sábado, 14 de março de 2009

TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA - I capa e sumário

Livro: TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA (1973)
Autor: Abraham Moles
Editora: Tempo Brasileiro/UNB (Brasil, Rio de Janeiro/Brasília: 1978, 312 págs., 2a. edição)
Título original: Théorie de L'Information et Perception Esthétique
Tradução do francês: Helena Parente Cunha

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1 - Generalidades
2 - O Método psicológico
3 - Plano da obra
CAPÍTULO I - ESBOÇO GERAL DA TEORIA FÍSICA DA INFORMAÇÃO
1 - Definição e classificação das mensagens
2 - A mensagem e seus elementos
3 - Exemplos de repertórios
4 - A "capacidade" dos canais de trnasmissão
5 - Informação e originalidade
6 - A medida da originalidade
7 - Exemplo de aplicação: a taxa de originalidade sociocultural dos programas musicais
8 - Outro exemplo: medida da complexidade dos grupos sociais
9 - Aplicação da Teoria da Informação à partitura / Cálculo da informação dos patterns melódicos
10 - Conseqüências da medida da informação
11 - Informação máxima, informação relativa e redundância
12 - Informação da mensagem tipográfica
13 - Diferentes acepções do código
14 - Conclusões
CAPÍTULO II - O CONCEITO DE FORMA NA TEORIA DA INFORMAÇÃO: PERIODICIDADE E ESTRUTURAS ELEMENTARES
1 - Teorias da forma e teorias da exploração
2 - Limitação da taxa de informação perceptível
3 - Noção de forma destruidora da informação / A mensagem mais difícil de se transmitir
4 - Formas e predições
5 - Periodicidade e previsibilidade
6 - Fenomenologia da percepção de periodicidade
7 - Conclusões
CAPÍTULO III - INCERTEZAS DA PERCEPÇÃO E ESTRUTURAÇÃO SIMBÓLICA PELA MEMÓRIA
1 - Forma e fundo na mensagem
2 - A noção de ruído
3 - Limites à apreensão dos fenômenos materiais
4 - Utilização efetiva dos símbolos e dilatação dos limiares
5 - Função memorizante e constituiçõa das estruturas de percepção
6 - Memorização e informação
7 - Conclusões
CAPÍTULO IV - ESTRUTURAS SONORAS E MÚSICA: O OBJETO SONORO
1 - Crítica da teoria musical
2 - Emergência da matéria sonora
3 - Representação da substância sonora temporal
4 - O objeto sonoro
5 - Estruturas intermediárias
6 - Conclusões
CAPÍTULO V - INFORMAÇÃO SEMÂNTICA E INFORMAÇÃO ESTÉTICA
1 - Um paradoxo aparente da teoria da informação
2 - Existência de dois modos de informação
3 - Informações semântica e estética
4 - Subordinação das estruturas das mensagens sonoras
5 - Discriminação dos dois tipos de informação
6 - As macroestruturas melódicas
7 - Interferências entre tipos de informação e macroestruturas
8 - Conclusões
CAPÍTULO VI - MENSAGENS MÚLTIPLAS E ESTÉTICA ESTRUTURAL
1 - Existência e classificação das mensagens múltiplas
2 - Estruturações das mensagens múltiplas
3 - Leis de estrutura da mensagem múltipla
4 - Evolução do recitativo e inteligibilidade
5 - Passagem da estética à fenomenologia da percepção
6 - Conclusões
CAPÍTULO VII - CONCLUSÃO: VALOR FILOSÓFICO DA TEORIA DA INFORMAÇÃO
1 - Materialidade da comunicação
2 - Crítica da teoria apresentada
3 - Os resultados fundamentais
4 - Metodologia estética
5 - Valor filosófico da Teoria da Informação
BIBLIOGRAFIA
Nota
I - Teoria da Informação
II - Aspectos filosóficos da Teoria da Informação
III - Teoria da linguagem
IV - Música
V - Estética
VI - Psicologia da audição
VII - Filosofia e psicologia
Discografia
Índice Analítico

TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA - II Abraham Moles

Livro: TEORIA DA INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO ESTÉTICA (1973)
Autor: Abraham Moles
Editora: Tempo Brasileiro/UNB (Brasil, Rio de Janeiro/Brasília: 1978, 312 págs., 2a. edição)
Título original: Théorie de L'Information et Perception Esthétique
Tradução do francês: Helena Parente Cunha

AUTOR: ABRAHAM MOLES
Possuidor de formação científica, pois defendeu o doutorado em Ciências sobre a Estrutura do Sinal Musical e da Cibernética, ao mesmo tempo que uma formação literária e artística, que o conduziu ao doutorado em Filosofia e Psicologia, na Sorbonne, Abraham Moles é o criador da teoria informacional da percepção e o papa teórico da música concreta, desde o seu surgimento. O objetivo de suas preocupações é a aplicação da cibernética nas Ciências Humanas e, particularmente, na criação científica ou artística. Ministrou cursos sobre o assunto na Universidade de Columbia, NY, em Hamburgo e em Stuttgart. No ano de publicação deste livro no Brasil, Moles era professor e diretor do Instituto de Psicologia Social, da Faculdade de Letras de Estrasburgo e da Escola de Organização Científica do Trabalho, além de encarregado das pesquisas do Centro de Estudos de Rádio-Televisão e da Enciclopédia da Era Atômica, em preparação. O presente livro, o primeiro de sua autoria traduzido no Brasil, forma ao lado de outros - A Criação Científica, A Física do Ruído, Sócio-Dinâmica da Cultura e Comunicações e Linguagens - uma espécie de suma das relações entre cultura e comunicação fulcradas no eixo da teoria da informação.
Moles, autor de mais de 200 trabalhos publicados em revistas de todo o mundo, é muito mais do que um simples sociólogo dos entrepostos culturais do nosso tempo. Suas pesquisas são rigorosamente científicas para figurar nas estantes da moda, mas ninguém preocupado em conhecer in vitro as condições em que algo se comunica com outro algo poderá se furtar a uma leitura de suas obras. Para o autor, a teoria da informação é, essencialmente, uma teoria estruturalista, pois pretende decompor o retrato do universo em mosaicos de conhecimento e ser capaz de deles extrair um repertório, explorando certas regras de assemblage ou de interdição cujo conjunto constitui, precisamente, a estrutura. Uma teoria informacional da percepção será, portanto, a síntese de uma atitude estruturalista e de uma atitude dialética, e é por isso que sua contribuição aos filósofos e aos sociólogos torna-se inestimável.
Moles reconhece que a teoria da comunicação, por ele proposta, apresenta mais problemas do que soluções, afirmando-se, contudo, como uma tentativa de síntese, como um programa, e é desse valor heurístico que, do ponto de vista filosófico, seu livro se impõe como obra fundamental. Ainda que seus pontos básicos (materialidade da comunicação, valor de originalidade, oposição entre inteligível e original) possam ser criticados, A Teoria da Informação e Percepção Estética fornece um campo limitado à pesquisa como as grandes teorias que a precederam. De qualquer forma, após a sua leitura, será mais fácil compreender alguns dos fenômenos culturais da atualidade: da música concreta aos filmes de Jean-Luc Godard.
*