quinta-feira, 24 de junho de 2021

A “virada espacial” e a semiótica: Uma proposta alternativa ao pensamento binário

Autores
Juliana Rocha Franco
Data de publicação
2016/6/7
Publicações
LÍBERO
Edição
36
Páginas
65-76
Descrição
O artigo busca uma alternativa epistemológica aos binários que têm caracterizado a compreensão do espaço, em especial a dicotomia espaço/lugar. Apresentaremos como a Semiótica de Charles Peirce e sua articulação com a teoria do Umwelt de Jacob Von Uexküll, se configuram como ferramentas úteis para se escapar das armadilhas nem sempre evidentes que conduzem o pensamento em termos de relações de oposição. Finalizaremos com a proposta de se pensar o espaço como semiose.

sábado, 6 de janeiro de 2018

ÉVOLON - O que é?

(autor: Christina Garcia, 06.01.2018)

ÉVOLON - Unidade de medida das mudanças qualitativas ou de estado estacionário nos processos evolutivos ao longo do tempo, por vezes irreversíveis ou não, é a definição que propomos aqui.
Considera-se toda estabilidade como dinâmica em si, com flutuações quantitativas, eventuais crises e consequente auto-organização na interação com o ambiente; presente em toda a realidade conhecida, damos aqui como exemplo o processo homeostático de auto-ajuste permanente do qual dependem para sobreviver absolutamente todos os seres vivos, incluindo nós mesmos. Por outro lado, ultrapassagens quantitativas do limite crítico podem resultar em deslocamento do parâmetro de auto-ajuste para outro patamar qualitativo – esta é uma mudança de estado estacionário, ou simplesmente: évolon.
O termo ‘évolon’ foi apresentado em artigo de 1981 intitulado Structure-BuildingPhenomena in Systems with Power-Product Forces, de autoria dos cientistas: Werner Mende, do Instituto de Geografia e Geoecologia; e Manfred Peschel, do Departamento Científico de Matemática e Cibernética; ambos da Academy of Sciences of the GDR, Alemanha. Eles não quiseram apenas dar a designação de évolon para cada passo elementar na evolução da complexidade de um sistema, mas também mostrar a complexidade dentro de cada évolon, que possui 7 fases evolutivas: rompimento, latência, expansão, transição, maturação, clímax e instabilidade.
É Jorge de Albuquerque Vieira, em seu livro Teoria do Conhecimento e Arte, vol. I (2006), quem nos traz Mende e Peschel, aplicando a ideia de évolon à de crise-criadora, indispensável para a evolução do conhecimento na ciência e nas artes; afinal: “paradigmas também são sistemas em evolução”.
Apesar de não utiliza-lo diretamente, podemos dizer que o conceito do évolon está em interessante convergência com uma série de pensadores: Heráclito, Hegel, Marx, Engels, Peirce; além de Capra, do Tao e o princípio Yin/Yang.

quarta-feira, 2 de março de 2016

ATOR/CLOWN E O PAPEL CRIADOR DA INTERATIVIDADE/CRISE EM SISTEMAS COMPLEXOS - II sumário

ORIENTADOR: Jorge de Albuquerque Vieira

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

1. O CLOWN E A MULTIPLICIDADE
1.1 O Clown e as fronteiras - construindo relações
1.2 A lógica de pensamento do clown - a lógica da incerteza e da interatividade/crise
1.3 Que clown é esse
1.4 Estado clownesco ou estado comunicativo/criativo

2. DESCOBRINDO O CLOWN - ENTRE RELAÇÕES E CRISES
2.1 O subsistema clown
2.2 As partes se relacionam
2.3 Clown - a máscara que quebra as máscaras
2.4 O psicossocial, a crise e o desnudamento do clown

3. O CLOWN E A CRISE
3.1 O évolon
3.2 O olhar através da crise

CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A CONQUISTA SOCIAL DA TERRA - I capa e contracapa

DE: Edward O. Wilson
ED: Companhia das Letras /Editora Schwarcz (Brasil, São Paulo: 2013, 392 págs.)
Título original: The Social Conquest of Earth
Tradução do inglês: Ivo Korytovski
Capa: Mariana Newlands
Foto de capa: Paul Gauguin
Revisão técnica: Maria Guimarães
Preparação: Silvia Rebello
Índice remissivo: Luciano Marchiori
Revisão: Thaís Totino Richter e Renata Lopes Del Nero
Palavras-chave: biologia, filosofia, evolução evolução biológica, evolução social, evolução humana, condição humana, ciências da vida

ORELHAS
"De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?"
As perguntas fundamentais, destacadas no famoso quadro de Paul Gauguin reproduzido na capa deste livro, são o ponto de partida deste grande ensaio. Em busca das respostas, o autor se concentra na complexa vida social desenvolvida por insetos sociais como formigas, abelhas e cupins, e por pouquíssimos mamíferos - entre eles os seres humanos. Em comum, esses organismos têm um pré-requisito essencial à formação de sociedades avançadas: a necessidade de se fixar em um ninho e defendê-lo de inimigos.
No caso humano esses ninhos são acampamentos, aldeias, cidades. O que nos permitiu chegar a uma organização ainda mais complexa é um corpo avantajado com um cérebro grande e desenvolvido, características que possibilitam ao homem pré-histórico dominar o fogo e se embrenhar por caminhos tecnológicos.
Neste livro, a grande preocupação do pai da sociobiologia é elucidar os mecanismos evolutivos por trás do surgimento das gigantescas sociedades de formigas e da cultura de nossa espécie. Está aí, para ele, o cerne da natureza humana.
Edward O. Wilson é um mestre em elaborar grandes sínteses de ideias. Foi o que fez quando publicou Sociobiology, em 1975, e é o que volta a fazer agora [quase 40 anos depois], quando reúne ciências biológicas e humanas para rever o papel desempenhado pela seleção de parentesco na área de pesquisa que ele mesmo desenvolveu. Para entender como a seleção natural sobre o desempenho de grupos pode influenciar a evolução social de uma espécie - seja para discordar do autor ou seguir os rumos por ele propostos -, este livro é leitura essencial. E quem sabe esteja na origem de uma linha de pensamento em ascensão.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

BEYOND MECHANISM (Além do Mecanismo, por Henning e Scarfe)

livro: BEYOND MECHANISM - PUTTING LIFE BACK INTO BIOLOGY (Além do Mecanismo, Recolocando a Vida dentro da Biologia)
de: Brian Henning e Adam Scarfe
indicado por: Jesper Hoffmeyer

It has been said that new discoveries and developments in the human, social, and natural sciences hang “in the air” (Bowler, 1983; 2008) prior to their consummation. While neo-Darwinist biology has been powerfully served by its mechanistic metaphysic and a reductionist methodology in which living organisms are considered machines, many of the chapters in this volume place this paradigm into question. Pairing scientists and philosophers together, this volume explores what might be termed “the New Frontiers” of biology, namely contemporary areas of research that appear to call an updating, a supplementation, or a relaxation of some of the main tenets of the Modern Synthesis. Such areas of investigation include: Emergence Theory, Systems Biology, Biosemiotics, Homeostasis, Symbiogenesis, Niche Construction, the Theory of Organic Selection (also known as “the Baldwin Effect”), Self-Organization and Teleodynamics, as well as Epigenetics. Most of the chapters in this book offer critical reflections on the neo-Darwinist outlook and work to promote a novel synthesis that is open to a greater degree of inclusivity as well as to a more holistic orientation in the biological sciences.

