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sábado, 6 de janeiro de 2018

ÉVOLON - O que é?

(autor: Christina Garcia, 06.01.2018)

ÉVOLON - Unidade de medida das mudanças qualitativas ou de estado estacionário nos processos evolutivos ao longo do tempo, por vezes irreversíveis ou não, é a definição que propomos aqui.
Considera-se toda estabilidade como dinâmica em si, com flutuações quantitativas, eventuais crises e consequente auto-organização na interação com o ambiente; presente em toda a realidade conhecida, damos aqui como exemplo o processo homeostático de auto-ajuste permanente do qual dependem para sobreviver absolutamente todos os seres vivos, incluindo nós mesmos. Por outro lado, ultrapassagens quantitativas do limite crítico podem resultar em deslocamento do parâmetro de auto-ajuste para outro patamar qualitativo – esta é uma mudança de estado estacionário, ou simplesmente: évolon.
O termo ‘évolon’ foi apresentado em artigo de 1981 intitulado Structure-BuildingPhenomena in Systems with Power-Product Forces, de autoria dos cientistas: Werner Mende, do Instituto de Geografia e Geoecologia; e Manfred Peschel, do Departamento Científico de Matemática e Cibernética; ambos da Academy of Sciences of the GDR, Alemanha. Eles não quiseram apenas dar a designação de évolon para cada passo elementar na evolução da complexidade de um sistema, mas também mostrar a complexidade dentro de cada évolon, que possui 7 fases evolutivas: rompimento, latência, expansão, transição, maturação, clímax e instabilidade.
É Jorge de Albuquerque Vieira, em seu livro Teoria do Conhecimento e Arte, vol. I (2006), quem nos traz Mende e Peschel, aplicando a ideia de évolon à de crise-criadora, indispensável para a evolução do conhecimento na ciência e nas artes; afinal: “paradigmas também são sistemas em evolução”.
Apesar de não utiliza-lo diretamente, podemos dizer que o conceito do évolon está em interessante convergência com uma série de pensadores: Heráclito, Hegel, Marx, Engels, Peirce; além de Capra, do Tao e o princípio Yin/Yang.

quarta-feira, 2 de março de 2016

ATOR/CLOWN E O PAPEL CRIADOR DA INTERATIVIDADE/CRISE EM SISTEMAS COMPLEXOS - II sumário

ORIENTADOR: Jorge de Albuquerque Vieira

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

1. O CLOWN E A MULTIPLICIDADE
1.1 O Clown e as fronteiras - construindo relações
1.2 A lógica de pensamento do clown - a lógica da incerteza e da interatividade/crise
1.3 Que clown é esse
1.4 Estado clownesco ou estado comunicativo/criativo

2. DESCOBRINDO O CLOWN - ENTRE RELAÇÕES E CRISES
2.1 O subsistema clown
2.2 As partes se relacionam
2.3 Clown - a máscara que quebra as máscaras
2.4 O psicossocial, a crise e o desnudamento do clown

3. O CLOWN E A CRISE
3.1 O évolon
3.2 O olhar através da crise

CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

sábado, 23 de junho de 2012

A CIÊNCIA DO CAOS por James Gleick - I capa e orelhas

LIVRO: CAOS, A CRIAÇÃO DE UMA NOVA CIÊNCIA (1987)
DE: James Gleick
ED: Campus (Brasil, Rio de Janeiro: 1989, 310 págs., 12a. edição)
Título original: Chaos - Making a New Science
Tradução do inglês: Waltensir Dutra
Revisão Técnica: Hélio Fernando Verona de Resende
Capa: Otávio Studart
Copidesque: Paula Rosas
Editoração eletrônica: JP Composição e Artes Gráficas Ltda
Revisão gráfica: Maria do Rosário e Kátia Regina
Projeto Gráfico: Editora Campus
Palavras-chave: caos, ciência, sistema, complexidade, natureza, universo

ORELHAS
Na última década, físicos, biólogos, astrônomos e economistas criaram um novo enfoque da complexidade na Natureza. Essa nova ciência, denominada 'caos', permite que se veja ordem e padrão onde antes só se tinha observado a aleatoriedade, a irregularidade, a imprevisibilidade - em suma, o caótico. Nas palavras de Douglas Hofstadter, "ocorre que um tipo fantástico de caos pode estar escondido bem atrás de uma fachada de ordem - e ainda assim, nas profundezas do caos está oculto um tipo de ordem ainda mais fantástico".

A ciência do caos tem ligações com disciplinas científicas tradicionais, unindo tipos não-correlatos de descontrole e irregularidade: da turbulência do tempo até os ritmos complicados do coração humano, do desenho dos flocos de neve até os redemoinhos das areias do deserto varridas pelos ventos. Apesar de sumamente matemático em sua origem, o caos é uma ciência do mundo cotidiano, formulando indagações que todas as crianças já se fizeram: sobre a forma das nuvens, sobre as causas da ascensão da fumaça, sobre a maneira pela qual a água forma vértices numa correnteza.

Em CAOS, James Gleick nos conta a história notável de uma ideia - uma ideia que atemorizou e fascinou ao mesmo tempo os cientistas que começaram a explorá-la. Gleick descreve as surpreendentes e inesperadas descobertas desses cientistas: Edward Lorenz e o Efeito da Borboleta, que subjaz à impossibilidade de previsão do tempo e à inconstância deste; o cálculo de Mitchell Feigenbaum, estimulado pelas suas meditações sobre a Natureza e a arte sobre uma constante universal; o conceito dos fractais de Benoit Mandelbrot, que criou uma nova geometria da Natureza.

