virá do nada" na epigênese
6. Homologia
7. Adaptação e hábito
8. Processos estocásticos, divergentes e convergentes (ver tb: nucleação)
9. Comparando e combinando os dois sistemas estocásticos
VII. DA CLASSIFICAÇÃO AO MÉTODO
VIII. ENTÃO, O QUÊ?
APÊNDICE O tempo está desarticulado
GLOSSÁRIO
Adaptação, aleatório, analógico, cibernética, co-evolução, digital, eidético, energia, entropia, epigênese, epistemologia, estocástico, fenocópia, fenótipo, filogenia, flexibilidade, genética, genótipo, grupo taxonômico, homologia, ideia, informação, linear e lineal, movimento browniano, mutação, negentropia, ontogenia, paralaxe, procronismo, reducionismo, sacramento, somático, tautologia, tensão, tipos lógicos, topologia.

sábado, 6 de junho de 2009

ATOR/CLOWN E O PAPEL CRIADOR DA INTERATIVIDADE/CRISE EM SISTEMAS COMPLEXOS - I resumo


DISSERTAÇÃO: O PAPEL DA INTERATIVIDADE/CRISE NA COMUNICAÇÃO E CRIAÇÃO EM SISTEMAS COMPLEXOS: A ÓTICA DO CLOWN (2008, 78 págs.)
MESTRADO: em Comunicação e Semiótica, do Programa de Estudos Pós Graduados em Comunicação e Semiótica - COS, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP
ALUNO: Ana Cristina Pilchowski
ORIENTADOR: Jorge de Albuquerque Vieira

RESUMO

Essa pesquisa está centrada na análise do papel da interatividade e da crise no estabelecimento da comunicação e criação no processo de formação e descoberta do clown. Propomos uma leitura do processo criativo do clown partindo da hipótese de que este - a partir de um deslocamento da atenção, voltando-a para o que chamamos de interatividade/crise – obriga o ator-clown a modificar sua visão de mundo. Em outras palavras: sugere um “re-olhar” diante dos fenômenos e, através deste, permite uma ampliação dos mecanismos de percepção, criação e comunicação. Esse “re-olhar” é atingido pelo clown por meio da instabilidade e da interatividade/crise. O processo de formação do clown, segundo nossa visão, propõe uma leitura da interatividade/crise como fator estimulador da criação. Para o estudo de tal visão optamos por utilizar a teoria geral sistêmica. A lógica clownesca concebe o mundo e as relações de forma complexa, que em muitos pontos se assemelha ao pensamento sistêmico. Como suporte para o estudo da “crise criadora” utilizamos o conceito de Évolon, criado por Werner Mende, a respeito da crise como fator evolutivo. E tivemos como guia o livro Teoria do Conhecimento e Arte, de Jorge Albuquerque Vieira. Para uma leitura do tipo de percepção estimulada durante a formação do clown, empregamos o conceito de Umwelt desenvolvido por Jakob von Uexküll. Também buscamos suporte para o estudo do clown na criação do ator em autores ligados a arte do ator. Entre eles: Luís Otávio Burnier, Renato Ferracini, Dario Fo e Elizabeth Pereira Lopes. A interatividade/crise regula a percepção do clown, a forma como este lida com as informações e, consequentemente, a maneira como se comunica. O clown, por sua vez, por meio da instabilidade, proporciona ao ator o contato com a “crise criadora” promovendo a criação a partir de um re-olhar.