Foi dito que as novas descobertas e desenvolvimentos das ciências humanas, sociais e naturais pendurar "no ar" (Bowler, 1983, 2008) antes de sua consumação. Enquanto a biologia neodarwinista foi poderosamente servida por sua metafísica mecanicista e reducionista de uma metodologia em que os organismos vivos são considerados máquinas, muitos dos capítulos neste lugar volume de este paradigma em questão. Emparelhamento cientistas e filósofos juntos, este volume explora o que poderia ser chamado de "The New Frontiers" da biologia, ou seja, áreas contemporâneas de pesquisa que aparecem para chamar uma atualização, uma suplementação, ou um relaxamento de alguns dos principais princípios da Síntese Moderna. Tais áreas de investigação incluem: Teoria da Emergência, Biologia de Sistemas, biossemiótica, homeostase, Simbiogênese, Nicho de Construção, a teoria da seleção orgânica (também conhecido como "O efeito Baldwin"), auto-organização e Teleodynamics, bem como epigenética. A maioria dos capítulos deste livro oferecem reflexões críticas sobre a perspectiva neo-darwinista e trabalhar para promover uma nova síntese que está aberta a um maior grau de inclusão, bem como para uma orientação mais holística nas ciências biológicas.

Ver também... Blog Immanent Transcendence, Website do Jesper Hoffmeyer e Link Academia.edu.

domingo, 7 de abril de 2013

NIKLAS LUHMANN e A SOCIEDADE COMO SISTEMA - I capa e sumário

LIVRO: NIKLAS LUHMANN: A SOCIEDADE COMO SISTEMA (2012)
DE: Leo Peixoto Rodrigues e Fabrício Monteiro Neves
ED: EDIPUCRS - Editora Universitária da PUCRS (Brasil, Porto Alegre: 2012, 132 págs., Coleção Sul)
Adaptação e finalização: Giovani Domingos
Revisão de texto: Patrícia Aragão
Editoração eletrônica: Camila Provenzi
Impressão e acabamento: Gráfica Epecê
Palavras-chave: sociologia - teoria, sociólogos alemães, teoria sistêmica

CONTRACAPA
"Este livro de Fabrício Monteiro Neves e Leo Peixoto Rodrigues que tenho a honra de apresentar, veio a preencher uma lacuna nas Ciências Sociais brasileiras.
Como pesquisadores atentos e profundos conhecedores do pensamento de Luhmann, ao longo do texto, os autores vão desvelando sua construção teórica, através dos conceitos: sistema, autopoiésis, sentido, comunicação, sistema social, evolução. Nesse sentido, mostram que Luhmann construiu uma teoria dinâmica, capaz de estabelecer distinções, servir como instrumento de observação, reduzir a complexidade, possuir um alto nível de abstração, ser reflexiva e autorreferente.
De modo didático, vão discorrendo sobre os diferentes conceitos, num primeiro momento, de difícil acesso para quem não foi introduzido na leitura de Luhmann  Aos poucos vão desvendando definições, relações, ângulos, sínteses do projeto teórico de Luhmann...
A leitura deste livro com certeza possibilitará a descoberta de toda a riqueza do pensamento de Niklas Luhmann e suas controvertidas e complexas posições teórico-sociológicas. Certamente vale a leitura!"
Por Clarissa Eckert Baeta Neves.



NIKLAS LUHMANN e A SOCIEDADE COMO SISTEMA - II sumário

LIVRO: NIKLAS LUHMANN: A SOCIEDADE COMO SISTEMA (2012)
DE: Leo Peixoto Rodrigues e Fabrício Monteiro Neves
ED: EDIPUCRS - Editora Universitária da PUCRS (Brasil, Porto Alegre: 2012, 132 págs., Coleção Sul)
Adaptação e finalização: Giovani Domingos
Revisão de texto: Patrícia Aragão
Editoração eletrônica: Camila Provenzi
Impressão e acabamento: Gráfica Epecê
Palavras-chave: sociologia - teoria, sociólogos alemães, teoria sistêmica

SUMÁRIO
Prefácio

1 SISTEMA
1.1 A noção de sistema
1.2 Fechamento operacional

2 AUTOPOIÉSIS
2.1 Autorreferência/autopoiésis
2.2 Sistema/entorno
2.3 Observação de segunda ordem

3 SENTIDO
3.1 O sentido como meio dos sistemas sociais
3.2 Complexidade e sentido
3.3 Sentido nos distintos sistemas sociais

4 COMUNICAÇÃO
4.1 Comunicação, ação, intersubjetividade
4.2 A comunicação sem seres humanos
4.3 O conceito de comunicação
4.4 Comunicação, interação e organização
4.5 A improbabilidade da comunicação
4.6 Meios de comunicação simbolicamente generalizados

5 SISTEMA SOCIAL
5.1 Talcott Parsons e a teoria dos sistemas sociais
5.2 Os sistemas sociais autorreferenciais

6 EVOLUÇÃO
6.1 Função e diferença
6.2 Acoplamento estrutural e interpenetração

7 TÓPICOS EPISTEMOLÓGICOS: LUHMANN VERSUS TRADIÇÃO
7.1 O positivismo funcionalista de Durkheim
7.2 O método compreensivo de Weber
7.3 Alienação e emancipação em Marx
7.4 O estruturalismo e as estruturas (ausentes)
7.5 A crítica luhmanniana
7.5 Nem sujeito nem objeto
7.6 Ser e não ser: a ontologia do ser

Referências
Índice analítico

domingo, 1 de julho de 2012

filme ÁGORA (Hypatia, Espanha 2009)

Filme: ÁGORA (Hypatia, Espanha 2009)
Direção: Alejandro Amenábar
Roteiro: Alejandro Amenábar e Mateo Gil
Atores: Rachel Weisz, Max Minghella e Oscar Isaac

Drama histórico, situado no Egito Greco-Romano do início da nossa era cristã, que biografa a vida da renomada filósofa, astrônoma e matemática HIPÁTIA DE ALEXANDRIA (360-415 d.C.). Hipátia era professora na escola da Biblioteca de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo criada por Ptolomeu I, e em cuja ÁGORA se reuniam os principais cientistas, poetas, artistas e sábios da cidade.