CAOS é uma história de descoberta científica. Conta, nas palavras dos próprios participantes, seus conflitos e frustrações, suas emoções e seus momentos de revelação. É um registro de uma revolução, o nascimento de uma nova ciência. Depois de ler CAOS, jamais poderemos voltar a ver o mundo da mesma maneira.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A NOVA ALIANÇA - II sumário

LIVRO: A NOVA ALIANÇA - METAMORFOSE DA CIÊNCIA (1984)
DE: Ilya Prigogine e Isabelle Stengers
ED: UNB - Editora Universidade de Brasília (Brasil, Brasília: 1997, 247 págs., 3a. edição)
Título original: La nouvelle alliance - métamorphose de la science
Traduzido do francês por: Miguel Faria e Maria Joaquina Machado Trincheira
Editores: Célia Ladeira, Lúcio Reiner, Manuel Montenegro da Cruz e Maria Baptista Dutra
Controladores de texto: Alfredo Henrique Pacheco Henning, Patrícia Maria Silva de Assis e Veralúcia Pimenta de Moura
Supervisão gráfica: Elmano Rodrigues Pinheiro
Capa: Formato Design e Informática

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO: METAMORFOSE DA CIÊNCIA

LIVRO I
A MIRAGEM DO UNIVERSAL: A CIÊNCIA CLÁSSICA

CAPÍTULO I: O PROJETO DA CIÊNCIA MODERNA
1. O novo Moisés
2. O mundo desencantado
3. A síntese newtoniana
4. O diálogo experimental
5. O mito nas origens da ciência
6. O mito científico hoje [1984]
CAPÍTULO II: A IDENTIFICAÇÃO DO REAL
1. As leis de Newton
2. Movimento e devir
3. A linguagem da dinâmica
4. A dinâmica e o demônio de Laplace
CAPÍTULO III: AS DUAS CULTURAS
1. O discurso do vivente
2. A ratificação crítica
3. Uma filosofia da natureza?

LIVRO II
A CIÊNCIA DO COMPLEXO

CAPÍTULO IV: A ENERGIA E A ERA INDUSTRIAL
1. O calor, rival da gravitação
2. O princípio de conservação da energia
3. Das máquinas térmicas à flecha do tempo
4. O princípio de ordem de Boltzmann
CAPÍTULO V: OS TRÊS ESTÁGIOS DA TERMODINÂMICA
1. Fluxos e forças
2. A termodinâmica linear
3. A termodinâmica não-linear
4. O encontro com a biologia molecular
5. Para além do limiar da instabilidade química
6. História e bifurcações
7. De Euclides a Aristóteles
CAPÍTULO VI: A ORDEM POR FLUTUAÇÃO
1. A lei dos grandes números
2. Flutuações e cinética química
3. Estabilidade das equações cinéticas
4. Acaso e necessidade

LIVRO III
DO SER AO DEVIR

CAPÍTULO VII: O CHOQUE DAS DOUTRINAS
1. A abertura de Boltzmann
2. Dinâmica e termodinâmica: dois mundos separados
3. Os conjuntos de Gibbs
4. A interpretação subjetivista da irreversibilidade
CAPÍTULO VIII: A RENOVAÇÃO DA CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA
1. Para além da simplicidade do microscópio
2. O fim da universalidade: a relatividade
3. O fim do objeto galileano: a mecânica quântica
4. Relações de incerteza e de complementaridade
5. O tempo quântico
CAPÍTULO IX: NO SENTIDO DA SÍNTESE DO SIMPLES E DO COMPLEXO
1. No limite dos conceitos clássicos
2. A renovação da dinâmica
3. Das flutuações aos devir
4. Uma complementaridade alargada
5. Uma nova síntese
CONCLUSÃO: O REENCANTAMENTO DO MUNDO
1. O fim da onisciência
2. O tempo reencontrado
3. Atores e espectadores
4, Um turbilhão na natureza turbulenta
5, Uma ciência aberta
6, A interrogação científica
7. As metamorfoses da natureza
NOTAS

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O HOMEM SIMBIÓTICO - I capa,contracapa e editorial

LIVRO: O HOMEM SIMBIÓTICO - PERSPECTIVAS PARA O TERCEIRO MILÊNIO (1995)
DE: Joël de Rosnay
ED: Vozes (Brasil, Petrópolis: 1997, 444 págs.)
Título original: L'homme symbiotique - Regards sur le troisième millénaire
Traduzido do francês por: Guilherme João de Freitas Teixeira
Editor de arte: Omar Santos
Editoração e organização literária: José Luiz Negri
Revisão gráfica: Revitec S/C
Diagramação: Rosangela Lourenço
Supervisão gráfica: Valderes Rodrigues
Palavras-chave: Ecologia

EDITORIAL
"Cét ouvrage, publié dans le cadre du programme de participation à la publication, bénéficie du soutien du Ministère français des Affaires Etrangères, de l'Ambassade de France au Brésil et de la Maison française de Rio de Janeiro."
trad.port: "Este livro, publicado no âmbito do programa de participação, contou com o apoio do Ministério francês das Relações Exteriores, da Embaixada da França no Brasil e da Maison française de Rio de Janeiro."

CONTRACAPA
"As dez regras de ouro do homem simbiótico:
1. Fazer emergir a inteligência coletiva.
2. Fazer coevoluir as pessoas, sistemas e redes.
3. Garantir simbioses em diferentes níveis de organização da sociedade.
4. Construir organizações e sistemas por camadas funcionais sucessivas.
5. Garantir a regulação dos sistemas complexos por um controle descendente (hierárquico) [top down] e ascendente (democrático) [bottom up].
6. Pôr em prática as regras da subsunção.
7. Saber manter-se à beira do caos.
8. Favorecer as organizações em paralelo.
9. Pôr em prática círculos virtuosos.
10. Fractalizar os saberes."

