domingo, 28 de junho de 2009

MENTE E NATUREZA - III sumário e glossário

LIVRO: "MENTE E NATUREZA, A UNIDADE NECESSÁRIA" (1979)
DE: Gregory Bateson
ED: Francisco Alves (Brasil, Rio de Janeiro: 1986, 235 págs.)
Título original: Mind and Nature, A Necessary Unity
Tradução do inglês: Claudia Gerpe

SUMÁRIO e GLOSSÁRIO

I. INTRODUÇÃO
II.
EVERY SCHOOLBOY KNOWS
1.
A ciência nunca prova nada
2. O mapa não é o território, e o nome não é a coisa designada
3. Não existe experiência objetiva
4. Os processos de formação de imagens são inconscientes
5. A divisão do Universo observado em partes e conjuntos é conveniente e pode ser necessária, mas nenhuma necessidade determina como ela deverá ser feita
6. Sequências divergentes não são previsíveis (explo: dízima periódica complexa)
7. Sequências convergentes são previsíveis (explo: dízima periódica simples)
8. Nada virá do nada
9. Número é diferente de quantidade
10. A quantidade não determina o padrão
11. Não existem 'valores' monótonos em biologia
12. Algumas vezes o pequeno é belo
13. A lógica é um modelo medíocre de causa e efeito
14. A causalidade não trabalha às avessas
15. A linguagem normalmente enfatiza somenete um lado de qualquer interação
16. A 'estabilidade' e a 'mudança' (evolução) descrevem partes de nossas descrições
III. VERSÕES MÚLTIPLAS DO MUNDO
1. O caso da diferença
2. O caso da visão binocular
3. O caso do planeta Plutão
4. O caso da adição de sinapse
5. O caso do punhal alucinatório
6. O caso das linguagens sinônimas
7. O caso dos dois sexos
8. O caso das batidas e do fenômeno moiré
9. O caso da 'descrição' da 'tautologia' e da 'explicação'
IV. CRITÉRIOS DE SISTEMAS MENTAIS
Critério 1.
Uma mente é um agregado (ou nucleação?) de partes ou componentes que interagem (ver tb: sistemas, definição de Bunge e Uyemov)
Critério 2. A interação entre partes da mente é acionada por diferença
Critério 3. O processo mental requer energia colateral
Critério 4. O processo mental requer cadeias de determinação circulares (ou 'espirais'?) (ou mais complexas)
Critério 5. No processo mental, os efeitos da diferença devem ser encarados como transformações (isto é, versões codificadas) da diferença que os precederam (história)
Critério 6. A descrição e a classificação desses processos de transformação (processos de evolução) revelam uma hierarquia de tipos lógicos inerentes aos fenômenos
V. VERSÕES MÚLTIPLAS DO RELACIONAMENTO
1.
Conheça a si próprio
2. Totemismo
3. Abdução
VI. OS GRANDES MÉTODOS ESTOCÁSTICOS
1. Os erros lamarckianos
2. Uso e desuso
3. Assimilação genética
4. O controle genético da alteração somática
5. "Nada virá do nada" na epigênese
6. Homologia
7. Adaptação e hábito
8. Processos estocásticos, divergentes e convergentes (ver tb: nucleação)
9. Comparando e combinando os dois sistemas estocásticos
VII. DA CLASSIFICAÇÃO AO MÉTODO
VIII. ENTÃO, O QUÊ?
APÊNDICE O tempo está desarticulado
GLOSSÁRIO
Adaptação, aleatório, analógico, cibernética, co-evolução, digital, eidético, energia, entropia, epigênese, epistemologia, estocástico, fenocópia, fenótipo, filogenia, flexibilidade, genética, genótipo, grupo taxonômico, homologia, ideia, informação, linear e lineal, movimento browniano, mutação, negentropia, ontogenia, paralaxe, procronismo, reducionismo, sacramento, somático, tautologia, tensão, tipos lógicos, topologia.

sábado, 6 de junho de 2009

ATOR/CLOWN E O PAPEL CRIADOR DA INTERATIVIDADE/CRISE EM SISTEMAS COMPLEXOS - I resumo


DISSERTAÇÃO: O PAPEL DA INTERATIVIDADE/CRISE NA COMUNICAÇÃO E CRIAÇÃO EM SISTEMAS COMPLEXOS: A ÓTICA DO CLOWN (2008, 78 págs.)
MESTRADO: em Comunicação e Semiótica, do Programa de Estudos Pós Graduados em Comunicação e Semiótica - COS, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP
ALUNO: Ana Cristina Pilchowski
ORIENTADOR: Jorge de Albuquerque Vieira

RESUMO

Essa pesquisa está centrada na análise do papel da interatividade e da crise no estabelecimento da comunicação e criação no processo de formação e descoberta do clown. Propomos uma leitura do processo criativo do clown partindo da hipótese de que este - a partir de um deslocamento da atenção, voltando-a para o que chamamos de interatividade/crise – obriga o ator-clown a modificar sua visão de mundo. Em outras palavras: sugere um “re-olhar” diante dos fenômenos e, através deste, permite uma ampliação dos mecanismos de percepção, criação e comunicação. Esse “re-olhar” é atingido pelo clown por meio da instabilidade e da interatividade/crise. O processo de formação do clown, segundo nossa visão, propõe uma leitura da interatividade/crise como fator estimulador da criação. Para o estudo de tal visão optamos por utilizar a teoria geral sistêmica. A lógica clownesca concebe o mundo e as relações de forma complexa, que em muitos pontos se assemelha ao pensamento sistêmico. Como suporte para o estudo da “crise criadora” utilizamos o conceito de Évolon, criado por Werner Mende, a respeito da crise como fator evolutivo. E tivemos como guia o livro Teoria do Conhecimento e Arte, de Jorge Albuquerque Vieira. Para uma leitura do tipo de percepção estimulada durante a formação do clown, empregamos o conceito de Umwelt desenvolvido por Jakob von Uexküll. Também buscamos suporte para o estudo do clown na criação do ator em autores ligados a arte do ator. Entre eles: Luís Otávio Burnier, Renato Ferracini, Dario Fo e Elizabeth Pereira Lopes. A interatividade/crise regula a percepção do clown, a forma como este lida com as informações e, consequentemente, a maneira como se comunica. O clown, por sua vez, por meio da instabilidade, proporciona ao ator o contato com a “crise criadora” promovendo a criação a partir de um re-olhar.