Por defender a liberdade de pensamento e o conhecimento científico, próprios da ÁGORA antiga, HIPÁTIA atrai as manobras ambiciosas e ardilosas de Cirilo, líder da crescente e intolerante onda religiosa: além de promover o fim da maravilhosa biblioteca, ele torna Hipátia impopular perante a multidão de cristãos, que a arrasta para dentro de uma igreja e a faz brutalmente assassinada por apedrejamento em Março de 415.

Historicamente, o catolicismo foi o responsável pelo fechamento dos templos, que depois disso transformaram-se em monastérios ou igrejas. As imagens dos velhos deuses e faraós, consideradas demoníacas, foram destruídas. Os papiros, mantidos nas bibliotecas dos templos, tornaram-se combustível para a intolerância e foram queimados.

* IMAGEM encontrada em... http://windmillsbyfy.wordpress.com/2010/02/22/uma-sacola-verde/

domingo, 24 de junho de 2012

O MÉTODO ANTICARTESIANO DA SEMIÓTICA PEIRCEANA - I capa e contracapa

DE: Lucia Santaella
ED: UNESP e FAPESP (Brasil, São Paulo: 2004, 278 págs.)
Coordenação geral: Sidnei Simonelli
Produção gráfica: Anderson Nobara
Assistente editorial: Nelson Luís Barbosa
Preparação de original: Carlos Villarruel
Revisão: Ana Paula Castellani e Fábio Gonçalves
Editoração eletrônica: Lourdes Guacira da Silva
Diagramação: Edmilson Gonçalves
Palavras-chave: Semiótica peirceana, Método cartesiano

CONTRACAPA
Após se destacar com trabalhos em química, física, matemática e astronomia, Charles Sanders Peirce voltou-se para o estudo da filosofia e da lógica. Fundador do pragmatismo, é o introdutor das pesquisas em semiótica e construiu a primeira lógica de relações, desenvolvendo conceitos e ideias que permaneceram atuais e basilares.
O grande ensinamento deste livro, que relaciona o pensamento de Peirce ao de Descartes, é a demonstração, pelo primeiro, de que a investigação científica é sempre gratificante, pois é a maneira que o intelectual tem de conversar com a Natureza em suas diversas escalas, a microscópica, a inorgânica, a biológica, a humana e a macroscópica.

O MÉTODO ANTICARTESIANO DA SEMIÓTICA PEIRCEANA - II orelha

DE: Lucia Santaella
ED: UNESP e FAPESP (Brasil, São Paulo: 2004, 278 págs.)
Coordenação geral: Sidnei Simonelli
Produção gráfica: Anderson Nobara
Assistente editorial: Nelson Luís Barbosa
Preparação de original: Carlos Villarruel
Revisão: Ana Paula Castellani e Fábio Gonçalves
Editoração eletrônica: Lourdes Guacira da Silva
Diagramação: Edmilson Gonçalves
Palavras-chave: Semiótica peirceanaMétodo cartesiano

ORELHA
filósofo e matemático norte-americano Charles Sanders Peirce (1839-1914), ao longo de sua carreira, enfatizou, com seu pragmatismo a necessidade de promover a clareza linguística e conceitual nos debates filosóficos e científicos, sendo um dos pioneiros no estudo da semiologia e da semiótica.
A presente obra teve seu ponto de partida numa tese de livre-docência defendida pela autora na ECA-USP. As ideias, no entanto, foram se aprofundando na busca de compreender melhor a relação entre o pensamento do estudioso norte-americano e o do filósofo francês René Descartes (1956-1650).
Santaella, uma das maiores especialistas no país sobre as teorias de Peirce, oferece neste livro a oportunidade de refletir como ele tomou Descartes por seu primeiro interlocutor, apontando as deficiências do pensamento cartesiano com a convicção de que os novos tempos demandavam um raciocínio que transcendesse o legado do intelectual francês.
Para Peirce  o mundo externo ao pesquisador e o conhecimento individual estão em evolução contínua. O impacto da experiência, nesse sentido, é essencial, pois esta permite que a ciência corrija o seu caminho, tendo como norte, na maioria dos casos, leis gerais que, em hipótese alguma, eliminam variações acidentais. Isso garante, felizmente, que nunca haverá respostas definitivas para as mais variadas perguntas.

O MÉTODO ANTICARTESIANO DA SEMIÓTICA PEIRCEANA - III sumário

DE: Lucia Santaella
ED: UNESP e FAPESP (Brasil, São Paulo: 2004, 278 págs.)
Coordenação geral: Sidnei Simonelli
Produção gráfica: Anderson Nobara
Assistente editorial: Nelson Luís Barbosa
Preparação de original: Carlos Villarruel
Revisão: Ana Paula Castellani e Fábio Gonçalves
Editoração eletrônica: Lourdes Guacira da Silva
Diagramação: Edmilson Gonçalves
Palavras-chave: Semiótica peirceanaMétodo cartesiano

SUMÁRIO
Palavras iniciais
Introdução

1 Um método anticartesiano
A desconstrução do cartesianismo
Bases para um novo método
Dúvida e crença sob outra luz

2 O instinto da razão
A evolução dos conceitos
O flash da adivinhação
Abdução e intuição
A revisão das origens

3 A descoberta e a investigação
Do plausível ao provável
Os estágios da investigação

4 A teoria dos métodos
Nos interiores da lógica
A vida dos signos
Um método para descobrir métodos

5 A verdade viva
As insuficiências da lógica
A onipresença da hábito
A verdade do processo

Palavras finais
Referências bibliográficas

sábado, 23 de junho de 2012

A CIÊNCIA DO CAOS por James Gleick - I capa e orelhas

LIVRO: CAOS, A CRIAÇÃO DE UMA NOVA CIÊNCIA (1987)
DE: James Gleick
ED: Campus (Brasil, Rio de Janeiro: 1989, 310 págs., 12a. edição)
Título original: Chaos - Making a New Science
Tradução do inglês: Waltensir Dutra
Revisão Técnica: Hélio Fernando Verona de Resende
Capa: Otávio Studart
Copidesque: Paula Rosas
Editoração eletrônica: JP Composição e Artes Gráficas Ltda
Revisão gráfica: Maria do Rosário e Kátia Regina
Projeto Gráfico: Editora Campus
Palavras-chave: caos, ciência, sistema, complexidade, natureza, universo

ORELHAS
Na última década, físicos, biólogos, astrônomos e economistas criaram um novo enfoque da complexidade na Natureza. Essa nova ciência, denominada 'caos', permite que se veja ordem e padrão onde antes só se tinha observado a aleatoriedade, a irregularidade, a imprevisibilidade - em suma, o caótico. Nas palavras de Douglas Hofstadter, "ocorre que um tipo fantástico de caos pode estar escondido bem atrás de uma fachada de ordem - e ainda assim, nas profundezas do caos está oculto um tipo de ordem ainda mais fantástico".