O HOMEM SIMBIÓTICO - II sumário

LIVRO: O HOMEM SIMBIÓTICO - PERSPECTIVAS PARA O TERCEIRO MILÊNIO (1995)
DE: Joël de Rosnay
ED: Vozes (Brasil, Petrópolis: 1997, 444 págs.)
Título original: L'homme symbiotique - Regards sur le troisième millénaire
Traduzido do francês por: Guilherme João de Freitas Teixeira
Editor de arte: Omar Santos
Editoração e organização literária: José Luiz Negri
Revisão gráfica: Revitec S/C
Diagramação: Rosangela Lourenço
Supervisão gráfica: Valderes Rodrigues
Palavras-chave: Ecologia

SUMÁRIO
Preâmbulo

INTRODUÇÃO
A história e a natureza
A metáfora do cibionte
As novas ciências da complexidade
Uma simbiose planetária
Um mundo a ser inventado
Um livro fractal

PRIMEIRA PARTE
Uma visão unificada da natureza e da sociedade


1. Moléculas, insetos e homens
A chave do futuro: controlar a complexidade
A magia dos círculos virtuosos
A emergência da ciência do século XXI
Reconciliar a parte com o todo
O caos: uma organização oculta?
Para compreender o caos: o computador-macroscópio
Pássaros engraçados e formigas virtuais
As escolhas democráticas das abelhas
Entre ordem e desordem, uma estranha fronteira
Uma teoria geral da auto-organização

2. Nascimento do cibionte: as novas origens da vida
Retorno a nossas origens
A emergência das funções vitais do cibionte: uma co-evolução
Revolução industrial: do carvão ao automóvel
Revolução biológica: da fazenda agrícola ao controle do DNA
Revolução informática: da escrita ao microprocessador
A midiamorfose: da multimídia à unimídia
Internet: gênese de um cérebro planerário
A caminho da síntese da vida?
A evolução biológica no computador
Enxames de robôs-insetos

SEGUNDA PARTE
A caminho do homem simbiótico


3. Os neurônios da Terra
Uma grande descoberta da natureza
Os benefícios da simbiose: líquen, coral e orquídeas
Macrobiologia das máquinas: uma nova simbiose?
As novas interfaces entre o homem e as máquinas
Quando o computador ensina o homem
A conexão informática do cérebro
O acasalamento da biologia com a informática
Biochips para biocomputadores
Os novos sentidos do homem simbiótico
Retinas-tela e memórias implantáveis
A realidade virtual: clonagem e ubiqüidade
Oliver e Sarah: agentes inteligentes

4. A vida cotidiana do cibionte
Um superorganismo planetário
Funções vitais à escala do globo
Gaia e o mundo das margaridas
A economia: um ecossistema vivo
Do egocidadão ao ecocidadão
A simbiose de Gaia com o cibionte
Os navegadores do ciberespaço
Viagem ao centro da introsfera
A estranha população das hiper-redes
Para além do imaginário: a virtualidade do real
A mente do cibionte

TERCEIRA PARTE
Desejar o futuro


5. Pilotar: os administradores da complexidade
Retorno à Terra: os desafios de um mundo fragmentado
Os benefícios do cibionte: a arte da subsunção
Governo, cibernética, cidadão
Regulação dos grandes fluxos mundiais
À beira do caos: democracia, ditadura, anarquia
A governança: entre determinismo e liberdade
O homem: gênio individual, idiotia coletivo
Democracia participativa e retroação societal
Os novos líderes políticos
Os perigos da imunidade midiática
Os limites do economismo
Em prol de um desenvolvimento adaptativo regulado
Prioridades para o futuro

6. Produzir: as indústrias do terceiro milênio
A empresa e as organizações do futuro
Empresa inteligente, empresa virtual
Pesquisa em rede, produção fractal
Uma bola de cristal: a prospectiva sistêmica
As indústrias do imaterial
Teleatividades e teleducação
A economia das redes: pirataria e criptagem
Aprender é eliminar
Os novos mercados do ciberespaço
Marketing invertido e marketing seletivo
Economia parasita, Big Brother e drogas eletrônicas
As indústrias do invisível
O rápido desenvolvimento das nanotecnologias
O triunfo do múltiplo: paralelismo e "efeito Velcro"
Macroprojetos e macrorregulações
Flashes do futuro: inovações do próximo século

7. Desejar: cultura a valores em prol de um novo mundo
Valores femininos para construir o mundo
A cultura fractal do homem simbiótico
Rendas, mosaicos e catedrais: a comunicação fractal
Tempo longo, tempo curto: educação e televisão
Videogames: interatividade e hipermídia
Reconfigurar a escola
A transmissão lamarckiana da cultura
Emergências, mutações, revoluções
A informação: tempo potencial?
O tempo fractal
Viver dos juros do capital-tempo
O cibionte e o homem do terceiro milênio
As dez regras de ouro do homem simbiótico
Os valores de um novo humanismo

CONCLUSÃO
O ano de 2500, já?
O quinto paradigma

ANEXOS
Glossário
Bibliografia
Índice onomástico e temático

sábado, 31 de julho de 2010

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO - I capa e contracapa

LIVRO: INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO (2005)
DE: Edgar Morin
ED: Sulina (Brasil, Porto Alegre: 2007, 120 págs., 3a. edição)
Título original: Introduction à la pensée complexe
Tradução do francês: Eliane Lisboa
Capa: Eduardo Miotto
Projeto gráfico e editoração: Daniel Ferreira da Silva
Revisão: Álvaro Larangeira
Editor: Luis Gomes

CONTRACAPA
"O que é complexidade? A um primeiro olhar, a complexidade é um tecido (complexus: o que é tecido junto) de constituintes hetereogêneas inseparavelmente associadas: ela coloca o paradoxo [do ser] do uno e do múltiplo. Num segundo momento, a complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem nosso mundo fenomênico. Mas então a complexidade se apresenta com os traços inquietantes do emaranhado, do inextricável, da desordem, da ambiguidade, da incerteza..."

