DISSERTAÇÃO:
O PAPEL DA INTERATIVIDADE/CRISE NA COMUNICAÇÃO E CRIAÇÃO EM SISTEMAS COMPLEXOS: A ÓTICA DO CLOWN (2008, 78 págs.)
MESTRADO: em Comunicação e Semiótica, do
Programa de Estudos Pós Graduados em Comunicação e Semiótica - COS, da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP
ALUNO:
Ana Cristina Pilchowski
ORIENTADOR:
Jorge de Albuquerque Vieira
RESUMO
Essa pesquisa está centrada na análise do papel da interatividade e da crise no estabelecimento da
comunicação e criação no processo de formação e descoberta do
clown. Propomos uma leitura do processo criativo do
clown partindo da hipótese de que este - a partir de um deslocamento da atenção, voltando-a para o que chamamos de interatividade/crise – obriga o ator-
clown a modificar sua visão de mundo. Em outras palavras: sugere um “re-olhar” diante dos fenômenos e, através deste, permite uma ampliação dos mecanismos de percepção, criação e
comunicação. Esse “re-olhar” é atingido pelo
clown por meio da instabilidade e da interatividade/crise. O processo de formação do
clown, segundo nossa visão, propõe uma leitura da interatividade/crise como fator estimulador da criação. Para o estudo de tal visão optamos por utilizar a
teoria geral sistêmica. A
lógica clownesca concebe o mundo e as relações de forma
complexa, que em muitos pontos se assemelha ao
pensamento sistêmico. Como suporte para o estudo da “crise criadora” utilizamos
o conceito de Évolon, criado por Werner Mende, a respeito da crise como fator evolutivo. E tivemos como guia o livro
Teoria do Conhecimento e Arte, de
Jorge Albuquerque Vieira. Para uma leitura do tipo de percepção estimulada durante a formação do
clown, empregamos o conceito de
Umwelt desenvolvido por
Jakob von Uexküll. Também buscamos suporte para o estudo do
clown na criação do ator em autores ligados a arte do ator. Entre eles: Luís Otávio Burnier, Renato Ferracini, Dario Fo e Elizabeth Pereira Lopes.
A interatividade/crise regula a percepção do clown, a forma como este lida com as
informações e, consequentemente, a maneira como se
comunica. O
clown, por sua vez, por meio da instabilidade, proporciona ao ator o contato com
a “crise criadora” promovendo a criação a partir de um re-olhar.
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