A ciência do caos tem ligações com disciplinas científicas tradicionais, unindo tipos não-correlatos de descontrole e irregularidade: da turbulência do tempo até os ritmos complicados do coração humano, do desenho dos flocos de neve até os redemoinhos das areias do deserto varridas pelos ventos. Apesar de sumamente matemático em sua origem, o caos é uma ciência do mundo cotidiano, formulando indagações que todas as crianças já se fizeram: sobre a forma das nuvens, sobre as causas da ascensão da fumaça, sobre a maneira pela qual a água forma vértices numa correnteza.

Em CAOS, James Gleick nos conta a história notável de uma ideia - uma ideia que atemorizou e fascinou ao mesmo tempo os cientistas que começaram a explorá-la. Gleick descreve as surpreendentes e inesperadas descobertas desses cientistas: Edward Lorenz e o Efeito da Borboleta, que subjaz à impossibilidade de previsão do tempo e à inconstância deste; o cálculo de Mitchell Feigenbaum, estimulado pelas suas meditações sobre a Natureza e a arte sobre uma constante universal; o conceito dos fractais de Benoit Mandelbrot, que criou uma nova geometria da Natureza.

CAOS é uma história de descoberta científica. Conta, nas palavras dos próprios participantes, seus conflitos e frustrações, suas emoções e seus momentos de revelação. É um registro de uma revolução, o nascimento de uma nova ciência. Depois de ler CAOS, jamais poderemos voltar a ver o mundo da mesma maneira.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A SEMIOSE SEGUNDO PEIRCE - I capa e contracapa

DE: João Queiroz
ED: EDUC/PUC-SP e FAPESP (Brasil, São Paulo: 2004, 207 págs)
Direção: Maria Eliza Mazzilli Pereira e Denize Rosana Rubano
Produção editorial: Magali Oliveira Fernandes
Preparação e revisão: Tereza Maira Lourenço Pereira
Editoração eletrônica: Waldir Antonio Alves
Capa: Phillip Rodolfi
Realização: Waldir Antonio Alves
Palavras-chave: Charles Sanders Peirce, semiótica, signo, cognição

CONTRACAPA
"João Queiroz oferece um tratado sobre os signos e seus tipos, suas inter-relações, suas modelizações e sua acessibilidade à pesquisa empírica com uma sofisticação que dificilmente vamos encontrar em qualquer língua, de qualquer tradição acadêmica. Ele desenvolve uma lógica hetereogênea seguindo as notações e o pensamento de C. S. Peirce, com um toque profundo de originalidade como ninguém. E, como se isto não fosse suficiente, tudo fica demarcado dentro de uma meditação sobre uma neurobiologia da semiose e a base da comunicação entre primatas não-humanas. Eu, de fato, estou maravilhado com a abordagem rigorosamente argumentada deste volume. Deve ser leitura indispensável para o pesquisador da filosofia de Peirce, do pragmatismo, das ciências cognitivas e da semiótica em seu sentido mais amplo."

Por FLOYD MERRELL (Purdue University)

A SEMIOSE SEGUNDO PEIRCE - II orelhas

DE: João Queiroz
ED: EDUC/PUC-SP e FAPESP (Brasil, São Paulo: 2004, 207 págs)
Direção: Maria Eliza Mazzilli Pereira e Denize Rosana Rubano
Produção editorial: Magali Oliveira Fernandes
Preparação e revisão: Tereza Maira Lourenço Pereira
Editoração eletrônica: Waldir Antonio Alves
Capa: Phillip Rodolfi
Realização: Waldir Antonio Alves
Palavras-chave: Charles Sanders Peirce, semiótica, signo, cognição

ORELHAS
"Este livro de João Queiroz é, sobretudo, um livro necessário. Dependendo da identidade do leitor, poderá ainda ser didático ou herético, e para outros será apenas lógico. Nem mesmo para os diletos colaboradores de João haverá leitura sem surpresas, pois o caminho percorrido é tão único quanto o próprio autor.
Tomados em conjunto, os capítulos deste livro percorrem a distância que vai do pergaminho à ideia nova, desmistificando e atualizando Peirce com vistas a uma grande síntese neurossemiótica. Evidentemente as direções aqui apontadas estão ainda por serem exploradas, e é nisso mesmo que reside sua força: mais do que prover respostas, este trabalho abre portas para novas perguntas."

Por SIDARTA RIBEIRO (Duke University)

A SEMIOSE SEGUNDO PEIRCE - III sumário

DE: João Queiroz
ED: EDUC/PUC-SP e FAPESP (Brasil, São Paulo: 2004, 207 págs)
Direção: Maria Eliza Mazzilli Pereira e Denize Rosana Rubano
Produção editorial: Magali Oliveira Fernandes
Preparação e revisão: Tereza Maira Lourenço Pereira
Editoração eletrônica: Waldir Antonio Alves
Capa: Phillip Rodolfi
Realização: Waldir Antonio Alves
Palavras-chave: Charles Sanders Peirce, semiótica, signo, cognição

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
Cognição e representação
Fundações da Semiótica de C. S. Peirce
***Semiótica de C. S. Peirce
***Gramática especulativa e classificações sígnicas

1. CATEGORIAS CENOPITAGÓRICAS
Teoria das categorias
Categorias cenopitagóricas
***Introdução a uma abordagefm baseada na lógica das relações e em diagramas
***Introdução à faneroscopia
Conclusão

2. SIGNO E SEMIOSE
Quais os fatores mínimos envolvidos na constituição do signo?
Modelos da semiose
***Modelos: coerções empíricas e teóricas
***Diversos modelos de semiose
Conclusão e discussão

3. CLASSIFICAÇÃO SÍGNICAS
Classificações e classes de signos: definição
Divisão das classificações sígnicas
Classificações sígnicas: alguns problemas e cronologia
***Primeiras classificações
***De "Sobre uma nova lista das categorias" a "Sobre a álgebra da lógica"
***Novas subdivisões tricotômicas
Conclusão

4. DEZ CLASSES DE SIGNOS
Mente como semiose e inferência lógica
Relações entre as dez classes: modelo do argumento lógico
Modelos gráficos das relações hierárquicas
"Naturalização" da semiose
Uma metodologia aplicada às dez classes de signos:
***Introdução a sign design
***Sign design: considerações preliminares
***Sanders I
***Diagramas triangulares
Discussão