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO - II orelhas

LIVRO: INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO (2005)
DE: Edgar Morin
ED: Sulina (Brasil, Porto Alegre: 2007, 120 págs., 3a. edição)
Título original: Introduction à la pensée complexe
Tradução do francês: Eliane Lisboa
Capa: Eduardo Miotto
Projeto gráfico e editoração: Daniel Ferreira da Silva
Revisão: Álvaro Larangeira
Editor: Luis Gomes

ORELHAS, por Juremir Machado da Silva

"A obra de
Edgar Morin tem muitas facetas e está dividida em várias partes. No melhor estilo daquele que escreve, trata-se de um holograma: o todo está na parte que está no todo. Inúmeras são as janelas e portas que dão acesso a essa leitura do mundo feita de tantos nós e de tantos links. Tudo se interliga. Nada pode ser descartado em análise minuciosa. Existe a grande reflexão englobada nos seis volumes de O Método. Mas há também os textos de investigação sobre a antropologia, a política e a cultura de massa. Não bastasse isso, Morin investiu também na apresentação das suas ideias de maneira didática, num colossal esforço de clareza para o público mais amplo. É o caso de Introdução ao Pensamento Complexo. Não se trata, contudo, de uma simplificação nem de um empobrecimento, mas de uma forma específica de apresentação de ideias. Paradoxalmente, daria para garantir que, neste texto de ampliação do horizonte de leitores, Morin realiza uma operação complementar e antagônica: produz a essência do seu pensamento, um concentrado altamente exigente e preciso das suas teorias, e, ao mesmo tempo, apresenta um texto de uma simplicidade cristalina e de grande potencial de comunicação.
Este livro permite a qualquer um compreender os fundamentos do pensamento complexo. Em primeiro lugar, elimina ilusões e mal-entendidos. A complexidade não é uma receita de bolo nem a fórmula mágica para decifrar fenônemos até agora resistentes aos esforços científicos. Depois, trata de mostrar a necessidade e a validade da defesa de uma interpretação complexa do
existente. Edgar Morin não tenta inventar mais um sistema filosófico abstrato, fechado e coerente por não se referir ao vivido. Ao contrário, busca pensar o que todos vivem, desde a interação entre cultura e natureza até os desvãos do imaginário, do sonho, da utopia e da poesia. Conceitos, definições, hipóteses, terminologia e principais referências de um pensamento denso e trabalhado durante décadas aparecem nesta obra com uma transparência de dar inveja a muitos escritos. A mensagem flui como uma história contada sem arrogância, mas com muita sabedoria e reflexão. O leitor sente o homem pensando, amadurecendo as ideias, dialogando com o passado, o presente e o futuro. Sem nenhuma dúvida, este é o livro para aqueles que sentem vontade de fugir do reducionismo e temem os delírios dos filósofos encerrados na adoração da palavra e do conceito. Mais uma vez, Edgar Morin prova que pensamento e clareza podem andar de mãos dadas sem prejuízo do conteúdo nem da forma."

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO - III sumário

LIVRO: INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO (2005)
DE: Edgar Morin
ED: Sulina (Brasil, Porto Alegre: 2007, 120 págs., 3a. edição)
Título original: Introduction à la pensée complexe
Tradução do francês: Eliane Lisboa
Capa: Eduardo Miotto
Projeto gráfico e editoração: Daniel Ferreira da Silva
Revisão: Álvaro Larangeira
Editor: Luis Gomes

SUMÁRIO
Prefácio

1. A INTELIGÊNCIA CEGA

A tomada de consciência
O problema da organização do conhecimento
A patologia do saber, a inteligência cega
A necessidade do pensamento complexo

2. O DESENHO E A INTENÇÃO COMPLEXOS, O ESBOÇO E O PROJETO COMPLEXOS
A Indo-américa
A teoria sistêmica
O sistema aberto
Informação / Organização
A organização
A auto-organização
A complexidade
O sujeito e o objeto
Coerência e abertura epistemológica
Scienza nuova
Pela unidade da ciência
A integração das realidades banidas pela ciência clássica
A superação das alternativas clássicas
A virada paradigmática


3. O PARADIGMA COMPLEXO
O paradigma simplificador
Ordem e desordem no universo
Auto-organização
Autonomia
Complexidade e completude
Razão, racionalidade, racionalização
Necessidade dos macroconceitos
Três princípios
O todo está na parte que está no todo
Rumo à
complexidade

4. A
COMPLEXIDADE E A AÇÃO
A ação é também um desafio
A ação escapa às nossas intenções
A máquina não trivial
Preparar-se para o inesperado

5. A
COMPLEXIDADE E A EMPRESA
Três causalidades
Da
auto-organização à auto-eco-organização
Viver e lidar com a desordem
A estratégia, o programa, a organização
Relações complementares e antagônicas
Precisa-se de verdadeiras solidariedades


6. EPISTEMOLOGIA DA
COMPLEXIDADE
Os mal-entendidos
Falar da ciência
Abordagens da complexidade
O desenvolvimento da ciência
Ruído e
informação
Informação e conhecimento
Paradigma e ideologia
Ciência e filosofia
Ciência e sociedade
Ciência e psicologia
Competências e limites
Um autor não oculto
A migração dos conceitos
A razão

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A TEIA DA VIDA - I capa e contracapa