domingo, 10 de maio de 2009

PÓS com INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA - I ementa

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA E ALGUMAS APLICAÇÕES (1º/2005, 34 horas-aula)
COORDENAÇÃO: Charbel Niño El-Hani (UFBA)

EMENTA
"A semiótica é usualmente concebida como uma ciência que investiga sistemas de signos e sinais por meio dos quais seres humanos se mostram capazes de diferentes formas de interação. Contudo, ela foi concebida e sistematizada pelo lógico e matemático C. S. Peirce como uma ciência formal interessada em qualquer processo associado a comunicação e linguagem. Assim, a semiótica [peirceana] descreve e analisa a estrutura de processos semióticos sem importar-se com a base ou suporte físico/material no qual tais processos podem ser operativos, ou com a escala em que podem ser observados. Parece “natural” a ideia de uma biossemiótica, na qual os princípios teóricos e as ferramentas metodológicas da semiótica são aplicadas a sistemas vivos. A biossemiótica propõe modelos para compreensão de processos vivos que não estão estritamente baseados na organização molecular, mas fundamentalmente dependem de eventos sígnicos e de comunicação. O presente curso tem como objetivo propiciar aos alunos uma introdução às ideias centrais da semiótica e da biossemiótica, bem como a alguns de seus mais recentes desenvolvimentos e aplicações."

PÓS com INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA - II programação

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA E ALGUMAS APLICAÇÕES (1º/2005, 34 horas-aula)
COORDENAÇÃO: Charbel Niño El-Hani (UFBA)
PROFESSORES CONVIDADOS: João Queiroz (UNICAMP, UFBA) e Claus Emmeche (Universidade de Copenhague)
NÍVEL: Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Universidade Federal da Bahia / Universidade Estadual de Feira de Santana

PROGRAMAÇÃO
23/02, 16-19 hs: Claus EmmecheThe Emergence of Biosemiotics as a Research Program in Theoretical Biology and Philosophy of Biology [aula ministrada em inglês]
25/02, 16-19 hs: Claus EmmecheReflections on the qualitative biosemiotics of Jakob von Uexküll [aula ministrada em inglês]
02/03, 16-19 hs: João Queiroz – A filosofia dos signos de C. S. Peirce
04/03, 16-19 hs: Charbel Niño El-HaniSemiose como um processo emergente
09/03/, 16-19 hs: João Queiroz – Introdução à Zoosemiótica
11/03, 16-19 hs: Charbel Niño El-HaniInformação em sistemas biológicos
16/03, 16-19 hs: João Queiroz – Um Estudo de Caso de Comunicação Animal em Primatas Não-Humanos
18/03, 16-19 hs: Charbel Niño El-Hani – Uma Análise Semiótica do Sistema Genético de Informação
23/03, 16-19 hs: Charbel Niño El-Hani – Possíveis Aplicações da Biossemiótica no Ensino de Ciências
25/03, 16-19 hs: Seminários
30/03, 16-19 hs: Seminários
01/04, 16-19 hs: Seminários

PÓS com INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA - III bibliografia

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA E ALGUMAS APLICAÇÕES (1º/2005, 34 horas-aula)
COORDENAÇÃO: Charbel Niño El-Hani (UFBA)
PROFESSORES CONVIDADOS: João Queiroz (UNICAMP, UFBA) e Claus Emmeche (Universidade de Copenhague)
NÍVEL: Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Universidade Federal da Bahia / Universidade Estadual de Feira de Santana

BIBLIOGRAFIA
  1. Deacon, T. W. (1997). The Symbolic Species: The Co-evolution of Language and the Brain. W.W. Norton.
  2. Emmeche, C. 1997. “Defining Life, Explaining Emergence”, On-line paper: http://www.nbi.dk/~emmeche/ (Published in two parts as: Emmeche, C. 1997. “Autopoietic Systems, Replicators, and the Search for a Meaningful Biologic Definition of Life”, Ultimate Reality and Meaning 20: 244-264; Emmeche, C. 1998. “Defining Life as a Semiotic Phenomenon”, Cybernetics & Human Knowing 5:3-17).
  3. Emmeche, C. 2003. “Causal Processes, Semiosis, and Consciousness” in J. SEIBT (ed.). Process Theories: Crossdisciplinary Studies in Dynamic Categories. Dordrecht: Kluwer. (pp. 313-336).
  4. Hoffmeyer, Jesper. 1996. Signs of Meaning in the Universe. Bloomington & Indianapolis: Indiana University Press.
  5. Hulswit, M.[Menno] 2001. “Semeiotic and the Cement of the Universe: a Peircean Process Approach to Causation”, Transactions of the Charles S. Peirce Society: A Quarterly Journal in American Philosophy, Summer, XXXVII (3) 339-363.
  6. Kull, K. (ed.) (2001). Jackob von Uexkull: a paradigm for biology and semiotics. Semiotica 134 (1/4).
  7. Nöth, Winfried (1995). Handbook of Semiotics. Indiana University Press.
  8. Peirce, C. S. (EP1, 1992; EP2, 1998.). The Essential Peirce. Selected Philosophical Writings. (Vol. 1 ed. by N. Houser & C. Kloesel; Vol 2 ed. by the Peirce Edition Project). Bloomington and Indianapolis: Indiana University Press.
  9. Queiroz, J. & El-Hani, C. [2005]. Semiose como Processo Emergente. Submetido a Galáxia.
  10. Queiroz, J. & El-Hani, C. Towards a multi-level approach to the emergence of semiosis. DCA-FEEC Technical Report 04-07; 1-21.
  11. Queiroz, J. (2004) Semiose segundo C.S.Peirce. EDUC/FAPESP.
  12. Roitblat, H. & Meyer, J.-A (eds) (1995). Comparative Approaches to Cognitive Science, MIT Press.
  13. Salthe, S. N. 1985. Evolving Hierarchical Systems: Their Structure and Representation. New York: Columbia University Press.
  14. Seyfarth, R., Cheney, D.L. (1992). Meaning and mind in monkeys. Scientific American, December, 122-128.
  15. Wilson, R. and Keil, F. (eds.) (1999). The MIT encyclopedia of cognitive sciences. MIT Press.