5. SUBSTRATOS NEUROBIOLÓGICOS DA SEMIOSE
Pressupostos e consequências metodológicas
Vocalizações como alarmes de predadores
***Relações triádicas entre macacos-verdes
***Classificação dos alarmes conforme a primeira divisão tricotômica
Revisão dos principais argumentos e novos complicadores analíticos
***Proto-símbolos? Símbolos rudimentares?
***Algumas distinções sobre as vocalizações - legissignos e sinsignos, signos genuínos e degenerados
***Para que servem ícones, índices, símbolos?
Mais consequências e novos desenvolvimentos

6. CONCLUSÃO E FUTUROS DESENVOLVIMENTOS
Signo e cognição
Representações e seus modelos
Semiótica formal de Peirce
***Resultados e desenvolvimentos
Comentário final

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia

APÊNDICE: CRONOLOGIA RESUMIDA DA VIDA E OBRA DE C. S. PEIRCE

domingo, 6 de maio de 2012

filme PONTO DE MUTAÇÃO (MindWalk, EUA 1990)

"A Versátil apresenta o aguardado PONTO DE MUTAÇÃO, adaptação cinematográfica do físico Fritjof Capra, um dos maiores pensadores da atualidade, para a sua aclamada obra, na qual reflete sobre a sociedade contemporânea a partir de um paradigma holístico de ciência e de espírito.

Na belíssima cidade medieval de Saint Michel, na França, uma física [cientista] afastada do trabalho devido a conflitos éticos (Liv Ullmann, de Sonata de Outuono); um candidato à presidência dos EUA derrotado nas eleições (Sam Waterston, de Gritos do Silêncio) e um poeta que acabou de viver uma decepção amorosa (John Heard, da série Prison Break) se encontram e conversam sobre ecologia, guerra, políticas e filosofias alternativas para o século XXI.

Com ótima trilha sonora de Philip Glass, PONTO DE MUTAÇÃO é um filme inteligente que nos faz ver a realidade de outro modo."

TEXTO da contracapa do DVD
IMAGEM encontrada em... http://www.physics.georgetown.edu/~jkf/quant_mech/mindwalk.html
VER TAMBÉM...
http://www.imdb.com/title/tt0100151/
http://en.wikipedia.org/wiki/Mindwalk
http://50anosdefilmes.com.br/2006/ponto-de-mutacao-mindwalk/

sábado, 29 de outubro de 2011

INYOLOGIA por TOMIO KIKUCHI - I capa e índice

LIVRO: INYOLOGIA - GUIA DO PRINCÍPIO ÚNICO (1979)
DE: Tomio Kikuchi
ED: Musso (Brasil, São Paulo: 1982, 90 págs., 3a. edição)
Palavras-chave: DialéticaMacrobiótica, Tao, Universo, Vida, Yin Yang

ÍNDICE
Apresentação do Professor Georges Ohsawa
Prefácio da 1a. edição
Prefácio da 2a. edição
Introdução ao estudo da Inyologia
A igualdade da desigualdade
A Inyologia e o I-Ching
A Inyologia e a relatividade
O mundo humano e o mundo infinitesimal
A ordem do Universo
Os 12 teoremas do Princípio Único
Chave para o reino dos céus
Características inyológicas, distinção e exemplos
As funções antagonistas do sistema nervoso
Classificação morfológica
A velocidade do som e Yin e Yang
Fenômenos produzidos pelas forças centrípeta e centrífuga
Gênese e evolução da Vida
Determinação do sexo humano
Definição da definição
Os 7 aspectos da classificação de Yin e Yang
Concepção - constituição do Universo
A formação dos átomos
Classificação espectroscópica em espiral dos elementos
Dualismo monístico e monismo dualístico
Classificação física de Yin (negativo) e de Yang (positivo)
Classificação relativa entre os sabores, órgãos e cores
Vida e expressão
Concentração para a auto-realização
Expansão gradativa da expressão
O ponto focal do encontro de Yin e Yang
Esquema da expansão gradativa da expressão
Conclusão
Fenômenos farmacológicos e fisiológicos

INYOLOGIA por TOMIO KIKUCHI - II autor

LIVRO: INYOLOGIA - GUIA DO PRINCÍPIO ÚNICO (1979)
DE: Tomio Kikuchi
ED: Musso (Brasil, São Paulo: 1982, 90 págs., 3a. edição)
Palavras-chave: DialéticaMacrobiótica, Tao, Universo, Vida, Yin Yang

AUTOR
TOMIO KIKUCHI nasceu no Japão, na província de Tochigui, em fevereiro de 1926, onde viveu sua infância e adolescência, no sítio de seu pais. Terminada a II Grande Guerra Mundial, da qual participou em plena juventude, foi para Tókio. Em meio ao ambiente infernal provocado pela derrota japonesa, procurou loucamente em livros e autores, das mais diversas áreas, algo que lhe desse sentido à vida.
Foi quando encontrou o Dr. Radhabinod Pal, presidente da Universidade de Calcutá e da Associação de Direito Internacional, que o impressionou profundamente através das conferências que proferia, em Tókio, para o reerguimento moral da juventude japonesa. Motivado por este encontro, o professor Tomio Kikuchi ingressou na Universidade de Tókio onde diplomou-se em Direito Internacional, Pedagogia e Biologia. A partir de então, passou a trabalhar ativamente como líder, em meio ao povo, para o reerguimento do moral japonês quando, então, conheceu Georges Ohsawa, sistematizador da Macrobiótica, de quem foi discípulo de 1948 a 1953 estudando e praticando a Filosofia, Ciência e Educação Oriental como membro do Instituto Princípio Único, instituição esta que tinha por finalidade a preparação de líderes. Além disso, foi diretor da Escola "Maison Ignoramus" e responsável pelo departamento editorial, no centro de atividades de Georges Ohsawa, no Japão.
Desde 1956, quando chegou ao Brasil, trabalha intensivamente na divulgação teórica e prática do Princípio Único, proferindo conferências, cursos, tanto aqui como na Argentina, Uruguai e Chile. Através de sua experiência, desde o Japão, dedica-se ao tratamento de doentes, notadamente de casos ditos incuráveis pela medicina convencional, orientando-os de forma a promover uma auto-educação consciente da "Ordem da Vida". Como fundador da Escola Musso e Presidente do Instituto Princípio Único do Brasil, vem intensificando cada vez mais o trabalho de conscientização das pessoas, da necessidade em desenvolvemrem seu auto-conhecimento.

