sexta-feira, 10 de abril de 2009

O QUE É A VIDA por LYNN MARGULIS - I capa, contracapa e orelhas

LIVRO: "O QUE É VIDA?" (1998)
DE: Lynn Margulis e Dorion Sagan
ED: Jorge Zahar (Brasil, Rio de Janeiro: 2002, 292 pág.)
Título original: What is Life?
Tradução do inglês: Vera Ribeiro
Revisão técnica e apresentação: Francisco M. Salzano, professor titular do Departamento de Genética, Instituto de Biociências, UFRGS
Capa, projeto gráfico e diagramação: Studio Creamcrackers
*
CONTRACAPA e ORELHAS

O que é vida? – é uma das perguntas mais antigas da humanidade, celebremente reformulada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961, Prêmio Nobel de Física 1933) há cinquenta anos. Ao retornar a ela – para explorá-la científica e filosoficamente, atualizá-la com base nos últimos avanços da ciência e, principalmente, respondê-la – o livro O que é vida? mergulha no coração da matéria viva e examina questões como:

  • a condição da Terra como um superorganismo;
  • a conexão biológica entre morte programada e sexo;
  • a evolução simbiótica dos cinco reinos orgânicos (bactérias, protoctistas, animais, fungos e plantas);
  • a base solar da economia global de troca de calor;
  • a hipótese de que a vida tem liberdade de ação, tendo desempenhado papel importante e inesperado em nossa evolução.
Para dar conta de tão vasto tema, os autores Lynn Margulis e Dorion Sagan sondam o próprio coração da matéria viva, mostrando que a vida é uma 'obra aberta', um complexo e lento processo de mutação e evolução iniciado há mais de quatro bilhões de anos.
Ilustrações espetaculares – que mostram desde os menores organismos conhecidos (a bactéria Micoplasma) ao maior (a própria Biosfera) – complementam esse instigante balanço sobre a natureza da vida. O volume traz ainda um utilíssimo glossário sobre o assunto.

"Esse esplêndido livro mostra o quão mais rica a vida é do que supõe a mera biologia reducionista. Lynn Margulis e Dorion Sagan trilham fielmente os passos de Erwin Schrödinger e são seus verdadeiros sucessores."
James E. Lovelock - ambientalista britânico, autor de As eras de Gaia.

"Em O que é vida?, Margulis e Sagan sugerem novas respostas à brilhante pergunta de Schrödinger através de uma nova e rigorosa explicação dos níveis emergentes da organização biológica... Sua estrutura conceitual tem tudo para influenciar futuras introduções à biologia."
Edward O. Wilson - biólogo norte-americano, autor de Biodiversidade.