PÓS com INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA - IV sites recomendados

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À BIOSSEMIÓTICA E ALGUMAS APLICAÇÕES (1º/2005, 34 horas-aula)
COORDENAÇÃO: Charbel Niño El-Hani (UFBA)
PROFESSORES CONVIDADOS: João Queiroz (UNICAMP, UFBA) e Claus Emmeche (Universidade de Copenhague)
NÍVEL: Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Universidade Federal da Bahia / Universidade Estadual de Feira de Santana

SITES RECOMENDADOS

http://www.ento.vt.edu/~sharov/biosem/welcome.html
BIOSEMIOTICS

http://www.ento.vt.edu/~sharov/biosem/biosem.html

Topics in Biosemiotics

http://www.zbi.ee/~uexkull/biosemiotics/jespintr.htm
Biosemiotics: Encyclopedia of Semiotics

http://www.gypsymoth.ento.vt.edu/~sharov/biosem/hoffmeyr.html

Biosemiotics: Towards a New Synthesis in Biology

http://www.molbio.ku.dk/MolBioPages/abk/PersonalPages/Jesper/BioGroup.html

The Biosemiotics Group

http://www.nbi.dk/~emmeche/cePubl/99b.toronto.3.1b.html
The biosemiotics of emergent properties in a pluralist ontology

http://www.kli.ac.at/theorylab/Keyword/B/biosemio.html
biosemiotics

http://www.nbi.dk/~emmeche/cePubl/99c.Sarkar3c.html
The Sarkar challenge to Biosemiotics: Is there any information in a cell?

http://www.zbi.ee/~kalevi/bsxxfin.htm

Biosemiotics in the twentieth century: a view from biology

http://mtlserver.uta.fi/~attove/natu_of_biosem_final.pdf

Why And How To Naturalize Semiotic Concepts For Biosemiotics

http://mtlserver.uta.fi/~attove/SEMIO_98.HTM
Some Conceptual Extensions in Biosemiotics

http://www.library.utoronto.ca/see/pages/biosemioticsdef.html
BIOSEMIOTICS

http://www.imprint.co.uk/C&HK/vol8/biosemiotica.pdf
Biosemiotica

http://club2.telepolis.com/ohcop/biosemio.html
biosemiótica, biosemiosis

http://bio.nagaokaut.ac.jp/~matsuno/echo/abstracts/vehkaraa.html
Extended Concept of Knowledge for Evolutionary Epistemology and Biosemiotics

http://www.phil.vt.edu/ishpssb/2001/abstract/life.htm

What is Life?

http://www.zbi.ee/~uexkull/
Jakob von Uexküll Centre

http://www.digitalpeirce.fee.unicamp.br

Digital Encyclopedia of C.S.Peirce

http://www.dca.fee.unicamp.br/projects/artcog/

Group for Research on Artificial Cognition

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O QUE É A VIDA por LYNN MARGULIS - I capa, contracapa e orelhas

LIVRO: "O QUE É VIDA?" (1998)
DE: Lynn Margulis e Dorion Sagan
ED: Jorge Zahar (Brasil, Rio de Janeiro: 2002, 292 pág.)
Título original: What is Life?
Tradução do inglês: Vera Ribeiro
Revisão técnica e apresentação: Francisco M. Salzano, professor titular do Departamento de Genética, Instituto de Biociências, UFRGS
Capa, projeto gráfico e diagramação: Studio Creamcrackers
*
CONTRACAPA e ORELHAS

O que é vida? – é uma das perguntas mais antigas da humanidade, celebremente reformulada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961, Prêmio Nobel de Física 1933) há cinquenta anos. Ao retornar a ela – para explorá-la científica e filosoficamente, atualizá-la com base nos últimos avanços da ciência e, principalmente, respondê-la – o livro O que é vida? mergulha no coração da matéria viva e examina questões como:

  • a condição da Terra como um superorganismo;
  • a conexão biológica entre morte programada e sexo;
  • a evolução simbiótica dos cinco reinos orgânicos (bactérias, protoctistas, animais, fungos e plantas);
  • a base solar da economia global de troca de calor;
  • a hipótese de que a vida tem liberdade de ação, tendo desempenhado papel importante e inesperado em nossa evolução.
Para dar conta de tão vasto tema, os autores Lynn Margulis e Dorion Sagan sondam o próprio coração da matéria viva, mostrando que a vida é uma 'obra aberta', um complexo e lento processo de mutação e evolução iniciado há mais de quatro bilhões de anos.
Ilustrações espetaculares – que mostram desde os menores organismos conhecidos (a bactéria Micoplasma) ao maior (a própria Biosfera) – complementam esse instigante balanço sobre a natureza da vida. O volume traz ainda um utilíssimo glossário sobre o assunto.

"Esse esplêndido livro mostra o quão mais rica a vida é do que supõe a mera biologia reducionista. Lynn Margulis e Dorion Sagan trilham fielmente os passos de Erwin Schrödinger e são seus verdadeiros sucessores."
James E. Lovelock - ambientalista britânico, autor de As eras de Gaia.

"Em O que é vida?, Margulis e Sagan sugerem novas respostas à brilhante pergunta de Schrödinger através de uma nova e rigorosa explicação dos níveis emergentes da organização biológica... Sua estrutura conceitual tem tudo para influenciar futuras introduções à biologia."
Edward O. Wilson - biólogo norte-americano, autor de Biodiversidade.

