quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DA CIÊNCIA DE BUNGE - I capa e contracapa

LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon

CONTRACAPA

"A Editora Perspectiva já possui no seu catálogo, na coleção Debates, dois livros de Mario Bunge, Teoria e Realidade, em que o autor defende a necessidade de uma filosofia da ciência tão sutil e imaginativa como a própria ciência, e Física e Filosofia em que discute as questões mais delicadas e controvertidas da física contemporânea.
No presente volume,
Dicionário de Filosofia, da coleção Big Bang, esse renomado físico teórico, filósofo da ciência e, atualmente, professor de lógica e metafísica da McGill University em Montreal, Canadá, reúne um conjunto de verbetes que, embora esteja longe de esgotar, nem seja esta a sua pretensão, o universo das preocupações dos filósofos, registra uma escolha específica e às vezes inusitada de temas e conceitos. Trata-se de um repertório singular, do qual emerge, como projeção possível, uma tentativa de 'reconstrução' da filosofia, que tem como bandeira o melhor e mais avançado conhecimento factual e, como armas, as ferramentas forjadas pela lógica e pelas matemáticas.
Num apelo naturalista à substância e à forma, as entradas referem-se, dentre outros tópicos, por exemplo, a problemas ontológicos acerca da natureza do espaço e do tempo como aspectos reais do mundo. Na mesma ordem de preocupações, e sempre sob o ângulo de seu materialismo científico, o epistemólogo Mario Bunge. ao considerar as descobertas da neurociência cognitiva, da neurologia e da neurolinguística, não poupa sua crítica ao caráter metafísico, idealista, religioso ou mágico de qualquer 'saber', pensamento e ideário filosófico que não veja os processos mentais como cerebrais e a linguagem como subproduto ou no máximo como parceiro da cognição. Essas concepções, no entanto, não o desvinculam de interesses éticos sempre validados pelo paradigma social da existência humana e pela valorização do papel da vida, da amizade, da lealdade etc, nas relações entre os homens. Tais são alguns dos aspectos e traços que definem e marcam as noções que lhe são correlatas e que foram incluídas pelo dicionarista no seu rol.

Tendo, pois, a sua disposição todo um acervo de conceituações definidoras, análises críticas e discussões a partir de posições claramente assumidas, este Dicionário de Filosofia será de grande proveito para o leitor interessado na ciência da natureza, na epistemologia, na lógica e na filosofia, permitindo-lhe um acesso claro e, ao mesmo tempo profundo ao universo de conhecimento aí focalizado através de uma leitura a um só tempo agradável e instigante."
(por Gita K. Guinsburg)

O DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DA CIÊNCIA DE BUNGE - II orelhas

LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon

ORELHAS

Por LEÔNIDAS HEGENBERG, O Estado de São Paulo, 1978:
"Mario Bunge é um dos escritores mais profícuos da atualidade. Além de atuar como editor, organizando antologias e preparando livros, em que são reunidas contribuições para simpósios, escreve com grande assiduidade e pronuncia, frequentemente, palestras de largo alcance.
"[...] Bunge defende uma posição que se vem tornando comum, a saber, a de que o progresso científico não se mede pela simples acumulação de dados, porém pela quantidade de novas teorias que são formuladas. A ciência, no entender do autor, não é experiência, mas teoria acoplada à experimentação planejada – isto é, conduzida e interpretada à luz de teorias gerais.
"[...] Isto posto, levantam-se [...] várias questões de interesse: que são as teorias, como agem, como se formulam? Que são os modelos? Quais são as relações que vigem entre os modelos, as teorias e a realidade?
"[...] [Como resposta,] os ensaios de Bunge reunidos em
Teoria e Realidade [e cabe acrescentar Física e Filosofia, ambos publicados pela editora Perspectiva] nos dão uma síntese dessa concepção de ciência – familiarizando o leitor com uma das correntes atuantes no setor da interpretação filosófica da atividade científica"