LIVRO: "A TEIA DA VIDA - UMA NOVA COMPREENSÃO CIENTÍFICA DOS SISTEMAS VIVOS" (1996)
DE: Fritjof Capra
ED: Amana-Key e Cultrix (Brasil, São Paulo: 2004, 256 pág.)
Título original: The Web of Life - A New Scientific Understanding of Living Systems
Tradução do inglês: Newton Roberval Eichemberg
Design da capa: Katia Di Clemente
*
CONTRACAPA
"A Teia da Vida é um livro de excepcional relevância para todos nós - independentemente de nossa atual atividade. Sua maior contribuição está no desafio que ele nos coloca na busca de uma compreensão maior da realidade em que vivemos. É um livro provocativo que nos desancora do fragmentário e do 'mecânico'. É um livro que nos impele adiante, em busca de novos níveis de consciência, e assim nos ajuda a enxergar, com mais clareza, o extraordinário potencial e o propósito da vida. E também a admitir a inexorabilidade de certos processos da vida, convivendo lado a lado com as infinitas possibilidades disponíveis, as quais encontram-se sempre à mercê de nossa competência em acessá-las.
Esta obra de Capra representa um outro tipo de desafio para todos nós. Ela exige uma grande abertura de nossa parte. Uma abertura que só é possível quando abrimos mão de nossos arcabouços atuais de pensamento, nossas premissas, nossa teorias, nossa forma de ver a própria realidade, e nos dispomos a considerar uma outra forma de entender o mundo e a própria vida. O desafio maior está em mudar a nossa maneira de pensar...
Não é uma tarefa fácil. Não será algo rápido para muitos de nós. Mas se pensarmos bem, existe desafio maior do que entender como funcionamos e como a vida funciona?
Na verdade, Capra está numa longa jornada em busca das grandes verdades da vida. Ele humildemente se coloca 'em transição', num estado permanente de busca, de descoberta, sempre procurando aprender, desaprender e reaprender.
Este livro é um grande convite para fazermos, juntos, essa jornada.
Uma jornada de vida."
Por: Oscar Motomura (do prefácio à edição brasileira)
*
"Uma nova linguagem para entendimento dos sistemas complexos que estão na base da vida está emergindo. Diferentes cientistas atribuem nomes diferentes a ela - "teoria dos sistemas dinâmicos", "teoria da complexidade", "dinâmica não-linear", "dinâmica das redes" etc. Atratores caóticos, fractais, estruturas dissipativas, auto-organização e redes "autopoiéticas" são alguns de seus conceitos-chave. Esta nova abordagem [sistêmica] de compreensão da vida está sendo desenvolvida por pessoas extraordinárias no mundo todo e várias de suas descobertas, publicadas em papers técnicos e livros, têm sido consideradas revolucionárias.
Até hoje, porém, ninguém chegou a propor uma síntese desse todo, integrando as novas descobertas num só contexto, visando a permitir que leitores não especializados possam entendê-las de um modo coerente.
Este é o desafio e a promessa de A Teia da Vida."

A TEIA DA VIDA - II sumário, figuras e quadros

LIVRO: "A TEIA DA VIDA - UMA NOVA COMPREENSÃO CIENTÍFICA DOS SISTEMAS VIVOS" (1996)
DE: Fritjof Capra
ED: Amana-Key e Cultrix (Brasil, São Paulo: 2004, 256 pág.)
Título original: The Web of Life - A New Scientific Understanding of Living Systems
Tradução do inglês: Newton Roberval Eichemberg
Design da capa: Katia Di Clemente
*
SUMÁRIO, FIGURAS e QUADROS
Prefácio à edição brasileira
Prefácio

PARTE UM / O CONTEXTO CULTURAL
CAPÍTULO 1 Ecologia Profunda - Um Novo Paradigma
Crise de percepção
A mudança de paradigma
Ecologia profunda
Ecologia social e ecofeminismo
Novos valores
***quadro-sinóptico: pensamento x valores
Ética
Mudança da física para as ciências da vida

PARTE DOIS / A ASCENSÃO DO PENSAMENTO SISTÊMICO
CAPÍTULO 2 Das Partes para o Todo
Substância e forma
Mecanicismo cartesiano
O movimento romântico
O mecanicismo do século XIX
Vitalismo
Biologia organísmica
Pensamento sistêmico
Física quântica
Psicologia da Gestalt
Ecologia
CAPÍTULO 3 Teorias Sistêmicas
Critérios do pensamento sistêmico
***figura 3-1: mudança figura/fundo de objetos para relações
Pensamento processual
Tectologia
Teoria geral dos sistemas
CAPÍTULO 4 A Lógica da Mente
Os ciberneticistas
Realimentação (feedback)
***figura 4-1: causalidade circular de um laço de realimentação
***figura 4-2: laço de realimentação representando a pilotagem de um barco
***figura 4-3: elos causais positivos e negativos
***figura 4-4: regulador centrífugo
***figura 4-5: laço de realimentação para o regulador centrífugo
Teoria da informação
A cibernética do cérebro
O modelo do computador para a cognição
Impacto sobre a sociedade