sábado, 24 de setembro de 2011

DARWIN EM 90 MINUTOS - I capa e contracapa

LIVRO: "DARWIN E A EVOLUÇÃO EM 90 MINUTOS" (1998)
DE: Paul Strathern
ED: Jorge Zahar (Brasil, Rio de Janeiro: 2001; 94 págs., Coleção 90 minutos)
Título original: Darwin and Evolution
Tradução do inglês: Maria Helena Geordane
Revisão técnica: Geraldo Renato de Paula
Projeto gráfico: Ana Paula Tavares
Ilustração: Lula
Palavras-chave: Biologia, História da Teoria da Evolução, Naturalistas da Inglaterra

CONTRACAPA
A teoria da evolução [das espécies] de Charles Darwin, hoje amplamente aceita, foi uma revolução na época em que foi lançada. Ao colocar a humanidade como apenas mais um degrau [évolon] no processo evolutivo de sobrevivência e seleção natural [das espécies], esse novo conceito desafiava a certeza histórica [mito] de que a humanidade era não só o centro do mundo, mas superior a tudo o mais nele existente - obrigando-nos a repensar [com mais humildade] nossa posição [no enredamento filogênico] e expandir nossos horizontes [a respeito da extraordinária história da vida em nosso fascinante planeta Terra].

90 minutos é uma coleção que, através de textos divertidos e informativos, é capaz de saciar a curiosidade de leitores de todas as idades. Os volumes da série Cientistas em 90 minutos trazem rico material - introdução, posfácio, citações e cronologias - que complementa um panorama da vida e obra de cada cientista, explicando suas geniais descobertas.

domingo, 28 de agosto de 2011

O ERRO DE DESCARTES segundo DAMÁSIO - I capa e contracapa

LIVRO: "O ERRO DE DESCARTES - EMOÇÃO, RAZÃO E O CÉREBRO HUMANO" (1994)
DE: António R. Damásio
ED: Companhia das Letras (Brasil, São Paulo: 1996, 330 págs., 2a. edição)
Título original: Descartes' error - Emotion, reason and the human brain
Tradução do português de Portugal: Dora Vicente e Georgina Segurado
Revisão da edição portuguesa: Antônio Branco
Capa: Ettore Bottini
Preparação: Pedro Maia Soares e Cecília Ramos
Revisão: Carmen S. da Costa e Ana Maria Barbosa
Palavras-chave: biologia, cérebro, emoção, fisiologia, mente, neuropsicologia, psicologia, razão

CONTRACAPA
Para pensar bem e tomar decisões corretas é preciso manter a cabeça fria e afastar todos os sentimentos e emoções. Certo? Errado. Neste livro surpreendente e polêmico, António Damásio, que dirige um dos principais centros de estudos neurológicos dos Estados Unidos, mostra como, na verdade, a ausência de emoção e sentimento pode destruir a racionalidade. Utilizando-se das mais recentes descobertas da neurobiologia, Damásio desafia os dualismos tradicionais do pensamento ocidental - mente e corpo, razão e sentimento, explicações biológicas e explicações culturais - para oferecer uma visão científica e integrada do ser humano e sugerir hipóteses inovadoras sobre o funcionamento do cérebro humano.

"Refinado observador de distúrbios psicológicos e neurológicos, António Damásio é também um pensador profundo que escreve com notável elegância. Em O Erro de Descartes todos os seus talentos estão a serviço de uma fascinante exploração da biologia da razão e de sua dependência inseparável da emoção." - por Oliver Sacks

O ERRO DE DESCARTES segundo DAMÁSIO - II orelhas

LIVRO: "O ERRO DE DESCARTES - EMOÇÃO, RAZÃO E O CÉREBRO HUMANO" (1994)
DE: António R. Damásio
ED: Companhia das Letras (Brasil, São Paulo: 1996, 330 págs., 2a. edição)
Título original: Descartes' error - Emotion, reason and the human brain
Tradução do português de Portugal: Dora Vicente e Georgina Segurado
Revisão da edição portuguesa: Antônio Branco
Capa: Ettore Bottini
Preparação: Pedro Maia Soares e Cecília Ramos
Revisão: Carmen S. da Costa e Ana Maria Barbosa
Palavras-chave: biologia, cérebro, emoção, fisiologia, mente, neuropsicologia, psicologia, razão

ORELHAS
Penso, logo existo. Esta afirmação, talvez a mais famosa da história da filosofia, ilustra exatamente o oposto do que o autor deste livro propõe e desenvolve em suas páginas. A frase de Descartes sugere que pensar e ter consciência de pensar definem o ser humano. E como sabemos que o filósofo francês concebia o ato de pensar como uma atividade separada do corpo, sua definição estabelece um abismo entre mente e corpo. Para contestar Descartes - e todas as consequências dualistas de sua afirmação - António Damásio não recorre a filigranas escolásticas ou sutilezas metafísicas, mas ao seu conhecimento de pacientes neurológicos afetados por danos cerebrais.
Escrito com clareza e graça, O Erro de Descartes é uma viagem fascinante ao interior de nosso cérebro que começa na metade do século XIX com a história de Phineas Gage, o capataz da construção civil que sofreu, segundo um jornal da época, um "acidente maravilhoso": seu cérebro foi trespassado por uma barra de ferro de um metro de comprimento e três centímetros de diâmetro e ele não morreu. Mas as posteriores mudanças de comportamento e suas consequências desastrosas para a vida prática de Gage e de outros pacientes que sofreram danos semelhantes abrem as portas para a investigação de um campo quase inexplorado pela ciência: as relações entre razão e sentimento, emoções e comportamento social. Na visão inovadora de Damásio, sentimentos e emoções são uma percepção direta de nossos estados corporais e constituem um elo essencial entre o corpo e a consciência. Em suma, uma pessoa incapaz de sentir pode até ter o conhecimento racional de alguma coisa, mas será incapaz de tomar decisões com base nessa racionalidade.
Ao tirar o espírito de seu pedestal e colocá-lo dentro de um organismo que possui cérebro e corpo totalmente integrados, o autor sublinha a complexidade, a finitude e a singularidade que caracterizam o ser humano [e, por extensão bioevolutiva, todos os seres que possuem cérebro]. Reconhecer a origem humilde e a vulnerabilidade do espírito e, ao mesmo tempo, continuar a recorrer à sua orientação é tarefa difícil, mas indispensável. O ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anticartesiano: existo (e sinto), logo penso.