O QUE É A VIDA por LYNN MARGULIS - II sumário, figuras e tabelas

Figura 7. COMPARAÇÃO ILUSTRADA ENTRE CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS. No alto, um procarioto (uma bactéria); na parte inferior, um eucarioto (célula nucleada). Todas as células vivas da Terra: ou são procariotos, ou são eucariotos. Os reinos não bacterianos - Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia - compõem-se, todos eles, de organismos cujas células são eucarióticas. Os eucariotos evoluíram simbioticamente a partir de bactérias metabolizadoras, invasoras, infecciosas e coabitantes. [Desenho didático por Christie Lyons]
*
LIVRO: "O QUE É VIDA?" (1998)
DE: Lynn Margulis e Dorion Sagan
ED: Jorge Zahar (Brasil, Rio de Janeiro: 2002, 292 pág.)
Título original: What is Life?
Tradução do inglês: Vera Ribeiro
Revisão técnica e apresentação: Francisco M. Salzano, professor titular do Departamento de Genética, Instituto de Biociências, UFRGS
Capa, projeto gráfico e diagramação: Studio Creamcrackers
SUMÁRIO, FIGURAS e TABELAS
CAPÍTULO 1
VIDA: O ETERNO ENIGMA
No espírito de Schrödinger
***Figura 1. ERWIN SCHRÖDINGER. Um físico cuja ênfase na natureza físico-química da vida contribuiu para inspirar a descoberta do DNA e a revolução da biologia molecular.
O corpo da vida
Animismo versus mecanicismo
Jano entre os centauros
A jóia azul
Existe vida em Marte?
A vida como verbo
Auto-sustentação
O Planeta autopoético
***Figura 2. COMPARAÇÃO ATMOSFÉRICA DA TERRA COM SEUS DOIS VIZINHOS PLANETÁRIOS - VÊNUS E MARTE. Observe-se a concentração relativamente elevada do explosivo gás oxigênio e a concentração baixíssima (por enquanto) de dióxido de carbono na Terra. Essa anomalia atmosférica resulta da atividade incessante de organismos que trocam gases. A fisiologia diminuta da célula, no correr do tempo geológico, amplia-se na fisiologia global da Biosfera.A matéria da vida
***Figura 3. FLUTUAÇÕES SAZONAIS DE DIÓXIDO DE CARBONO NO HEMISFÉRIO NORTE. Os picos da linha em ziguezague representam o aumento do dióxido de carbono atmosférico durante os verões; a tendência global ascendente indica os níveis crescentes de CO2 que são ao menos parcialmente devidos à atividade humana. Essa flutuação sazonal e anual do dióxido de carbono na atmosfera terrestre atesta a "respiração" em escala global. Através do efeito estufa, o aumento total do dióxido de carbono pode elevar as temperaturas planetárias a níveis inóspitos para os seres humanos - uma "febre" geofisiológica.
***Figura 4. CRISTAL DE ÁCIDO OXÁLICO EXTRAÍDO DO SACO RENAL DE UMA ASCÍDIA, órgão tido como um rim sem ductos. O Nephromyces, um protoctista provavelmente associado a bactérias simbióticas, aparentemente forma esses cristais a partir do ácido úrico e do oxalato de cálcio do animal. Hoje em dia, sabe-se que mais de 50 desses minerais são produzidos nas células vivas.
***Tabela I. MINERAIS PRODUZIDOS PELA VIDA. Ao contrário do senso geral, os minerais e os animais não pertencem a reinos separados. Muitos minerais são produzidos na e pela vida, às vezes sob a forma de cristais. Um dos minerais mais comuns, o carbonato de cálcio, é formado por animais marinhos vivos, como as conchas. Outro composto, o fosfato de cálcio, é precipitado pelas células de nossos ossos. Como mostra esta tabela, todos os cinco reinos de organismos (bactérias, protoctistas, fungos, plantas e animais) têm membros que produzem minerais. Esta lista representa apenas uma amostra dos mais de 50 minerais que hoje sabemos serem produzidos por células vivas.A mente na Natureza

CAPÍTULO 2
ALMAS PERDIDASMorte: a grande fonte de perplexidade
O sopro da vida
A licença cartesiana
Entrando no reino proibido
Meneios cósmicos
O significado da evolução
A Biosfera de Vernadsky
A Gaia de Lovelock
***Figura 5. EMILIANA HUXLEYI, UM COCOLITOFORÍDEO. Filo: Haptomonada. Reino: Protista. Esse cocolitoforídeo, alga que precipita cálcio, é recoberto de escamas semelhantes a botões. Esses protistas, cada um dos quais tem apenas 20 milionésimos de metro de diâmetro, produzem o sulfeto de dimetila, um gás de importância global implicado na formação de nuvens sobre os oceanos.

CAPÍTULO 3
ERA UMA VEZ UM PLANETAOs primórdios
Inferno na Terra
Linhas temporais da História da Terra
***Tabela II. LINHA TEMPORAL CENTRADA NO HOMEM, OU DE ESCALA DISTORCIDA.
Geração espontânea
***Tabela III. LINHA TEMPORAL EM ESCALA VERDADEIRA. Éon Hadeano: 4 milhões e 600 mil anos atrás, origem do sistema Terra-Lua e de outros planetas do Sistema Solar. Éon Arqueano: 4 milhões de anos atrás, início da formação da crosta terrestre e começo presumível da atividade tectônica; 3 milhões e 900 mil anos atrás, origens da vida sob a forma de células bacterianas, aparecimento do primeiro reino (Bactéria ou Monera). Éon Proterozóico: 2 milhões e 500 mil anos atrás, começam os processos geologicamente modernos, tais como o gás oxigênio (O2) começa a se acumular sazonalmente, formações de ferro estriado visíveis e abundantes, lagos ou oceanos imensos, e plataformas de carbonato indicando estruturas biogênicas semelhantes a recifes sendo construídas por comunidades bacterianas em ambientes marinhos; 1 milhão e 700 mil anos atrás, aparecimento do segundo reino (Protoctista); 600 mil anos atrás, aparecimento do terceiro reino (Animalia). Éon Fanerozóico, Era Paleozóica ou Era dos animais marinhos: 541 mil anos atrás, prevalência de trilobitas e outros animais de carapaça dura, com aparecimento do quarto reino (Plantae) e do quinto reino (Funghi). Era Mesozóica ou Era dos répteis: 245 mil anos atrás, períodos triássico, jurássico e cretáceo. Era Cenozóica ou Era dos mamíferos: 65 mil anos atrás. Era atual: começou há 4 mil anos atrás, com o aparecimento dos seres humanos.A origem da vida
"Avançando aos tropeços"
Janelas metabólicas
As supermoléculas de RNA
Primeiro as células