O QUE É A VIDA por LYNN MARGULIS - II sumário, figuras e tabelas

Figura 7. COMPARAÇÃO ILUSTRADA ENTRE CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS. No alto, um procarioto (uma bactéria); na parte inferior, um eucarioto (célula nucleada). Todas as células vivas da Terra: ou são procariotos, ou são eucariotos. Os reinos não bacterianos - Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia - compõem-se, todos eles, de organismos cujas células são eucarióticas. Os eucariotos evoluíram simbioticamente a partir de bactérias metabolizadoras, invasoras, infecciosas e coabitantes. [Desenho didático por Christie Lyons]
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LIVRO: "O QUE É VIDA?" (1998)
DE: Lynn Margulis e Dorion Sagan
ED: Jorge Zahar (Brasil, Rio de Janeiro: 2002, 292 pág.)
Título original: What is Life?
Tradução do inglês: Vera Ribeiro
Revisão técnica e apresentação: Francisco M. Salzano, professor titular do Departamento de Genética, Instituto de Biociências, UFRGS
Capa, projeto gráfico e diagramação: Studio Creamcrackers
SUMÁRIO, FIGURAS e TABELAS
CAPÍTULO 1
VIDA: O ETERNO ENIGMA
No espírito de Schrödinger
***Figura 1. ERWIN SCHRÖDINGER. Um físico cuja ênfase na natureza físico-química da vida contribuiu para inspirar a descoberta do DNA e a revolução da biologia molecular.
O corpo da vida
Animismo versus mecanicismo
Jano entre os centauros
A jóia azul
Existe vida em Marte?
A vida como verbo
Auto-sustentação
O Planeta autopoético
***Figura 2. COMPARAÇÃO ATMOSFÉRICA DA TERRA COM SEUS DOIS VIZINHOS PLANETÁRIOS - VÊNUS E MARTE. Observe-se a concentração relativamente elevada do explosivo gás oxigênio e a concentração baixíssima (por enquanto) de dióxido de carbono na Terra. Essa anomalia atmosférica resulta da atividade incessante de organismos que trocam gases. A fisiologia diminuta da célula, no correr do tempo geológico, amplia-se na fisiologia global da Biosfera.A matéria da vida
***Figura 3. FLUTUAÇÕES SAZONAIS DE DIÓXIDO DE CARBONO NO HEMISFÉRIO NORTE. Os picos da linha em ziguezague representam o aumento do dióxido de carbono atmosférico durante os verões; a tendência global ascendente indica os níveis crescentes de CO2 que são ao menos parcialmente devidos à atividade humana. Essa flutuação sazonal e anual do dióxido de carbono na atmosfera terrestre atesta a "respiração" em escala global. Através do efeito estufa, o aumento total do dióxido de carbono pode elevar as temperaturas planetárias a níveis inóspitos para os seres humanos - uma "febre" geofisiológica.
***Figura 4. CRISTAL DE ÁCIDO OXÁLICO EXTRAÍDO DO SACO RENAL DE UMA ASCÍDIA, órgão tido como um rim sem ductos. O Nephromyces, um protoctista provavelmente associado a bactérias simbióticas, aparentemente forma esses cristais a partir do ácido úrico e do oxalato de cálcio do animal. Hoje em dia, sabe-se que mais de 50 desses minerais são produzidos nas células vivas.
***Tabela I. MINERAIS PRODUZIDOS PELA VIDA. Ao contrário do senso geral, os minerais e os animais não pertencem a reinos separados. Muitos minerais são produzidos na e pela vida, às vezes sob a forma de cristais. Um dos minerais mais comuns, o carbonato de cálcio, é formado por animais marinhos vivos, como as conchas. Outro composto, o fosfato de cálcio, é precipitado pelas células de nossos ossos. Como mostra esta tabela, todos os cinco reinos de organismos (bactérias, protoctistas, fungos, plantas e animais) têm membros que produzem minerais. Esta lista representa apenas uma amostra dos mais de 50 minerais que hoje sabemos serem produzidos por células vivas.A mente na Natureza

CAPÍTULO 2
ALMAS PERDIDASMorte: a grande fonte de perplexidade
O sopro da vida
A licença cartesiana
Entrando no reino proibido
Meneios cósmicos
O significado da evolução
A Biosfera de Vernadsky
A Gaia de Lovelock
***Figura 5. EMILIANA HUXLEYI, UM COCOLITOFORÍDEO. Filo: Haptomonada. Reino: Protista. Esse cocolitoforídeo, alga que precipita cálcio, é recoberto de escamas semelhantes a botões. Esses protistas, cada um dos quais tem apenas 20 milionésimos de metro de diâmetro, produzem o sulfeto de dimetila, um gás de importância global implicado na formação de nuvens sobre os oceanos.

CAPÍTULO 3
ERA UMA VEZ UM PLANETAOs primórdios
Inferno na Terra
Linhas temporais da História da Terra
***Tabela II. LINHA TEMPORAL CENTRADA NO HOMEM, OU DE ESCALA DISTORCIDA.
Geração espontânea
***Tabela III. LINHA TEMPORAL EM ESCALA VERDADEIRA. Éon Hadeano: 4 milhões e 600 mil anos atrás, origem do sistema Terra-Lua e de outros planetas do Sistema Solar. Éon Arqueano: 4 milhões de anos atrás, início da formação da crosta terrestre e começo presumível da atividade tectônica; 3 milhões e 900 mil anos atrás, origens da vida sob a forma de células bacterianas, aparecimento do primeiro reino (Bactéria ou Monera). Éon Proterozóico: 2 milhões e 500 mil anos atrás, começam os processos geologicamente modernos, tais como o gás oxigênio (O2) começa a se acumular sazonalmente, formações de ferro estriado visíveis e abundantes, lagos ou oceanos imensos, e plataformas de carbonato indicando estruturas biogênicas semelhantes a recifes sendo construídas por comunidades bacterianas em ambientes marinhos; 1 milhão e 700 mil anos atrás, aparecimento do segundo reino (Protoctista); 600 mil anos atrás, aparecimento do terceiro reino (Animalia). Éon Fanerozóico, Era Paleozóica ou Era dos animais marinhos: 541 mil anos atrás, prevalência de trilobitas e outros animais de carapaça dura, com aparecimento do quarto reino (Plantae) e do quinto reino (Funghi). Era Mesozóica ou Era dos répteis: 245 mil anos atrás, períodos triássico, jurássico e cretáceo. Era Cenozóica ou Era dos mamíferos: 65 mil anos atrás. Era atual: começou há 4 mil anos atrás, com o aparecimento dos seres humanos.A origem da vida
"Avançando aos tropeços"
Janelas metabólicas
As supermoléculas de RNA
Primeiro as células