PARTE TRÊS / AS PEÇAS DO QUEBRA-CABEÇA
CAPÍTULO 5 Modelos de Auto-Organização
Pensamento sistêmico aplicado
A ascensão da biologia molecular
Crítica do pensamento sistêmico
A importância do padrão
Redes – o padrão da vida
Emergência da concepção de auto-organização
Estruturas dissipativas
***figura 5-1: padrão de células hexagonais de Bénard num recipiente cilíndrico, visto de cima / o diâmetro do recipiente é de, aproximadamente, 10 cm, e a altura da coluna líquida é de, aproximadamente, 0,5 cm / extraído de Bergé (1981)
***figura 5-2: atividade química ondulatória na chamada reação de Belousov-Zhanbotinskii; extraído de Prigogine (1980)
Teoria do laser
Hiperciclos
***figura 5-3: uma rede catalítica de enzimas, incluindo um laço fechado (E1 ... E15); extraído de Eigen (1971)
Autopoiese – a organização dos seres vivos
Gaia – a Terra viva
***figura 5-4: algas (coccolithophore) oceânicas com conchas calcárias
***figura 5-5: as quatro fases evolutivas do Mundo das Margaridas
***figura 5-6: evolução da temperatura no Mundo das Margaridas: a curva tracejada mostra o aumento da temperatura sem vida presente / a curva cheia mostra como a vida mantém uma temperatura constante / extraído de Lovelock (1991)
Uma síntese prévia
CAPÍTULO 6 A Matemática da Complexidade
Ciência clássica
***figura 6-1: gráfico correspondente à equação y=x+1 / para qualquer ponto sobre a linha reta, o valor da coordenada y é sempre uma unidade maior do que o da coordenada x
Equações diferenciais
***figura 6-2: gráfico correspondente à equação y=x2 / para qualquer ponto da parábola, a coordenada y é igual ao quadrado da coordenada x
***figura 6-3: gráfico mostrando o movimento de dois corpos, um deles movendo-se com velocidade constante e o outro acelerando
***figura 6-4: para calcular uma velocidade constante, divida a diferença entre as coordenadas de distância (d2-d1) pela diferença entre as coordenadas de tempo (t2-t1)
***figura 6-5: cálculo da velocidade aproximada entre dois pontos no caso do movimento acelerado
Encarando a complexidade
Não-linearidade
Realimentação e iterações
***figura 6-6: o mapeamento logístico, ou 'transformação do padeiro'
Poincaré e as pegadas do caos
Trajetórias em espaços abstratos
***figura 6-7: o espaço de fase bidimensional de um pêndulo
***figura 6-8: trajetória do pêndulo no espaço de fase
***figura 6-9: trajetória no espaço de fase de um pêndulo com atrito
Atratores estranhos
***figura 6-10: o atrator de Ueda; extraído de Ueda et al. (1993)
O 'efeito borboleta'
***figura 6-11: o atrator de Lorenz; extraído de Mosekilde et al. (1994)
Da quantidade para a qualidade
Geometria fractal
***figura 6-12: operação geométrica para construir uma curva de Koch
***figura 6-13: a curva de floco de neve de Koch
***figura 6-14: modelagem de uma linha litorânea com uma curva de Koch
***figura 6-15: forjamento fractal de uma samambaia; extraído de Garcia (1991)
Números complexos
***figura 6-16: a linha dos números
***figura 6-17: o plano complexo
Padrões dentro de padrões
***figura 6-18: diversos tipos de conjuntos de Julia; extraído de Peitgen e Richter (1986)
***figura 6-19: o conjunto de Mandelbrot; extraído de Peitgen e Richter (1986)
***figura 6-20: estágios de uma viagem pelo interior de um conjunto de
Mandelbrot / em cada figura, a área que será ampliada na figura seguinte é marcada com um retângulo branco; extraído de Peitgen e Richter (1986)

PARTE QUATRO / A NATUREZA DA VIDA
CAPÍTULO 7 Uma Nova Síntese
Padrão e estrutura
Os três critérios fundamentais
***quadro-sinóptico: critérios fundamentais de um sistema vivo
Autopoiese – o padrão da vida
***figura 7-1: componentes básicos de uma célula vegetal
***
quadro-sinóptico: glossário de termos técnicos
***figura 7-2: processos metabólicos numa célula vegetal
***figura 7-3: componentes de uma rede autopoiética envolvida na reparação do ADN
Estrutura dissipativa – a estrutura dos sistemas vivos
***figura 7-4: funil de redemoinho de água numa banheira
Cognição – o processo da vida
CAPÍTULO 8 Estruturas Dissipativas
Estrutura e mudança
***figura 8-1: uma cadeia alimentar típica
Não-equilíbrio e não-linearidade
A flecha do tempo
Ordem e desordem
***figura 8-2: experimento de pensamento de Boltzmann
Pontos de instabilidade
Um novo diálogo com a Natureza
CAPÍTULO 9 Autocriação
Autômatos celulares
Simulando redes autopoiéticas
***figura 9-1: simulação, por computador, de rede autopoiética
Redes binárias
***figura 9-2: uma rede binária simples
***figura 9-3: três seqüências de estados em rede binária
Na margem do caos
***figura 9-4: relações entre o número de genes, tipos de células e atratores nas redes binárias correspondentes para diferentes espécies
A vida em sua forma mínima
***figura 9-5: forma básica de uma gotícula de 'micélula'
Organismos e sociedades
A autopoiese no domínio social
O sistema de Gaia
O Universo como um todo
Acoplamento estrutural
Desenvolvimento e evolução
CAPÍTULO 10 O Desdobramento da Vida
Darwinismo e neodarwinismo
A visão sistêmica da evolução
Caminhos de criatividade
A evolução por meio da simbiose
As idades da vida
A origem da vida
***quadro-sinóptico: eras da vida X bilhões de anos atrás x etapas da evolução
Tecendo a teia bacteriana
A crise do oxigênio
A célula nucleada
Evolução de plantas e animais
***figura 10-1: relações evolutivas entre os cinco reinos da vida
Conquistando a Terra
***quadro-sinóptico: evolução de plantas e animais
Cuidando dos jovens
A aventura humana
***quadro-sinóptico: evolução humana
CAPÍTULO 11 Criando um Mundo
Ciência cognitiva
A teoria de Santiago
Ausência de representação, ausência de informação
Maturana e Bateson
Computadores revisitados
Imunologia cognitiva
Uma rede psicossomática
CAPÍTULO 12 Saber que Sabemos
Linguagem e comunicação
Linguageamento
Estados primários de consciência
A condição humana
*
Epílogo: Alfabetização Ecológica
Apêndice: Bateson Revisitado
Notas
Bibliografia