CAPÍTULO 4
MESTRES DA BIOSFERAO medo de um planeta bacteriano
A vida é bactéria
Os metabolicamente superdotados
As negociadoras de genes
***Figura 6. TROCA GENÉTICA POR TRÊS VIAS ENTRE BACTÉRIAS. Ao contrário de todas as outras formas de vida na Terra, as bactérias transmitem informações genéticas com relativa liberdade, de tal sorte que "espécies" taxonomicamente diferentes podem trocar genes. É provável que o sexo bacteriano, importante para a evolução das células nucleadas (eucariotos), tenha sido exuberante antes de as próprias bactérias produzirem oxigênio suficiente para criar uma camada de ozônio. O macho, à direita da micrografia eletrônica, envia genes por meio de dois tubos cobertos por vírus bacteriófagos. Reino: Bactéria (Monera). Filo: Proteobactéria.Nossas esplêndidas pareritas
Da abundância à crise
O fermento do café da manhã
Seres verdes, vermelhos e roxos
A agitação do oxigênio
A quintessência dos poluentes, a quintessência dos recicladores
Tapetes vivos e pedras que crescem

CAPÍTULO 5
FUSÕES PERMANENTESO grande divisor celular
***Figura 7. COMPARAÇÃO ILUSTRADA ENTRE CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS. (Ver imagem e legenda no início deste post)
Cinco tipos de seres
Torções na árvore da vida
Contorcionistas
***Figura 8. TRICHONYMPHA, UM PROTISTA QUIMÉRICO. Filo: Arqueoprotista. Reino: Protoctista. Esse ser, estruturalmente tão peculiar quanto qualquer dos que se encontram nos bestiários medievais, compõe-se de um grande hospedeiro protoctista e de uma profusão de undulipódios (suas organelas da região frontal) e bactérias espiroquetas simbioticamente ligadas, na região posterior. A própria Trichonympha é simbiótica no trato digestivo posterior dos cupins, um zoológico microscópico que abriga muitos tipos diferentes de protistas e bactérias, os quais, em conjunto, contribuem para a digestão da madeira.
***Figura 9. ESPIROQUETAS TRANSFORMADOS EM UNDULIPÓDIOS. Os espiroquetas ligam-se a outras bactérias e acabam por se transformar nos undulipódios de células maiores, já então eucaróticas.

***Figura 10. FASES DA MITOSE. Estágios diferentes da mitose, método habitual de separação cromossômica durante a divisão celular ou reprodução das células eucarióticas. O enorme movimento interno nas células nucleadas, comparado à sua ausência nas bactérias, talvez resulte dos remanescentes de dois bilhões de anos de espiroquetas que se contorcem velozmente.
Estranhos frutos novos
Os simbiontes de Wallin
A multicelularidade e a morte programada
A gênese sexual no micromundo, ou: quando comer era praticar sexo
***Figura 11. NAEGLERIA, UM PROTISTA. Filo: Zoomastigota. Reino: Protoctista. Amebas Naegleria são mostradas neste desenho, flagradas na tentativa de comer seus vizinhos co-específicos. Na evolução, a ingestão não acompanhada de digestão, mas da existência interna contínua do ser devorado, foi um meio importante de dar início à simbiose celular. Quando protistas da mesma espécie devoravam mas não digeriam uns aos outros, às vezes eles fundiam seus núcleos e seus cromossomos, numa mistura equivalente ao primeiro ato de fertilização ou acasalamento.
O poder do lodo
***Figura 12. STEPHANODISCUS, UMA DIATOMÁCEA. Filo: Bacilariófita. Reino: Protoctista. Diatomácea em formato de caixa de comprimidos (ou de chuveiro), com simetria radial. As diatomáceas, em geral de coloração parda ou marrom e predominantes nos oceanos, retiram sílica da água ao produzirem suas belíssimas microconchas.

CAPÍTULO 6
OS ASSOMBROSOS ANIMAISOs pássaros (do caramanchão) e as abelhas (do mel)
***Figura 13. HISTÓRIA DE VIDA SEXUAL DE UM ANIMAL: O BESOURO DYNASTES. Filo: Mandibulata. Reino: Animalia. A estrutura segmentada pilosa é a larva, formada a partir da massa oca de células conhecida como 'fase de blástula' do embrião animal, mostrado à direita. A blástula embrionária, estrutura característica que define todos os animais, desenvolve-se a partir do óvulo fertilizado pelo espermatozóide, que passa por muitas divisões celulares.
Que é um animal?
Nosso bisavô, o Trichoplax
Sexualidade e Morte
O chauvinismo cambriano
A exuberância evolutiva
Mensageiros
***Figura 14. ESCHIMISCUS BLUMI, UM "URSO D'ÁGUA". Filo: Tardigrada. Reino: Animalia. Esses animais microscópicos, chamados de ursos d'água pelo naturalista inglês Thomas Huxley, são conhecidos como tardígrados. Sumamente sensíveis a seu meio ambiente lodoso, eles sobrevivem ao ressecamento em temperaturas que vão de 150 oC a - 270 oC. Essas feras microscópicas ocorrem no mundo inteiro, mas, como as maiores delas não ultrapassam 1,2 mm de comprimento, permanecem obscuras. A distância de uma pata à outra na fotografia não chega a 0,5 mm.

CAPÍTULO 7
A CARNE DA TERRA
O mundo subterrâneo
***Figura 15. HISTÓRIA DA VIDA SEXUAL DE UM FUNGO: AMANITA. Diferentes estágios da história de vida sexual do Amanita. De baixo para cima, no sentido anti-horário: cogumelo; close-up do tecido sexual ou basídios encontrados nas lamelas; basídios dando origem a basidiósporos semelhantes a gotas; hifas que brotam dos esporos; núcleos passando pelas hifas, no ato sexual fúngico conhecido como conjugação.
Bolores que se beijam e anjos destrutivos (ver também... estrutura)
Alianças entre reinos
***Figura 16. UMA GALHA NUM GALHO DE QUERCUS, O CARVALHO. As galhas, estruturas "patológicas", podem representar órgãos simbióticos numa fase primitiva de desenvolvimento. Essas formações bulbosas ocorrem quando o tecido da planta interage com fungos, insetos e, talvez, bactérias. Já se teorizou que as galhas foram os predecessores evolutivos das primeiras frutas.
O baixo-ventre da Biosfera
Fungos que viajam de carona, flores falsas e afrodisíacos
Cogumelos alucinógenos e deleites dionisíacos
Transmigradores de matéria