CAPÍTULO 4
MESTRES DA BIOSFERAO medo de um planeta bacteriano
A vida é bactéria
Os metabolicamente superdotados
As negociadoras de genes
***Figura 6. TROCA GENÉTICA POR TRÊS VIAS ENTRE BACTÉRIAS. Ao contrário de todas as outras formas de vida na Terra, as bactérias transmitem informações genéticas com relativa liberdade, de tal sorte que "espécies" taxonomicamente diferentes podem trocar genes. É provável que o sexo bacteriano, importante para a evolução das células nucleadas (eucariotos), tenha sido exuberante antes de as próprias bactérias produzirem oxigênio suficiente para criar uma camada de ozônio. O macho, à direita da micrografia eletrônica, envia genes por meio de dois tubos cobertos por vírus bacteriófagos. Reino: Bactéria (Monera). Filo: Proteobactéria.Nossas esplêndidas pareritas
Da abundância à crise
O fermento do café da manhã
Seres verdes, vermelhos e roxos
A agitação do oxigênio
A quintessência dos poluentes, a quintessência dos recicladores
Tapetes vivos e pedras que crescem

CAPÍTULO 5
FUSÕES PERMANENTESO grande divisor celular
***Figura 7. COMPARAÇÃO ILUSTRADA ENTRE CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS. (Ver imagem e legenda no início deste post)
Cinco tipos de seres
Torções na árvore da vida
Contorcionistas
***Figura 8. TRICHONYMPHA, UM PROTISTA QUIMÉRICO. Filo: Arqueoprotista. Reino: Protoctista. Esse ser, estruturalmente tão peculiar quanto qualquer dos que se encontram nos bestiários medievais, compõe-se de um grande hospedeiro protoctista e de uma profusão de undulipódios (suas organelas da região frontal) e bactérias espiroquetas simbioticamente ligadas, na região posterior. A própria Trichonympha é simbiótica no trato digestivo posterior dos cupins, um zoológico microscópico que abriga muitos tipos diferentes de protistas e bactérias, os quais, em conjunto, contribuem para a digestão da madeira.
***Figura 9. ESPIROQUETAS TRANSFORMADOS EM UNDULIPÓDIOS. Os espiroquetas ligam-se a outras bactérias e acabam por se transformar nos undulipódios de células maiores, já então eucaróticas.

***Figura 10. FASES DA MITOSE. Estágios diferentes da mitose, método habitual de separação cromossômica durante a divisão celular ou reprodução das células eucarióticas. O enorme movimento interno nas células nucleadas, comparado à sua ausência nas bactérias, talvez resulte dos remanescentes de dois bilhões de anos de espiroquetas que se contorcem velozmente.
Estranhos frutos novos
Os simbiontes de Wallin
A multicelularidade e a morte programada
A gênese sexual no micromundo, ou: quando comer era praticar sexo
***Figura 11. NAEGLERIA, UM PROTISTA. Filo: Zoomastigota. Reino: Protoctista. Amebas Naegleria são mostradas neste desenho, flagradas na tentativa de comer seus vizinhos co-específicos. Na evolução, a ingestão não acompanhada de digestão, mas da existência interna contínua do ser devorado, foi um meio importante de dar início à simbiose celular. Quando protistas da mesma espécie devoravam mas não digeriam uns aos outros, às vezes eles fundiam seus núcleos e seus cromossomos, numa mistura equivalente ao primeiro ato de fertilização ou acasalamento.
O poder do lodo
***Figura 12. STEPHANODISCUS, UMA DIATOMÁCEA. Filo: Bacilariófita. Reino: Protoctista. Diatomácea em formato de caixa de comprimidos (ou de chuveiro), com simetria radial. As diatomáceas, em geral de coloração parda ou marrom e predominantes nos oceanos, retiram sílica da água ao produzirem suas belíssimas microconchas.