O ERRO DE DESCARTES segundo DAMÁSIO - III índice

LIVRO: "O ERRO DE DESCARTES - EMOÇÃO, RAZÃO E O CÉREBRO HUMANO" (1994)
DE: António R. Damásio
ED: Companhia das Letras (Brasil, São Paulo: 1996, 330 págs., 2a. edição)
Título original: Descartes' error - Emotion, reason and the human brain
Tradução do português de Portugal: Dora Vicente e Georgina Segurado
Revisão da edição portuguesa: Antônio Branco
Capa: Ettore Bottini
Preparação: Pedro Maia Soares e Cecília Ramos
Revisão: Carmen S. da Costa e Ana Maria Barbosa
Palavras-chave: biologia, cérebro, emoção, fisiologia, mente, neuropsicologia, psicologia, razão

ÍNDICE
Retorno ao erro de Descartes
Introdução

PARTE 1
1. CONSTERNAÇÃO EM VERMONT
Phineas P. Gage // Gage deixou de ser Gage // Por que Phineas Gage? // Um aparte sobre frenologia // Um caso paradigmático "a posteriori"
2. A REVELAÇÃO DO CÉREBRO DE GAGE
O problema // Um aparte sobre a anatomia do sistema nervoso // A solução
3. UM PHINEAS GAGE MODERNO
Uma mente nova // Resposta ao desafio // Raciocinar e decidir
4. A SANGUE-FRIO
Evidência a partir de outros casos de lesões pré-frontais // Evidência a partir de lesões em regiões não frontais // Uma reflexão sobre anatomia e função // Uma nascente // Evidência a partir de estudos em animais // Um aparte sobre explicações neuroquímicas // Conclusão

PARTE 2
5. ELABORANDO UMA EXPLICAÇÃO
Uma aliança misteriosa [entre o conjunto de sistemas cerebrais lesados e o conjunto de processos neuropsicológicos estranhos] // Sobre organismos, corpos e cérebros // Estados de organismos // O corpo e o cérebro interagem: o organismo interior // Sobre o comportamento e sobre a mente // O organismo e o ambiente interagem: abarcando o mundo exterior // Um aparte sobre a arquitetura de sistemas nervosos // Uma mente integrada resultante de uma atividade fragmentada // Imagens do agora, imagens do passado e imagens do futuro // Formação de imagens perceptivas [semiose ou emergência semiótica?] // Armazenar imagens e formar imagens por evocação // O conhecimento é incorporado em representações dispositivas // Em larga medida, o pensamento é feito de imagens // Algumas palavras sobre o desenvolvimento neural
6. REGULAÇÃO BIOLÓGICA E SOBREVIVÊNCIA
Disposições para a sobrevivência // Mais acerca da regulação básica // Tristão, Isolda e o filtro do amor // Para além dos impulsos e dos instintos
7. EMOÇÕES E SENTIMENTOS
Emoções // A especificidade do mecanismo neural subjacente às emoções // Sentimentos // Enganando o cérebro // Variedades de sentimentos // O corpo como teatro das emoções // Mentalizar o corpo e cuidar dele // O processo de sentir
8. A HIPÓTESE DO MARCADOR-SOMÁTICO
Raciocinar e decidir [e o que é... valor?] // Raciocinar e decidir num espaço pessoal e social // A racionalidade em ação // A hipótese do marcador-somático // Um aparte sobre o altruísmo // Marcadores-somáticos: de onde vêm? // Uma rede neural para os marcadores-somáticos // Marcadores-somáticos: teatro no corpo ou teatro no cérebro? // Marcadores-somáticos manifestos e ocultos // Rosa madressilva! // Intuição // Raciocinar fora dos domínios pessoal e social // Com a ajuda da emoção, para melhor e para pior // Ao lado e para lá dos marcadores-somáticos // Predisposições e a criação de ordem [ordem não é o mesmo que organização]

PARTE 3
9. TESTANDO A HIPÓTESE DO MARCADOR SOMÁTICO
Saber mas não sentir // Assunção de riscos: as experiências do jogo // Miopia para o futuro // Prever o futuro: correlatos fisiológicos
10. O CÉREBRO DE UM CORPO COM MENTE
Nenhum corpo, nenhuma mente // O corpo como referência de base // O eu neural
11. UMA PAIXÃO PELA RAZÃO
O erro de Descartes

POSFÁCIO
O coração humano em conflito // A neurobiologia moderna e a ideia de medicina // Uma nota sobre os limites atuais da neurobiologia // Alavancagem para a sobrevivência

NOTAS E REFÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA SELECIONADA
AGRADECIMENTOS
ÍNDICE REMISSIVO

O ERRO DE DESCARTES segundo DAMÁSIO - IV autor

LIVRO: "O ERRO DE DESCARTES - EMOÇÃO, RAZÃO E O CÉREBRO HUMANO" (1994)
DE: António R. Damásio
ED: Companhia das Letras (Brasil, São Paulo: 1996, 330 págs., 2a. edição)
Título original: Descartes' error - Emotion, reason and the human brain
Tradução do português de Portugal: Dora Vicente e Georgina Segurado
Revisão da edição portuguesa: Antônio Branco
Capa: Ettore Bottini
Preparação: Pedro Maia Soares e Cecília Ramos
Revisão: Carmen S. da Costa e Ana Maria Barbosa
Palavras-chave: biologia, cérebro, emoção, fisiologia, mente, neuropsicologia, psicologia, razão

AUTOR
António Damásio nasceu em Portugal em 1944. É diretor do Brain and Creativity Institute na University of Southern California, em Los Angeles, professor adjunto do Salk Institute for Biological Studies, em La Jolla, Califórnia, membro da National Academy of Sciences e da American Academy of Arts and Sciences. Recebeu numerosos prêmios, entre eles, Prêmio Beaumont, Prêmio Golden Brain e Prêmio Pessoa. Pela Companhia das Letras publicou O mistério da consciência e Em busca de Espinosa.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O QUE É A VIDA por ERWIN SCHRÖDINGER - I capa e orelhas

LIVRO: "O QUE É VIDA? - O ASPECTO FÍSICO DA CÉLULA VIVA" (1943)
seguido de "MENTE E MATÉRIA" (1956)
e "FRAGMENTOS AUTOBIOGRÁFICOS" (1960)
DE: Erwin Schrödinger
ED: Fundação Editora da UNESP (Brasil, São Paulo: 1997, 194 págs.) e Cambridge University Press
Título original: What is life? with Mind and Matter and Autobiographical Sketches
Tradução do inglês: Jesus de Paula Assis e Vera Yukie Kuwajima de Paula Assis
Capa: Lucio Kume
Palavras-chave: biologia, filosofia, biologia molecular, mente e matéria