MARIO BUNGE em entrevista concedida a Silvia Quevedo para a Folha de São Paulo, 1991:
SILVIA
: "O filósofo com saber universal é uma espécie em extinção?
BUNGE: "É um dinossauro – sou o último dinossauro vivo, mas acho isso um erro, porque o filósofo deve se interessar por tudo.
SILVIA: "[...] Como está atualmente a Filosofia da Ciência no mundo?
BUNGE: "Muito mal, pobre. Tem sido invadida por gente que não acredita na possibilidade de achar a verdade. São autores influenciados por filosofias obscurantistas. Para eles não importam os teste, nem se as teorias são realmente validadas. São construtivistas. Para eles, não há fatos, só construções sociais. Eles dizem que a realidade se constrói e confundem as coisas com os símbolos das coisas. Essa é uma velha idéia filosófica, que vem da Antiguidade."

O DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DA CIÊNCIA DO MARIO BUNGE - III autor

LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon

AUTOR: MARIO BUNGE"...nasceu em Buenos Aires. Realizou estudos no Brasil, na Universidade de São Paulo [USP], sob a orientação de David Bohm. Em 1952 obteve o grau de PhD em Ciências Físico-Matemáticas. Foi professor de Fìsica Teórica até 1966 na Universidade de Buenos Aires, onde lecionou também Filosofia, de 1957 até 1963. Atualmente é Professor de Lógica e Metafísica na McGill University de Montreal desde 1966.
Foi professor-visitante de Física e Filosofia em numerosas e prestigiosas instituições científicas e acadêmicas internacionais, tendo recebido, por sua contribuição intelectual diferentes graus e honrarias. É membro de Institutos Internacionais de Filosofia e Ciências, como a Associação Americana para o Progresso da Ciência e a Sociedade Real do Canadá.
Publicou cerca de 400 artigos e comunicações em Física Teórica, Matemática Aplicada, Fundamentos da Física, da Sociologia, da Psicologia, Filosofia da Ciência e da Tecnologia, de Ética, Teoria do Valor, entre outros temas, além de 80 livros que incluem também algumas traduções."

* IMAGEM encontrada no site do jornal espanhol El País, ilustrando uma interessante entrevista concedida por este filósofo e físico sistêmico intitulada "Las frases de Heidegger son las proprias de un esquizofrénico" (04/04/2008)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ESTE BLOG, OS LIVROS E A RELAÇÃO DE SENTIDO

A motivação/interesse em ler/consultar um livro advém, é claro, da relação de sentido que o leitor/consumidor consegue estabelecer diretamente com o texto, e/ou indiretamente através do seu contexto.
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No primeiro parágrafo da introdução ao livro PENSAMENTO SISTÊMICO – O NOVO PARADIGMA DA CIÊNCIA, a autora nos diz belamente:

"Quando me vem às mãos um livro novo, cujo tema me desperta o interesse, algumas coisas costumam acontecer: depois de ver, pelo sumário, como o autor se propôs a abordar o tema, passo diretamente à seção de referências bibliográficas. Fico sempre curiosa: com que outros autores ele tem dialogado? E costumo procurar também mais algumas informações sobre o autor, nas orelhas, na capa, na apresentação, no prefácio. Acho que isso me ajuda a elaborar pelo menos uma contextualização inicial do texto, o que considero essencial para minha leitura.
Assim como sinto necessidade de ter uma contextualização para o que leio, também tenho me preocupado em contextualizar para o ouvinte/leitor o meu trabalho."

(Maria José Esteves de Vasconcellos, 2002/2003:11)

Se à necessidade de contextualização dos livros por parte dos leitores deve corresponder igual preocupação em apresentar esta contextualização por parte dos seus autores e autoras, nesta preocupação também estão incluídos os editores, livreiros, bibliotecários, professores, divulgadores etc.
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E, no que diz respeito ao tema 'pensamento sistêmico, semiótico e complexo', esta é a preocupação deste blog: motivar o interesse pela leitura/consulta de livros importantes para a sua explicitação/reflexão através da apresentação de seus contextos, tais como capa, contracapa, orelhas, sobre os autores, sumário (com as legendas de figuras, quadros, lâminas etc.), glossário (conceitos, reflexões do blog), índice remissivo, referências bibliográficas, prefácio, excertos, links para as editoras, para o google books etc.
Boa consulta!
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