CAPÍTULO 8
A TRANSMUTAÇÃO DA LUZ SOLAR
O fogo verde
A parte maldita
***Figura 17. DIFERENTES ESTÁGIOS DA HISTÓRIA DA VIDA SEXUAL DE UMA PLANTA: CARVALHO QUERCUS. De baixo para cima, no sentido anti-horário: folhas de carvalho com dois frutos maduros que contêm as sementes (bolotas). A flor que aparece no centro, à esquerda, foi ampliada, e suas paredes (o ovário) foram retiradas para revelar os oito núcleos da fertilização dupla das angiospermas (centro). O tubo polínico penetrou no saco embrionário e soltou três pequenos núcleos masculinos. Um deles fertilizará o núcleo ovular (centro, parte inferior) e um fertilizará dois dos núcleos femininos maiores, para formar o tecido triplóide (três conjuntos cromossômicos) que alimentará o embrião - daí a "fertilização dupla". As anteras de duas tecas que produzem pólen aparecem com seus estames no alto, à esquerda. No alto, à direita, um grão de pólen germinado que formou um tubo polínico é visto a caminho do ovário de uma flor de carvalho, exibida em corte.Antigas raízes
Árvores primevas
A persuasão floral
A economia solar

CAPÍTULO 9
SINFONIA SENCIENTE
Uma vida dupla
Escolha
***Figura 18. MAGNETOSSOMAS NUMA BACTÉRIA MAGNETOSTÁTICA. Remanescente de bactéria magnetostática, mostrando os magnetossomos internos (fotografia feita com um microscópio eletrônico). Essas células, capazes de se orientar magneticamente para os pólos Norte ou Sul, exemplificam a sensibilidade da substância viva em todos os níveis, escalas e reinos. A parcepção, a escolha e a sensação aplicam-se não somente aos seres humanos ou aos animais, mas, se é que são aplicáveis, aplicam-se a todas as fomas de vida na Terra.
Pequenos objetivos
A blasfêmia de Butler
Hábitos e memória
A celebração da existência
Super-humanidade
A expansão da vida
Ritmos e ciclos

NOTAS
APÊNDICE
GLOSSÁRIO

AGRADECIMENTOS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ÍNDICE REMISSIVO

sábado, 14 de março de 2009

TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA - I capa e sumário

Livro: TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA (1973)
Autor: Abraham Moles
Editora: Tempo Brasileiro/UNB (Brasil, Rio de Janeiro/Brasília: 1978, 312 págs., 2a. edição)
Título original: Théorie de L'Information et Perception Esthétique
Tradução do francês: Helena Parente Cunha

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1 - Generalidades
2 - O Método psicológico
3 - Plano da obra
CAPÍTULO I - ESBOÇO GERAL DA TEORIA FÍSICA DA INFORMAÇÃO
1 - Definição e classificação das mensagens
2 - A mensagem e seus elementos
3 - Exemplos de repertórios
4 - A "capacidade" dos canais de trnasmissão
5 - Informação e originalidade
6 - A medida da originalidade
7 - Exemplo de aplicação: a taxa de originalidade sociocultural dos programas musicais
8 - Outro exemplo: medida da complexidade dos grupos sociais
9 - Aplicação da Teoria da Informação à partitura / Cálculo da informação dos patterns melódicos
10 - Conseqüências da medida da informação
11 - Informação máxima, informação relativa e redundância
12 - Informação da mensagem tipográfica
13 - Diferentes acepções do código
14 - Conclusões
CAPÍTULO II - O CONCEITO DE FORMA NA TEORIA DA INFORMAÇÃO: PERIODICIDADE E ESTRUTURAS ELEMENTARES
1 - Teorias da forma e teorias da exploração
2 - Limitação da taxa de informação perceptível
3 - Noção de forma destruidora da informação / A mensagem mais difícil de se transmitir
4 - Formas e predições
5 - Periodicidade e previsibilidade
6 - Fenomenologia da percepção de periodicidade
7 - Conclusões
CAPÍTULO III - INCERTEZAS DA PERCEPÇÃO E ESTRUTURAÇÃO SIMBÓLICA PELA MEMÓRIA
1 - Forma e fundo na mensagem
2 - A noção de ruído
3 - Limites à apreensão dos fenômenos materiais
4 - Utilização efetiva dos símbolos e dilatação dos limiares
5 - Função memorizante e constituiçõa das estruturas de percepção
6 - Memorização e informação
7 - Conclusões
CAPÍTULO IV - ESTRUTURAS SONORAS E MÚSICA: O OBJETO SONORO
1 - Crítica da teoria musical
2 - Emergência da matéria sonora
3 - Representação da substância sonora temporal
4 - O objeto sonoro
5 - Estruturas intermediárias
6 - Conclusões
CAPÍTULO V - INFORMAÇÃO SEMÂNTICA E INFORMAÇÃO ESTÉTICA
1 - Um paradoxo aparente da teoria da informação
2 - Existência de dois modos de informação
3 - Informações semântica e estética
4 - Subordinação das estruturas das mensagens sonoras
5 - Discriminação dos dois tipos de informação
6 - As macroestruturas melódicas
7 - Interferências entre tipos de informação e macroestruturas
8 - Conclusões
CAPÍTULO VI - MENSAGENS MÚLTIPLAS E ESTÉTICA ESTRUTURAL
1 - Existência e classificação das mensagens múltiplas
2 - Estruturações das mensagens múltiplas
3 - Leis de estrutura da mensagem múltipla
4 - Evolução do recitativo e inteligibilidade
5 - Passagem da estética à fenomenologia da percepção
6 - Conclusões
CAPÍTULO VII - CONCLUSÃO: VALOR FILOSÓFICO DA TEORIA DA INFORMAÇÃO
1 - Materialidade da comunicação
2 - Crítica da teoria apresentada
3 - Os resultados fundamentais
4 - Metodologia estética
5 - Valor filosófico da Teoria da Informação
BIBLIOGRAFIA
Nota
I - Teoria da Informação
II - Aspectos filosóficos da Teoria da Informação
III - Teoria da linguagem
IV - Música
V - Estética
VI - Psicologia da audição
VII - Filosofia e psicologia
Discografia
Índice Analítico

TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA - II Abraham Moles

Livro: TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA (1973)
Autor: Abraham Moles
Editora: Tempo Brasileiro/UNB (Brasil, Rio de Janeiro/Brasília: 1978, 312 págs., 2a. edição)
Título original: Théorie de L'Information et Perception Esthétique
Tradução do francês: Helena Parente Cunha