ORELHAS
A presente obra é de autoria do eminente físico Erwin Schrödinger (Prêmio Nobel, 1933) e consiste de um já clássico ensaio sobre a "origem da vida", seguido de um não menos importante estudo sobre "a mente e a matéria" e complementado por "fragmentos autobiográficos". Tendo se tornado uma das maiores autoridades no campo da Teoria Quântica e possuidor daquela ótima cultura em humanidades (filosofia, ciências, história) propiciada pelas universidades europeias (no caso, a de Viena), Schrödinger não tardou em se dar conta de quão importante seria a tentativa de interpretar e conjecturar a vida em termos dos conhecimentos da química e da física, com ênfase nos aspectos quânticos e termodinâmicos dessas duas disciplinas. Com sua privilegiada inteligência, não lhe foi difícil absorver os resultados da pesquisa biológica de ponta, sobre estudos nas áreas de genética, biofísica e neurociências, com que fundamenta muito da sua argumentação. Assim, uma das suas preocupações foi a questão da redutibilidade dos fenômenos biológicos a fatos físico-químicos, e, embora físico, ele não se excede e reconhece que a vida é demasiadamente complexa, tornando ainda precária essa redutibilidade. Como os biólogos (mas também psicólogos e antropólogos) eram importantes destinatários da obra, Schrödinger procurou minimizar a linguagem físico-matemática empregada. Destaquem-se, no primeiro livro, o enfoque dado à ordem e à entropia ante o fenômeno da vida e uma abordagem da polêmica determinismo X livre arbítrio; no segundo, são tratados temas como a base física de consciência, a unicidade da mente; e, no terceiro, o autor se entrega a reminiscências, num relato por vezes tocante. Embora escrita há mais de três décadas, de modo algum a obra pode ser considerada datada, tal a perenidade dos assuntos tratados e o valor dos conceitos emitidos.
Por Erasmo G. Mendes.

COLABORAÇÃO: ALEXANDRE

O QUE É A VIDA por ERWIN SCHRÖDINGER - II sumário

LIVRO: "O QUE É VIDA? - O ASPECTO FÍSICO DA CÉLULA VIVA" (1943)
seguido de "MENTE E MATÉRIA" (1956)
e "FRAGMENTOS AUTOBIOGRÁFICOS" (1960)
DE: Erwin Schrödinger
ED: Fundação Editora da UNESP (Brasil, São Paulo: 1997, 194 págs.) e Cambridge University Press
Título original: What is life? with Mind and Matter and Autobiographical Sketches
Tradução do inglês: Jesus de Paula Assis e Vera Yukie Kuwajima de Paula Assis
Capa: Lucio Kume
Palavras-chave: biologia, filosofia, biologia molecular, mente e matéria

SUMÁRIO

O QUE É VIDA?
O aspecto físico da célula viva
Introdução
Prefácio

1. O ENFOQUE DADO AO ASSUNTO PELO FÍSICO CLÁSSICO
O caráter geral e o propósito da investigação // Física estatística // A diferença fundamental em estrutura // O enfoque dado ao assunto pelo físico ingênuo // Por que os átomos são tão pequenos? // O funcionamento de um organismo exige leis físicas exatas // Leis físicas se apóiam em estatística atômica e, portanto, são apenas aproximadas // Sua precisão encontra-se baseada em um grande número de átomos intervenientes // Primeiro exemplo (paramagnetismo) // Segundo exemplo (movimento browniano, difusão) // Terceiro exemplo (limites de precisão medida) // A regra da Vn

2. O MECANISMO HEREDITÁRIO
A expectativa do físico clássico, longe de ser trivial, é errada // O código hereditário (cromossos) // Crescimento do corpo por divisão celular (mitose) // Na mitose, todo cromossomo é duplicado // Divisão redutiva (meiose) e fertilização (singamia) // Indivíduos haplóides // A grande relevância da divisão redutiva // Crossing over // Localização das características hereditárias // Tamanho máximo de um gene // Números pequenos // Permanência

3. MUTAÇÕES
Mutações por 'saltos' - a base da seleção natural // Eles se cruzam perfeitamente, isto é, são perfeitamente herdados // Localização // Recessividade e dominância // Introduzindo alguns termos técnicos // O efeito danoso do intercruzamento // Observações gerais históricas // A necessidade de a mutação ser um evento raro // Mutações induzidas por raios X // Primeira lei // A mutação é um evento singular // Segunda lei // Localização do evento

4. A EVIDÊNCIA DA MECÂNICA QUÂNTICA
A permanência é inexplicável pela física quântica // É explicável pela teoria quântica // A teoria quântica - estados descontínuos - saltos quânticos // Moléculas // Sua estabilidade depende da temperatura // Interlúdio matemático // Primeira correção // Segunda correção

5. ANÁLISE E EXPERIMENTAÇÃO DO MODELO DO MODELO DE DELBRÜCK DISCUTIDO E TESTADO
O conceito geral de substância hereditária // O caráter único do conceito // Alguns equívocos tradicionais // Diferentes 'estados' da matéria // A distinção que realmente importa // O sólido aperiódico // A variedade de informação condensada no código-miniatura // Comparação com os fatos: grau de estabilidade; descontinuidade das mutações // Estabilidade dos genes naturalmente selecionados // A estabilidade algumas vezes inferior dos mutantes // A temperatura influencia menos os genes instáveis que os estáveis // Como os raio X produzem mutação // Sua eficiência não depende de mutabilidadee espontânea // Mutações reversíveis

6. ORDEM, DESORDEM E ENTROPIA
Uma notável conclusão geral a partir do modelo // Ordem baseada em ordem // A matéria viva se esquiva do decaimento para o equilíbrio // Ela se alimenta de 'entropia negativa' // O que é entropia? // O significado estatístico da entropia // Organização mantida pela extração de 'ordem' a partir do ambiente

7. A VIDA SE BASEIA NAS LEIS DA FÍSICA?
Novas leis a serem previstas no organismo // Revisando a situação biológica // Sumariando a situação física // O supreendente contraste // Duas maneiras de produzir ordem // O novo princípio não é estranho à física // O movimento de um relógio // Mecanismos são, afinal de contas, estatísticos // Teorema de Nerst // O relógio de pêndulo encontra-se virtualmente à temperatura zeo // A relação entre mecanismo e organismo

EPÍLOGO - SOBRE O DETERMINISMO E O LIVRE ARBÍTRIO

MENTE E MATÉRIA
AS CONFERÊNCIAS DE TARNER

1. A BASE FÍSICA DA CONSCIÊNCIA
O problema // Uma tentativa de resposta // Ética

2. O FUTURO DA COMPREENSÃO
Um beco sem saída biológico? // A aparente melancolia do darwinismo // O comportamento influencia a seleção // Lamarckismo dissimulado // Fixação genética de hábitos e habilidades // Perigos para a evolução intelectual

3. O PRINCÍPIO DA OBJETIVAÇÃO

4. O PARADOXO ARITMÉTICO: A UNICIDADE DA MENTE

5. CIÊNCIA E RELIGIÃO

6. O MISTÉRIO DAS QUALIDADES SENSORIAIS

FRAGMENTOS AUTOBIOGRÁFICOS