LIVRO: DICIONÁRIO DE FILOSOFIA (1999)
DE: Mario Bunge
ED: Perspectiva, Coleção Big Bang (Brasil, São Paulo: 2006, 410 págs.)
Título original: Dictionary of Philosofy
Tradução do inglês: Gita K. Guinsburg
Capa: Sergio Kon
ORELHAS
Por LEÔNIDAS HEGENBERG, O Estado de São Paulo, 1978:
"Mario Bunge é um dos escritores mais profícuos da atualidade. Além de atuar como editor, organizando antologias e preparando livros, em que são reunidas contribuições para simpósios, escreve com grande assiduidade e pronuncia, frequentemente, palestras de largo alcance.
"[...] Bunge defende uma posição que se vem tornando comum, a saber, a de que o progresso científico não se mede pela simples acumulação de dados, porém pela quantidade de novas teorias que são formuladas. A ciência, no entender do autor, não é experiência, mas teoria acoplada à experimentação planejada – isto é, conduzida e interpretada à luz de teorias gerais.
"[...] Isto posto, levantam-se [...] várias questões de interesse: que são as teorias, como agem, como se formulam? Que são os modelos? Quais são as relações que vigem entre os modelos, as teorias e a realidade?
"[...] [Como resposta,] os ensaios de Bunge reunidos em Teoria e Realidade [e cabe acrescentar Física e Filosofia, ambos publicados pela editora Perspectiva] nos dão uma síntese dessa concepção de ciência – familiarizando o leitor com uma das correntes atuantes no setor da interpretação filosófica da atividade científica"
MARIO BUNGE em entrevista concedida a Silvia Quevedo para a Folha de São Paulo, 1991:
SILVIA: "O filósofo com saber universal é uma espécie em extinção?
BUNGE: "É um dinossauro – sou o último dinossauro vivo, mas acho isso um erro, porque o filósofo deve se interessar por tudo.
SILVIA: "[...] Como está atualmente a Filosofia da Ciência no mundo?
BUNGE: "Muito mal, pobre. Tem sido invadida por gente que não acredita na possibilidade de achar a verdade. São autores influenciados por filosofias obscurantistas. Para eles não importam os teste, nem se as teorias são realmente validadas. São construtivistas. Para eles, não há fatos, só construções sociais. Eles dizem que a realidade se constrói e confundem as coisas com os símbolos das coisas. Essa é uma velha idéia filosófica, que vem da Antiguidade."
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