CAPÍTULO 6
OS ASSOMBROSOS ANIMAISOs pássaros (do caramanchão) e as abelhas (do mel)
***Figura 13. HISTÓRIA DE VIDA SEXUAL DE UM ANIMAL: O BESOURO DYNASTES. Filo: Mandibulata. Reino: Animalia. A estrutura segmentada pilosa é a larva, formada a partir da massa oca de células conhecida como 'fase de blástula' do embrião animal, mostrado à direita. A blástula embrionária, estrutura característica que define todos os animais, desenvolve-se a partir do óvulo fertilizado pelo espermatozóide, que passa por muitas divisões celulares.
Que é um animal?
Nosso bisavô, o Trichoplax
Sexualidade e Morte
O chauvinismo cambriano
A exuberância evolutiva
Mensageiros
***Figura 14. ESCHIMISCUS BLUMI, UM "URSO D'ÁGUA". Filo: Tardigrada. Reino: Animalia. Esses animais microscópicos, chamados de ursos d'água pelo naturalista inglês Thomas Huxley, são conhecidos como tardígrados. Sumamente sensíveis a seu meio ambiente lodoso, eles sobrevivem ao ressecamento em temperaturas que vão de 150 oC a - 270 oC. Essas feras microscópicas ocorrem no mundo inteiro, mas, como as maiores delas não ultrapassam 1,2 mm de comprimento, permanecem obscuras. A distância de uma pata à outra na fotografia não chega a 0,5 mm.

CAPÍTULO 7
A CARNE DA TERRA
O mundo subterrâneo
***Figura 15. HISTÓRIA DA VIDA SEXUAL DE UM FUNGO: AMANITA. Diferentes estágios da história de vida sexual do Amanita. De baixo para cima, no sentido anti-horário: cogumelo; close-up do tecido sexual ou basídios encontrados nas lamelas; basídios dando origem a basidiósporos semelhantes a gotas; hifas que brotam dos esporos; núcleos passando pelas hifas, no ato sexual fúngico conhecido como conjugação.
Bolores que se beijam e anjos destrutivos (ver também... estrutura)
Alianças entre reinos
***Figura 16. UMA GALHA NUM GALHO DE QUERCUS, O CARVALHO. As galhas, estruturas "patológicas", podem representar órgãos simbióticos numa fase primitiva de desenvolvimento. Essas formações bulbosas ocorrem quando o tecido da planta interage com fungos, insetos e, talvez, bactérias. Já se teorizou que as galhas foram os predecessores evolutivos das primeiras frutas.
O baixo-ventre da Biosfera
Fungos que viajam de carona, flores falsas e afrodisíacos
Cogumelos alucinógenos e deleites dionisíacos
Transmigradores de matéria

CAPÍTULO 8
A TRANSMUTAÇÃO DA LUZ SOLAR
O fogo verde
A parte maldita
***Figura 17. DIFERENTES ESTÁGIOS DA HISTÓRIA DA VIDA SEXUAL DE UMA PLANTA: CARVALHO QUERCUS. De baixo para cima, no sentido anti-horário: folhas de carvalho com dois frutos maduros que contêm as sementes (bolotas). A flor que aparece no centro, à esquerda, foi ampliada, e suas paredes (o ovário) foram retiradas para revelar os oito núcleos da fertilização dupla das angiospermas (centro). O tubo polínico penetrou no saco embrionário e soltou três pequenos núcleos masculinos. Um deles fertilizará o núcleo ovular (centro, parte inferior) e um fertilizará dois dos núcleos femininos maiores, para formar o tecido triplóide (três conjuntos cromossômicos) que alimentará o embrião - daí a "fertilização dupla". As anteras de duas tecas que produzem pólen aparecem com seus estames no alto, à esquerda. No alto, à direita, um grão de pólen germinado que formou um tubo polínico é visto a caminho do ovário de uma flor de carvalho, exibida em corte.Antigas raízes
Árvores primevas
A persuasão floral
A economia solar

CAPÍTULO 9
SINFONIA SENCIENTE
Uma vida dupla
Escolha
***Figura 18. MAGNETOSSOMAS NUMA BACTÉRIA MAGNETOSTÁTICA. Remanescente de bactéria magnetostática, mostrando os magnetossomos internos (fotografia feita com um microscópio eletrônico). Essas células, capazes de se orientar magneticamente para os pólos Norte ou Sul, exemplificam a sensibilidade da substância viva em todos os níveis, escalas e reinos. A parcepção, a escolha e a sensação aplicam-se não somente aos seres humanos ou aos animais, mas, se é que são aplicáveis, aplicam-se a todas as fomas de vida na Terra.
Pequenos objetivos
A blasfêmia de Butler
Hábitos e memória
A celebração da existência
Super-humanidade
A expansão da vida
Ritmos e ciclos

NOTAS
APÊNDICE
GLOSSÁRIO

AGRADECIMENTOS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ÍNDICE REMISSIVO