AUTOR: ABRAHAM MOLES
Possuidor de formação científica, pois defendeu o doutorado em Ciências sobre a Estrutura do Sinal Musical e da Cibernética, ao mesmo tempo que uma formação literária e artística, que o conduziu ao doutorado em Filosofia e Psicologia, na Sorbonne, Abraham Moles é o criador da teoria informacional da percepção e o papa teórico da música concreta, desde o seu surgimento. O objetivo de suas preocupações é a aplicação da cibernética nas Ciências Humanas e, particularmente, na criação científica ou artística. Ministrou cursos sobre o assunto na Universidade de Columbia, NY, em Hamburgo e em Stuttgart. No ano de publicação deste livro no Brasil, Moles era professor e diretor do Instituto de Psicologia Social, da Faculdade de Letras de Estrasburgo e da Escola de Organização Científica do Trabalho, além de encarregado das pesquisas do Centro de Estudos de Rádio-Televisão e da Enciclopédia da Era Atômica, em preparação. O presente livro, o primeiro de sua autoria traduzido no Brasil, forma ao lado de outros - A Criação Científica, A Física do Ruído, Sócio-Dinâmica da Cultura e Comunicações e Linguagens - uma espécie de suma das relações entre cultura e comunicação fulcradas no eixo da teoria da informação.
Moles, autor de mais de 200 trabalhos publicados em revistas de todo o mundo, é muito mais do que um simples sociólogo dos entrepostos culturais do nosso tempo. Suas pesquisas são rigorosamente científicas para figurar nas estantes da moda, mas ninguém preocupado em conhecer in vitro as condições em que algo se comunica com outro algo poderá se furtar a uma leitura de suas obras. Para o autor, a teoria da informação é, essencialmente, uma teoria estruturalista, pois pretende decompor o retrato do universo em mosaicos de conhecimento e ser capaz de deles extrair um repertório, explorando certas regras de assemblage ou de interdição cujo conjunto constitui, precisamente, a estrutura. Uma teoria informacional da percepção será, portanto, a síntese de uma atitude estruturalista e de uma atitude dialética, e é por isso que sua contribuição aos filósofos e aos sociólogos torna-se inestimável.
Moles reconhece que a teoria da comunicação, por ele proposta, apresenta mais problemas do que soluções, afirmando-se, contudo, como uma tentativa de síntese, como um programa, e é desse valor heurístico que, do ponto de vista filosófico, seu livro se impõe como obra fundamental. Ainda que seus pontos básicos (materialidade da comunicação, valor de originalidade, oposição entre inteligível e original) possam ser criticados, A Teoria da Informação e Percepção Estética fornece um campo limitado à pesquisa como as grandes teorias que a precederam. De qualquer forma, após a sua leitura, será mais fácil compreender alguns dos fenômenos culturais da atualidade: da música concreta aos filmes de Jean-Luc Godard.
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

METACIÊNCIA - I capa e contracapa

Livro: METACIÊNCIA COMO GUIA DA PESQUISA - UMA PROPOSTA SEMIÓTICA E SISTÊMICA (2008)
Autores: Lucia Santaella e Jorge de Albuquerque Vieira
Editora: Mérito (Brasil, São Paulo: 2008, 162 págs.)
Editor: Antonio Adami
Capa: W. Rondinoni
Diagramação: Michael Zeviani
Revisão: Marilene S. S. Garcia
Palavras-chave: Ciência e Filosofia, Ciência e Metodologia, Meio Ambiente e Pesquisa, Pesquisa e Metodologia, Filosofia da Ciência

CONTRACAPA
Este livro foi escrito para todos aqueles que buscam fundamentos filosóficos e metodológicos capazes de funcionar como guias da pesquisa [científica] em quaisquer áreas de conhecimento.
A metaciência é um campo do saber que tem por objeto a própria ciência e por tarefa desenvolver as categorias científicas fundamentais que estão presentes em todas as ciências. Enquanto as ciências especiais estão preocupadas com a obtenção de resultados válidos, a metaciência se preocupa com os princípios gerais que definem a natureza da ciência, quer dizer, o que faz a ciência ser ciência.
Neste livro, são discutidos os quatro principais fundamentos da metaciência - ontologia, epistemologia, lógica e metodologia, visando a construção de um repertório metacientífico comum entre os pesquisadores. É esse repertório comum que pode fornecer algumas garantias para a gestão metodológica e interdisciplinar e o gerenciamento da conectividade entre projetos que têm em mira objetivos e resultados compartilhados.
Falar em integralidade e conectividade remete à terminologia da teoria dos sistemas, base teórica escolhida justamente por parecer a mais adequada aos propósitos que guiam a inter/multi e transdisciplinaridade.
As tarefas de [1] produzir o conhecimento, [2] dar formação básica e avançada a pesquisadores em complexidade e [3] antecipar cenários emergentes devem estar alicerçadas em uma concepção de ciência capaz de funcionar como catalizadora de idéias comuns aos pesquisadores. Essa concepção encontra-se na defesa de C. S. Peirce da ciência como atividade metabólica viva, enraizada sócio-historicamente.

VER TAMBÉM
Sumário
Autores: Lucia Santaella e Jorge de Albuquerque Vieira
Bibliografia [com links]

METACIÊNCIA - II sumário

Livro: METACIÊNCIA COMO GUIA DA PESQUISA - UMA PROPOSTA SEMIÓTICA E SISTÊMICA (2008)
Autores: Lucia Santaella e Jorge de Albuquerque Vieira
Editora: Mérito (Brasil, São Paulo: 2008, 162 págs.)
Editor: Antonio Adami
Capa: W. Rondinoni
Diagramação: Michael Zeviani
Revisão: Marilene S. S. Garcia
Palavras-chave: Ciência e Filosofia, Ciência e Metodologia, Meio Ambiente e Pesquisa, Pesquisa e Metodologia, Filosofia da Ciência