A TEIA DA VIDA - III orelhas

LIVRO: "A TEIA DA VIDA - UMA NOVA COMPREENSÃO CIENTÍFICA DOS SISTEMAS VIVOS" (1996)
DE: Fritjof Capra
ED: Amana-Key e Cultrix (Brasil, São Paulo: 2004, 256 pág.)
Título original: The Web of Life - A New Scientific Understanding of Living Systems
Tradução do inglês: Newton Roberval Eichemberg
Design da capa: Katia Di Clemente
*
ORELHAS
"Isso nós sabemos
Todas as coisas são conectadas
como o sangue
que une uma família...
O que acontecer com a Terra
acontecerá com os filhos e as filhas da Terra.
O Homem não teceu a teia da vida,
ele é dela apenas um fio.
O que ele fizer para a teia
estará fazendo a si mesmo."
*******Por: Ted Perry (inspirado pelo Chefe Seattle)
*
"A vitalidade e acessibilidade das idéias de Fritjof Capra o tornaram um dos mais eloqüentes porta-vozes das mais recentes descobertas que estão emergindo nas fronteiras do pensamento científico, social e filosófico. Em seus bestsellers internacionais, O Tao da Física e O Ponto de Mutação, Capra justapôs a física e o misticismo para definir uma nova linguagem científica que descreve os inter-relacionamentos e as interdependências entre fenômenos psicológicos, biológicos, físicos, sociais e culturais - a 'teia da vida'. Nos últimos 25 anos, os cientistas têm desafiado as visões convencionais da evolução e organização de sistemas vivos e desenvolvido novas teorias com implicações filosóficas e sociais revolucionárias. Fritjof Capra tem estado na vanguarda dessa revolução. Em A Teia da Vida, Capra propicia uma síntese brilhante de descobertas científicas recentes como a teoria da complexidade, a teoria de Gaia, a teoria do caos e outras explicações das propriedades de organismos, sistemas sociais e ecossistemas. As descobertas surpreendentes de Capra confrontam os paradigmas mecanicistas e darwinistas aceitos e proporcionam uma extraordinária nova base para políticas ecológicas que nos permitam construir e sustentar comunidades sem colocar em risco as oportunidades para futuras gerações. Baseado em dez anos de pesquisas e discussões com cientistas de vanguarda em todo o mundo, A Teia da Vida apresenta novas e estimulantes perspectivas sobre a natureza da vida e abre caminho para a autêntica interdisciplinaridade."

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

BATESON E O PROCESSO COMUNICATIVO - I resumo

ARTIGO: GREGORY BATESON E O PROCESSO COMUNICATIVO (2008)
DE: Lígia Campos de Cerqueira Lana (blog)
REVISTA: Em Questão (UFRGS), Porto Alegre (RS), v. 14, n. 2, p. 235-245, jul./dez. 2008

"RESUMO
Em busca de proposições para a definição do conceito de comunicação, este artigo apresenta a revisão de dois trabalhos de Gregory Bateson: Communication, the social matrix of psychiatry, de 1965, em co-autoria com Jurgen Ruesch, e Communication, de 1971, capítulo de abertura da obra coletiva The natural history of an interview. Conforme Yves Winkin, o trabalho de Bateson situa-se no modelo orquestral da Comunicação, que postula a circularidade [espiral?] da comunicação e a complexidade dos processos comunicativos. Gregory Bateson, com sua formação interdisciplinar, traz contribuições importantes para a compreensão do caráter interativo da comunicação, bem como para a definição de seu estatuto enquanto disciplina fundamental para a compreensão da vida social.

PALAVRAS-CHAVE
Gregory Bateson. Processo comunicativo. Interação."

(clique AQUI para continuar a ler este artigo)
* OBSERVAÇÃO - As presentes marcações (links, itálico, negrito, sublinhado, de cor etc.) foram operadas pela transcrição neste blog e não se encontram no texto original.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EDGAR MORIN, EDUCAÇÃO E COMPLEXIDADE - I capa e contracapa

LIVRO: EDGAR MORIN, A EDUCAÇÃO E A COMPLEXIDADE DO SER E DO SABER (1995)
DE: Izabel Petraglia
ED: Vozes (Brasil, Petrópolis: 2008, 126 págs., 10a. edição revista e ampliada)
Capa: Marcos Mattos

CONTRACAPA
"Durante toda sua vida, Morin foi animado e inspirado pela necessidade de romper com a idéia de um saber parcelado, acreditando na incompletude de todo e qualquer conhecimento. Por isso, fala das incertezas da ciência e da importância em distinguirmos os diferentes aspectos do nosso pensamento, mas jamais isolando-os, separando-os entre si. Este é o cerne do pensamento complexo: distinguir, mas não separar."

EDGAR MORIN, EDUCAÇÃO E COMPLEXIDADE - II orelhas

LIVRO: EDGAR MORIN, A EDUCAÇÃO E A COMPLEXIDADE DO SER E DO SABER (1995)
DE: Izabel Petraglia
ED: Vozes (Brasil, Petrópolis: 2008, 126 págs., 10a. edição revista e ampliada)
Capa: Marcos Mattos

ORELHAS
"Conhecer Edgar Morin é indispensável para todos os que trabalham com a educação.
O livro destaca aspectos importantes de seu vasto trabalho, como questões da vida e da ciência; a complexidade do real e a construção do conhecimento multidimensional; noção de sujeito e sua auto-organização reflexiva num contexto de crise mundial, que se coloca como desafio para o milênio.
Assim, se impõe a necessidade de unir e não mais isolar ou separar, em todas as áreas da ciência, e é esta a principal tarefa da educação: promover a conjugação do ser e do saber para a reintegração planetária.”