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - A ciência como um modo de vida
1. A natureza da ciência
2. As raízes sócio-históricas da ciência
CAPÍTULO 2 - A metaciência como guia
1. Ontologia
2. Epistemologia
3. Lógica
4. Metodologia
5. Uma metaciência situada
CAPÍTULO 3 - Uma ontologia sistêmica
1. Introdução: ontologia e sistemas
2. Sistemas: definições e parâmetros sistêmicos
3. Organização e auto-organização
4. Considerações finais
CAPÍTULO 4 - Teorias da complexidade
1. A emergência do pensamento complexo
CAPÍTULO 5 - Uma epistemologia semiótica
1. Os três ramos da semiótica
2. Pensamentos se dão em signos
3. Percepção como porta de entrada do pensamento
4. Signo é mediação
5. De que objeto se está falando?
6. Que sujeito é esse?
7. Do pensamento à ação deliberada
8. A questão da verdade e o realismo científico
CAPÍTULO 6 - Natureza e semiose
1. Signo e semiose
2. Semiose, evolon e abdução
3. Ação
4. Sistemas, relações e ações
5. Sensibilidade e elaboração
6. Sistemas e ação
7. Função memória
8. Função transferência
9. Função resolução
10. A integral de convolução
11. Correlação, coesão, coerência e gramática
12. Semiose e cosmologia - os eixos do tempo
13. Um exemplo
14. Conclusões
CAPÍTULO 7 - Uma cartografia para a interdisciplinaridade
1. Classificação peirciana das ciências
2. A arquitetura filosófica de Peirce
3. As disciplinas filosóficas
4. A atração pelo admirável
5. Os três ramos da semiótica
6. A filosofia como alicerce das ciências especiais
7. As inter-relações das ciências
CAPÍTULO 8 - A lógica no interior da metodologia
1. Por uma lógica da ciência
2. Uma lógica concebida como semiótica
3. A lógica abdutiva e o método da descoberta
4. A lógica dedutiva e o raciocínio necessário
5. A lógica indutiva e o método das ciências empíricas
CAPÍTULO 9 - Metodologia da pesquisa
1. A especificidade de um problema científico
2. Da hipótese ao teste
3. Primeira síntese sobre o percurso metodológico
4. Indução e evidência
5. Dedução: estimativa da hipótese
6. Hipótese e lei
7. Teorias: sistemas conceituais
8. Segunda síntese sobre o percurso metodológico
Bibliografia
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Imagem encontrada em... Chilmark Research

METACIÊNCIA - III Lucia Santaella

Livro: METACIÊNCIA COMO GUIA DA PESQUISA - UMA PROPOSTA SEMIÓTICA E SISTÊMICA (2008)
Autores: Lucia Santaella e Jorge de Albuquerque Vieira
Editora: Mérito (Brasil, São Paulo: 2008, 162 págs.)
Editor: Antonio Adami
Capa: W. Rondinoni
Diagramação: Michael Zeviani
Revisão: Marilene S. S. Garcia
Palavras-chave: Ciência e Filosofia, Ciência e Metodologia, Meio Ambiente e Pesquisa, Pesquisa e Metodologia, Filosofia da Ciência

AUTORES: LUCIA SANTAELLA
Pesquisadora IA do CNPq e professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, Santaella possui Doutorado em Teoria Literária na PUCSP, em 1973, e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP, em 1993. É Coordenadora da Pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Diretora do CIMID, Centro de Investigação em Mídias Digitais e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos, na PUCSP. É presidente honorária da Federação Latino-Americana de Semiótica e Membro Executivo da Associación Mundial de Semiótica Massmediática y Comunicación Global, México, desde 2004. É correspondente brasileira da Academia Argentina de Belas Artes, eleita em 2002. Foi eleita Vice-presidente em 2006 e Presidente em 2007 da Charles Sanders Peirce Society, USA. É também um dos membros do Advisory Board do Peirce Edition Project em Indianápolis, USA. É ainda membro associado do Interdisziplinäre Arbeitsgruppe für Kulturforschung (Centro de Pesquisa Interdisciplinar em Cultura), Universidade de Kassel. Foi pesquisadora associada do Research Center for Language and Semiotic Studies, em Bloomington, Universidade de Indiana, de 1987 a 1994. Foi também professora convidada na Universidade Livre de Berlim, em 1988, e na Universidade de Valencia, em 2004. Organizou a edição de 11 livros e publicou 29 livros, além de centenas de artigos.

METACIÊNCIA - IV Jorge Vieira

Livro: METACIÊNCIA COMO GUIA DA PESQUISA - UMA PROPOSTA SEMIÓTICA E SISTÊMICA (2008)
Autores: Lucia Santaella e Jorge de Albuquerque Vieira
Editora: Mérito (Brasil, São Paulo: 2008, 162 págs.)
Editor: Antonio Adami
Capa: W. Rondinoni
Diagramação: Michael Zeviani
Revisão: Marilene S. S. Garcia
Palavras-chave: Ciência e Filosofia, Ciência e Metodologia, Meio Ambiente e Pesquisa, Pesquisa e Metodologia, Filosofia da Ciência

AUTORES: JORGE DE ALBUQUERQUE VIEIRA
Graduado em Engenharia de Telecomunicações, em 1969, mestre em Física de Reatores, na COPPE/UFRJ, em 1975, e doutor em Comunicação e Semiótica, pela PUCSP. Jorge Vieira trabalhou durante três anos na Engenharia e no mesmo período foi absorvido pela UFRJ, no Instituto de Geociências, no Departamento de Astronomia, onde passou a lecionar e pesquisar em Radioastronomia e Rasdioastrofísica. Sua tese de doutorado foi uma pesquisa sobre o emprego de métodos semióticos na análise de sinais de origem astrofísica. Atualmente, é professor nas pós-graduações em Comunicação e Semiótica e em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, ambas da PUCSP. Também leciona na COMFIL/PUCSP, no curso de Comunicação e Artes do Corpo, e na Faculdade Angel Vianna/RJ. Ocasionalmente, apresenta cursos na UFRJ, em vários de seus departamentos, como o Museu Nacional, o Departamento de Astronomia, do Instituto de Geociências, o Departamento de Ecologia, do Instituto de Biologia, na COPPE (Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia). Tem trabalhado na interseção entre a Semiótica e a Ontologia Sistêmica, e se dedicado a pesquisar os sistemas psicossociais, conceituados como a transição entre os sistemas psicológicos e individuais para um sistema social, estudando os processos sistêmicos que condicionam os fluxos de informação e a dinâmica da comunicação humana.