EDGAR MORIN, EDUCAÇÃO E COMPLEXIDADE - III sumário

LIVRO: EDGAR MORIN, A EDUCAÇÃO E A COMPLEXIDADE DO SER E DO SABER (1995)
DE: Izabel Petraglia
ED: Vozes (Brasil, Petrópolis: 2008, 126 págs., 10a. edição revista e ampliada)
Capa: Marcos Mattos

SUMÁRIO

Apresentação à 10a. edição
INTRODUÇÃO
"Apostar? Não sabemos se já se jogou tudo ou se nada foi jogado. Nada é certo, o melhor, mas inclusive o pior.
É dentro da noite e do nevoeiro que precisamos jogar."
MORIN, E. Para sair do século XX, p. 361.
I. TRAJETÓRIA DE UM PENSADOR: VIDA E OBRA
"Siempre he deseado 'actuar en el sentido de la historia',
pero también siempre para humanizar la historia."
MORIN, E. Autocrítica, p. 33.
II. O SER E O SABER: DESTAQUES DO PENSAMENTO DE EDGAR MORIN
"As verdades exigentes não precisam de vitórias
e resistem por resistir."
MORIN, E. Para sair do século XX, p. 360.
2.1 Ciência e vida
"[...] A ciência é, e continua a ser, uma aventura. A verdade não está unicamente na capitalização das verdades adquiridas, na verificação das teorias conhecidas. Está no caráter aberto da aventura que permite, melhor dizendo, que hoje exige a contestação das suas próprias estruturas de pensamento. Bronovski dizia que o conceito da ciência não é nem absoluto nem eterno. Talvez estejamos num momento crítico em que
o próprio conceito de ciência está a modificar-se."
2.2 Complexidade do real na construção do conhecimento multidimensional
"É a viagem em busca de um modo de pensamento capaz de respeitar a multidimensionalidade, a riqueza, o mistério do real; e de saber que as determinações – cerebral, cultural, social, histórica – que se impõem a todo o pensamento co-determinam sempre o objecto de conhecimento. É isto que eu designo por pensamento complexo."
MORIN, E. O método II: a vida da vida, p. 14.
2.3 Ordem – Desordem – Organização
"A ordem que se rasga e se transforma, a omniprensença da desordem, o aparecimento da organização, suscitam exigências fundamentais: toda a teoria deve trazer agora a marca da desordem e da desintegração, toda a teoria deve relativizar a desordem, toda a teoria deve nuclear o conceito de organização."
MORIN, E. O método I: a natureza da natureza, p. 79.
2.4 Noção de sujeito, autonomia, auto-eco-organização
"Mas é preciso compreender que há algo mais do que a singularidade
ou que a diferença de indivíduo para indivíduo
é o facto que cada indivíduo é um sujeito."
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo, p. 78.
2.5 Crise planetária
"O desenvolvimento tem dois aspectos. Por um lado, é um mito global em que as sociedades industriais atingem o bem-estar, reduzem as suas desigualdades extremas e proporcionam aos indivíduos o máximo de felicidade que uma sociedade pode dispensar. Por outro lado, é uma concepção redutora, em que o crescimento econômico é o motor necessário e suficiente de todos os desenvolvimentos sociais, psíquicos e morais. Esta concepção técnico-econômica ignora os problemas humanos da identidade e da cultura. Assim, a noção de desenvolvimento continua gravemente subdesenvolvida. A noção de subdesenvolvimento é um produto pobre e abstracto da noção pobre e abstracta de desenvolvimento."
MORIN, E. & KERN, A.B. Terra pátria, p. 64.
III. ESCOLA x EDUCAÇÃO
"Mas o que é importante é que os princípios transdisciplinares fundamentais da ciência, a matematização, a formalização são precisamente os que permitiram desenvolver o enclausuramento disciplinar. Por outras palavras, a unidade foi sempre hiperabstracta, hiperformalizada, e só pode fazer comunicar as diferentes dimensões do real abolindo estas dimensões [...]."
IV. EDGAR MORIN EM CARNE E OSSO
O todo tem suas qualidades próprias
O todo está também em cada parte
Distinguir e associar e não disjuntar e reduzir
Enriquecer-se pelo sistema, sem ser reduzido ao sistema
Quem educará os educadores?
Os professores a serviço de uma reforma de pensamento
C.P. Como os educadores podem se formar nesta tentativa?
Apoiar-se sobre as ciências de um novo tipo: ecologia, ciências da Terra e cosmologia
Aquilo que chega ao fim deve retornar ao início
C.P. Como fazer para contribuir para que os caminhos se façam?
As instituições bloqueiam os espíritos que desejam se transformar
Mas as idéias começam a movimentar-se
V. CONTINUANDO A REFLEXÃO
"Por conseguinte, é verdade que uma tal revolução parece lógica e praticamente impossível. Não há nenhum lado bom por onde começar; é preciso começar por todos os lados ao mesmo tempo... Mas toda grande criação, na área da vida, parece-nos logicamente impossível antes e às vezes até depois do seu aparecimento."
MORIN, E. Para sair do século XX, p. 343.
BIBLIOGRAFIA
I. Bibliografia do autor
II. Bibliografia sobre o autor e seu pensamento
III. Indicações de leituras afins